Bons Sonhos!

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Júnior estava exausto naquela noite.

Passou uma parte do dia trabalhando como atendente na mecânica de seu pai, e como sempre, a noite na faculdade acabou levando outra parte de seu tempo. Estava no oitavo período do curso de Engenharia Mecânica, e, com isso, a preocupação com o famoso e temido TCC ficava com as sobras de sua atenção.

Já passava de uma hora da manhã quando chegou em seu apartamento. O sono lhe fez arrancar o tênis ainda na porta e apesar do cansaço arremessou a mochila para qualquer canto da sala. Estava frio demais para tomar banho, mesmo que o barulho de água correndo pudesse acabar com o silêncio ruidoso.

Tirou o resto das roupas enquanto se admirava no pequeno espelho de sua penteadeira. Tinha um corpo liso, e levemente definido, mas ainda assim não gostava do que tinha entre as pernas. Não era um volume pequeno, muito pelo contrário, já que suas parceiras nunca reclamavam.

Mas Júnior, que nunca se contentava com nada, e sempre que lhe era dito possuir um grande dote por uma amante, ele sorria insatisfeito e dizia: "Nem sonhando isso aqui deixaria um faminto de barriga cheia".

Ficou perdido por um tempo admirando seu corpo, nem sequer tirou o boné. Ainda nu desabou na cama. E o sono o acolheu logo em seguida.

Deviam ser umas três horas da manhã quando acordou desconfiado. Tinha a sensação de que ouvira passos que vinham do escuro que tomava o corredor. Júnior olhou para a porta.

"Mas se ele morava sozinho, de quem eram os passos? "

A meia luz da Lua que fugia de ser encoberta pelas cortinas finas, respondeu, revelando uma mulher parada à porta do seu quarto.

Ela era linda. E estava completamente nua . Seus longos cabelos quase dourados cobriam seus seios. Os olhos verdes pareciam brilhar como as esmeraldas brutas no fundo das cavernas misteriosas que eram suas bochechas. Os lábios eram tão vermelhos e carnudos e seu corpo era tão belo que Júnior tinha certeza que Afrodite ou qualquer uma das musas fora assim um dia. Era Sofia.

Sofia estudava na mesma faculdade que o jovem e há muito tempo ele gostava dela. Já tinham até saído algumas vezes e ele vibrava por conhecê-la intimamente. Mas como sempre ele não ficou satisfeito, sempre querendo mais, quis pedi-la em namoro, casamento, o que fosse. E essa atitude a afastou dele. Estava surpreso por vê-la ali agora, caminhando lentamente em direção a cama.

- Sofia, como... como você chegou aqui? Sua... mas você devolveu sua cha... - Ela cobriu com um dedo a boca do rapaz, e ele entendeu que ela não queria conversar, ficou animado com aquilo, logo sua euforia era evidente; como estava nu e de barriga para cima, paralisado de tesão, mostrou-se totalmente excitado pela presença.

A jovem se aninhou, quase de bruços entre as pernas do homem, segurou o pênis de Júnior e começou a estimulá-lo. Com a mão direita, subia e descia no membro, enquanto sua mão esquerda acariciava seu abdômen.

O rapaz não movia um músculo, mal piscava, estava absorto, perdido nas terras do desejo. Mas estremeceu quando a boca vermelha da moça acariciou sua glande.

Sofia chupou cada centímetro do pau. Subia e descia. Lambia do frênulo até as bolas. Apertava e soltava. Parava para masturbá-lo apenas para ter o prazer de voltar a chupa-lo. Júnior mal conseguia balbuciar alguma coisa, no máximo sibilava alguns xingamentos, tamanho era o tesão que sentia ao ver a garota fazer aquilo com a boca. Outra vez com ele.

Porém, repentinamente, ela parou. Mas não voltou a chupar. Sofia apenas olhou profundamente nos olhos de Júnior e começou a sorrir. Ele sorriu de volta, no começo. Mas o sorriso da garota mudou, foi crescendo e crescendo, muito mais que o normal e este revelou uma quantidade anormal de dentes. Serrilhados amarelados, alguns podres, afiados e pontiagudos como facas. Eram centenas deles.

Subitamente, as esmeraldas que brilhavam verdes em seu rosto, agora, se tornaram rubras como se ali estivessem brasas. A esclera branca foi tornando-se preta. E Júnior, em uma paralisia completa, viu os últimos fios dourados se desfazerem no ar.

Então, a pele do rosto cedeu, caiu ensanguentada sobre a barriga do rapaz, dando lugar a um rosto extremamente pálido e enrugado, com rugas tão profundas que se assemelhavam a rachaduras.

Talvez ali a sanidade do rapaz tenha evaporado e o tesão dera lugar ao medo, pois a criatura percebeu aquilo. Olhou ele nos olhos, apertou seu pênis e o abocanhou. Mordeu, com vigor o suficiente para atravessar a pele sem esforço. E Júnior, ainda que paralisado de horror, sentiu sua pele ceder, estalando, como um elástico que se estica demais.

O ser mastigou e engoliu. Parecia se deliciar. O sangue jorrou, cobrindo de carmim os lençóis brancos na cama e o corpo dos dois. Júnior quis gritar de dor, mas não conseguiu. Os dedos ossudos, longos e finos da criatura se fecharam ao redor de sua garganta, apertando, cada vez mais forte, levando o ar e consciência... Porém, ele acordou.

Deviam ser umas três horas da manhã quando pulou na cama, assustado, totalmente suado. Viu que tudo não tinha passado de um pesadelo.
Virou para o lado e tentou dormir, mas alguma coisa não parecia estar certa. E a sensação estranha de que estava sendo observado cresceu, martelando no fundo da cabeça. Júnior olhou para a porta.

A meia luz da Lua que fugia de ser encoberta pelas cortinas finas, revelou uma mulher parada à porta do seu quarto. Ela era linda. E estava completamente nua. Era Sofia.

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Foi feito em parceria com yassersergio! Um autor incrível que forneceu esqueleto e tendões, e eu complementei com a pele e os músculos.

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