Beginning

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Olho para o lado assustado com o comentário, pois lembrava dessa voz rouca e grossa, me levanto apressadamente olhando o mais velho. Ele aponta para a calçada onde estava sentado, e faz o sinal para mim me sentar novamente e obedeço, logo o mesmo se senta ao meu lado.

— Por que desobedeceu sua tia?- começa ele. —ela deve está muito preocupada agora, são quase três da madruga e você na rua sem da notícias — ele olha pra mim e logo pra rua.

— Eu sei, eu fugir de casa, e não vou voltar, ela está cansada de mim, de tudo isso, e eu também. —digo baixo olhando para o chão.

— E é assim que você vai resolver as coisas? — pergunta me olhando -não é mais simples só parar de usar esses "medicamentos"? — enfatiza a palavra medicamentos.

— Não, não é mais fácil, já tentei para muitas vezes mais não dá — suspiro pesado passando as mãos sobre o cabelo.
— Eu fico louco, e esse barulho em minha mente nunca acaba — o bilionário olha em meu rosto me analisando.
— E eu passo mal por causa da abstinência. Eu não gosto disso. — Coloco as mãos sobre a calçada e inclino para trás olhando para o céu.

— E as clínicas? Por por que fugia? — ajeita seu terno olhando pra mim, e tira de lá um fucking celular, fodão, igual a ele.

— Não gostava de ficar lá, eles não nos trata como diz tratar, e a segurança é péssima, qualquer um pode fugir — respondo sua pergunta olhando pra ele de relance, sem querer encara-lo de mais.

— Fugiu quantas vezes? — o mais velho pergunta mexendo em algo em seu celular.

— Acho que umas seis, mais já deve saber o Happy deve ter te falado — me sento direito olhando para o castanho.
— Aquele desgraçado — solto com raiva.

— Olha a boca garoto! — me repreende serio.
— E não fala assim do meu motorista!— conclui olhando em meus olhos, e sinto um arrepio subindo pela espinha.

— Então fala pra ele, não se juntar aonde não é chamado, ele não é bem vindo! — esbravejo revirando os olhos, tentando parar de sentir o que eu estava sentindo.

— Não por você, mais pela bonitinha da sua tia sim. — solta com sacasmo.

— Não interessa, senhor Stark eu não gosto dele, céus.... Ele é tão grudento, é sempre ligando, sempre lá em casa, o senhor tem que deixa-lo atarefado, só assim ele sai do pé da May. — solto incotrolado, e indignado com a situação, e ouço ele soltar um riso soprado, olho pra ele desacreditado.
— É sério! Não tem graça nisso! —concluo olhando para o mais velho.

— É claro, não tem. — diz em um tom de sarcasmo.

O castanho mais velho balança o celular me mostrando um vídeo. Suspiro pesado ao vê, uma de minhas apresentações na faculdade. De um mini reator de fusão nuclear que eu havia feito lá.

— Você que fez? — pergunta guardando o celular.

— Sim eu que fiz, estava querendo levar energia para aonde não tinha, trabalhei nisso, e em uma semana estava pronto. — me levanto arrumando minha mochila mas costas.

— E o que mais você fez? — lança mais uma, ainda sentado.

— amm.... Um reator de arc igual o seu.... Uma arma de explosões repulsoras, igual da sua armadura, mais só que melhorada. Fiz a Karin pra ajudar a diretora da faculdade.... e outros. — digo a ele meio nervoso, e envergonhado pelo fato de tudo ser inspirado nele.

— Impressionante. — o mais velho se levanta arrumando o seu terno, perfeito e feito sobe medida, se aproximando devagarinho.
— Onde elas estão? —Suspiro pesado.

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