O Vão De Cernuno

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メメメメメメメメメメメメメメ

Quando o machado entrou na
floresta, as árvores disseram:
" O cabo é dos nossos!"

Provérbio Turco

メメメメメメメメメメメメメメ

Era uma seita nova. Do tipo que tem uma página no Facebook e se reune em pracinhas para "rituais com ervas".

Tadeu, novo membro, ainda estava conhecendo todo mundo.

Rique, o cara magrelo, era o criador da seita Ave_Cernuno6666. Não que fosse um bom nome para uma seita, mas era o que estava disponível no Facebook e o rapaz de óculos de garrafa e cabelo azul, não era muito criativo.

Os outros, resumidamente, eram compostos por Lita, uma garota negra de cabelo crespo curto, baixinha. Jucão e Cadu, que eram irmãos gêmeos albinos de cabelos longos. Leonardo, o mais novo, uns vinte anos, era um rapaz pálido, gordo e com olheiras tão escuras quanto o cabelo. E por fim, Deco, um ficante que havia apresentado a seita para Tadeu, e que não tirava os olhos verdes de cima dele.

E em uma manhã de domingo, plena e nublada, subindo uma trilha na Chapada Diamantina, aquele grupo parecia ainda mais estranho. Todos de mochila nas costas e galhos nas mãos, iriam fazer algum ritual de preces a Cernuno, o Senhor Das Florestas.

Havia uma lenda indígena local sobre uma passagem no vão entre as lajotas das montanhas, que seria a morada de um monstro protetor das florestas. E isso era o bastante para que aquela seita o reconhecesse como seu senhor.

Deco foi arrastado pelo outro rapaz numa curva da mata e sumiram no meio de algumas bananeiras. Assim que se distanciaram um pouco do grupo, correram. E, como se já soubesse exatamente aonde ir, Tadeu arrastou o ficante mato adentro.

O quadril balançava ritmado, a bermuda de algodão, quase justa, mordia a sua bunda carnuda.

Por um momento Tadeu soltou a mão do ficante e sumiu no mato, mas antes que Deco ficasse preocupado, de dentro de uma clareira ouviu seu nome.

- Lugar seguro! - Gritou Tadeu, risonho, se abraçando a uma árvore. E Deco abriu passagem entre o mato alto e percebeu que ele estava inclinado sobre a árvore, arrebitando a bunda o máximo que podia, seu short e cueca já estavam tocando o tapete de folhas no chão, pendurados no tornozelo.

Um batucar ritmado nos ouvidos, provocava nele a sensação de estarem sendo vigiados de perto.

- Vem aqui - Tadeu sorriu malicioso, balançando a bunda e mordendo os lábios em seguida. - Quer me comer ou não?

Deco saiu do transe com aquela visão e oferta, em seguida se aproximou, largou a mochila e grudou as mãos nas coxas do outro, causando um arrepio agradável que subiu por sua espinha.

- Tu gosta de adrenalina 'né' seu safado? - Deco sussurrou, a respiração dele causou arrepios na nuca de Tadeu, que girou a cabeça para trás, sorriu e deixou um selinho molhado em sua boca.

O som das vozes e dos cajados batendo no chão ia morrendo lá longe, aos poucos.

Então Deco mergulhou de joelhos, apressado. As folhas no chão pinicando os joelhos. Em seguida, deslizou a língua entre as nádegas de Tadeu que gemeu alto - um tanto exagerado - o bastante para assustar os pássaros.

Deco prosseguiu por algum tempo, afundando as bochechas contra ele, mordendo a bunda com suavidade, provocando suspiros, o levando a empurrar os quadris para trás, tentando foder sua língua.

Mordidas: Contos Estranhos, Eróticos e GrotescosOnde histórias criam vida. Descubra agora