148° capítulo

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Angelina🌻
Os meninos voltaram com o nosso lanche. Eles também trouxeram um pra eles. Nos sentamos e começamos a comer.
Henri: sacanagem aquilo que vocês fizeram. — bebeu sua água de coco.
Felipe: covardia. — rimos.
Raíssa: vocês não queriam ir comprar lanche para as suas namoradas. — deu de ombros comendo.
Henri: vocês são folgadas, ein? — encaramos ele sérias.
Gerson: concordo, cunha. — o Henri riu.
Passamos a manhã na praia, depois voltamos pra casa a tarde.
Fui pro quarto tomar banho e tirar a areia do meu corpo.
Gerson: vou dormir um pouco, tá? — falou terminando de se vesti.
Angelina: pode ir, lindo. — ele me deu um beijo e se deitou na cama.
Terminei de pentear meu cabelo e decidi deixá-lo secar  naturalmente.
Desci as escadas e não vi ninguém.
Fui procurar meu pai, que ainda não tinha visto desde que cheguei da praia.
Angelina: pai? — falei abrindo uma porta e vendo ele sentado numa mesa de escritório lendo uns papéis.
Heitor: oi, filha. Já chegaram da praia? — assenti. — entra. — entrei fechando a porta e me sentei a sua frente.
Angelina: pai, me conta uma coisa, porque o senhor está assim? — ele me olhou confuso. — o senhor está mais alegre, mais risonho.
Heitor: sério? Nem tinha percebido. — voltou a olhar os papéis.
Angelina: pai, como estava sendo seu relacionamento com a Mariana?
Heitor: normal. — deu de ombros.
Angelina: pai, fala a verdade! — exigi.
Heitor: tá. Nosso relacionamento estava desgastado. — me olhou. — a gente tava meio distante depois que nossos filhos aviam ido embora. — revelou.
Angelina: pai, o senhor se sente melhor depois que ela te deixou? — ele pensou um pouco.
Heitor: sabe, nunca me senti tão bem, tão... Livre. — eu sabia! — a Mariana literalmente me prendia, e eu não podia fazer o que eu queria. — suspirou. — ela nem deixou apoiar meu filho. — lamentou triste.
Angelina: o Henri? Na escolha de ser DJ? — ele assentiu.
Heitor: eu não sou contra isso, mas a Mariana me obrigou a ser. — suspirou. — a Mariana se tornou uma pessoa completamente diferente, não a reconhecia mais. — me contou.
Angelina: pai, a mãe da Raíssa...
Heitor: a Helena? Nossa! Quando a conheci eu fiquei maravilhado com ela. Quando a gente se envolveu, eu comecei a pensar muito nela. — contou sorrindo. Hum, meu pai gosta da Helena.
Angelina: gosta da Helena, pai? — ele me olhou.
Heitor: não. Que isso?! Ela foi um rolo do passado. — se negou.
Angelina: pai... — encarei ele.
Heitor: tá. Quando a gente envolveu eu não esqueci ela e criei um sentimento. Mas eu estava casado, e sabia que tinha sido um erro.
Angelina: que gerou a Raíssa, pai. — o repreendi brava.
Heitor: não. A Raíssa não é um erro, falei do que eu e a Helena tivemos. — concertou sua fala.
Angelina: onde a Helena está?
Heitor: deve está em São Paulo. — deu de ombros.
Angelina: pai, ainda a tempo de ser feliz, tá? — falei e ele me olhou confuso.
Heitor: tá falando do que? — me olhou curioso.
Angelina: a Helena, pai. — ele arregalou os olhos.
Heitor: tá doida, Angelina? — eu ri. — ela deve tá casada. — neguei.
Angelina: a Raíssa disse que não. — comentei e ele deu um sorrisinho discreto.
Heitor: tenho tempo não, tenho quatro filhos agora. — eu neguei.
Angelina: pai, já somos adultos, já temos nossas vidas. — falei séria. — viva a sua vida, pai. Você perdeu tempo demais com a Mariana. — ressaltei.
Heitor: Angelina, eu não dei certo com a sua mãe, eu não dei certo com a Mariana. Você acha mesmo que eu daria certo com a Helena? Já trai a Andreia e a Mariana, e se eu faço isso com a Helena? — eu neguei.
Angelina: pai, quando se ama uma pessoa, quando essa pessoa te faz feliz, você não pensa em outra, e nem pensa em trair ela. — pisquei. — tchau, pai. — me levantei e deixei ele pensando.

Our love won. | Gerson SantosOnde histórias criam vida. Descubra agora