Pela Madrugada As Bocas Esfriam

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メメメメメメメメメメメメメメ

Se a chama que está dentro de ti se apagar, as almas que estão ao
teu lado morrerão de frio.

François Mauriac

メメメメメメメメメメメメメメ

Abro os olhos assustado, olhando para o breu na sala, a língua quente do meu namorado está tocando minha barriga e descendo lentamente por minha virilha até abocanhar e engolir meu pau.

Os músculos na minha barriga tremem quando Lúcio desliza todo o caminho até a base do meu membro teso, segurando meus braços contra a poltrona. Suas mãos estão frias em meus pulsos e a respiração também fria, quebra contra a minha virilha. Apenas sua boca está quente e molhada, me chupando com ansiedade.

Não percebi quando ele chegou em casa, havia me sentado para esperar por ele, e imagino que a energia tenha acabado pouco depois que peguei no sono.

Minha avó dizia que os espíritos fugiam no ano novo, mas nunca falava de onde, por isso tranquei a porta pouco depois da meia-noite desejando feliz ano novo pra mim mesmo, quando os fogos de artifício começaram a colorir o céu. E estou revendo os mesmos fogos de artifício por trás das minhas pálpebras, enquanto flexiono meu quadril; subindo e descendo, sentindo sua boca me engolir com pressa.

– Você demorou querido. – digo, arqueio as costas e em seguida deixo escapar um gemido. – Muito trânsito?

Lúcio não responde, talvez por se sentir culpado. Fecho os olhos, mas o movimento de sua boca no meio das minhas pernas continua subindo e descendo. Minha frequência cardíaca está galopando nos meus ouvidos, mas uma sensação estranha insiste em zumbir lá dentro de minha cabeça.

Ele aperta meus pulsos e suas mãos me parecem cada vez mais frias, em contrapartida sua boca parece ferver. Mantenho as mãos agarradas ao tecido da poltrona, que se embola entre meus dedos. Solto um rugido carregado de luxúria e empurro o quadril mais pra cima, fodendo sua boca. Estranho que ele não faça barulho algum, apenas o som de sua respiração na minha pele, um som apressado, até desesperado.

O tesão empossa toda a extensão do meu corpo, com um formigamento conhecido que sobe pela espinha, sinto o orgasmo vindo. Meu pau pulsa em sua boca, disparando jatos quentes espirrando pra fora de mim, me fazendo revirar os olhos e me contorcer.

De repente meu vigor some, como se minha energia tivesse sido minada até o mais profundo. Mais do que deveria, meu inconsciente ecoa.

Por um momento vejo pontos luminosos no meu campo de visão e penso que vou apagar. – Isso foi bem intenso, amor!

Abro os olhos outra vez e a única claridade vaza pelas bordas das cortinas, Lúcio está fora do meu campo de visão.

Puxo fôlego para me recuperar desse puta orgasmo, mas percebo que também não consigo respirar normalmente. Eu ainda estou tremendo, embebido pelo tesão quando o celular toca, ao lado da minha cabeça, na mesinha. Me ajeito na poltrona, e o puxo para mim com a ponta dos dedos.

Quando eu olho para a tela, estranho por um tempo e torço para ser uma brincadeira antes de atender.
"Cadu?'' A voz tão familiar do meu namorado vibra do outro lado. '' Feliz ano novo, meu amor. Eu vou demorar um pouquinho pra chegar em casa. Parece que um taxista foi atacado dentro do carro por algum animal aqui em baixo do viaduto, vê se pode um absurdo assim, parece coisa do outro mundo, tinha até um..."

Não consigo mais prestar atenção no que ele diz, porque tudo o que eu posso sentir é uma respiração gelada pesando contra minha nuca. Surge um palpite esquisito de que alguma coisa com enormes olhos brancos me observa do escuro.

E temo que ela ainda esteja com fome.

メメメメメメメメメメメメメメメ

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