179° capítulo

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Angelina🌻
Porque, meu Deus?! Porque eu estou passando por isso?! Não consigo pensar em nada, a não ser ele. Meu coração sente vontade de contar tudo, mas eu sei que é perigoso. Estou tentando proteger ele e minha família desse escroto.
Guilherme: você está aqui. — entrou na minha casa.
Eu levei um susto.
Angelina: vim ver as minhas cachorras. — expliquei.
Guilherme: porque saiu sem avisar? — se aproximou.
Angelina: você já não tava no apartamento quando eu saí.
Guilherme: não faça mais isso. Você tem que me dizer onde vai, ouviu? — pegou no meu braço e começou a apertar.
Angelina: Tá. Me solta, você tá me machucando. — ele me soltou e eu me afastei.
Guilherme: você está muito rebelde, Angelina. — me encarou. — isso deve ser por causa daquele jogador. Ele te deixava de qualquer jeito. Você não era assim. — me encarou.
Angelina: eu não era, mas eu mudei. Não sou mais aquela mulher que fazia tudo que você mandava, que me batia e ficava calada, achando que tudo iria passar. Não sou mais a Angelina de antes. — me alterei. — eu não tenho mais medo de você. — o enfrentei, mesmo tendo medo.
Guilherme: pois deveria. Eu posso muito bem fazer da sua vida um inferno. Posso destruir sua família. — me encarou sério.
Angelina: Na minha família você não toca. — exaltei.
Guilherme: então, faça o que eu mando, ouviu? — falou grosseiro.
Eu tento parecer ser forte, mas eu não sou. Eu só queria chorar com tanta dor e sofrimento.
Guilherme: aqui ainda tem roupas dele. — falou enquanto olhava meu closet.  Todas as peças do Gerson, ele pegou e as colocou na cama enquanto eu só observava em pé perto da janela. — que brega. — falou com um moleton preto do Gerson na mão. Eu amava aquele moletom dele.
Angelina: porque está fazendo isso comigo? — perguntei o mais suave possível para ele não se alterar.
Guilherme: você me tirou a única chance de tirar dinheiro do seu pai. — me encarou sério.
Angelina: você é desprezível. — neguei com a cabeça.
Guilherme: você e aquele jogador estavam bem felizes, né? Viajaram para Lima, ganharam aquele campeonato, foram nas premiações e tiraram várias fotos juntinhos. — falou irônico, eu revirou os olhos. — na sinceridade, o River merecia aquele troféu. — eu neguei.
Angelina: você é doente. — afirmei, ele gargalhou. — você tem que ir para um hospício.
Guilherme: cala a boca, vai. — mandou entrando no meu closet novamente. — olha o tanto de roupa curta, amor. — eu revirei os olhos e senti vontade vomitar quando ouvi ele me chamar de amor.
Angelina: são curtas sim! — afrontei. — eu gosto de usar.
Guilherme: quando você namorava comigo você não era assim. Você usava roupas comportadas.
Angelina: eu era uma trouxa, e namorava um tóxico. Aprendi a não me importa com a opinião dos outros. Eu uso o que eu quiser.
Guilherme: você está muito mal acostumada, né? Aquele Gerson te deixa solta assim?
Angelina: ele não me deixa solta, ele sabe como deixar uma mulher livre. ELE SIM SABE COMO TRATAR UMA MULHER! — me alterei.
Guilherme: mulher minha não! Eu que mando! — me encarou.
Angelina: em mim você não manda!
Guilherme: esse Gerson te deixou muito solta, você deve ter traído ele, né? Certeza!
Angelina: não, eu nunca trai ele. Sabe porque? Porque com ele eu me sentia completa, eu me sentia valorizada. Porque eu iria trair ele sendo que eu o amo?
Guilherme: pois mulher é tudo igual. Se você der uma brecha, ela te coloca um par de chifre. — afirmou e eu neguei furiosa.

Our love won. | Gerson SantosOnde histórias criam vida. Descubra agora