Addiction

Deception

Eu queria muito sentir, estava morrendo de saudades de seus toques, cheiro e aquele olhar cheio de desejo. Mas eu não vou sair do chão, ou trilhos, seja lá onde o senhor me leva, hoje não senhor Stark.

— Ah, qual é o pirralho? — olha para o lado. 

— Foi mau, senhor Stark. — digo, vendo o homem olhar novamente para mim. 

— Tá me rejeitando? — Arqueia uma das sobrancelhas. 

— Não, senhor, só que eu estou bem e quero continuar assim. — digo, mais eu ficaria mais bem ainda com ele dentro de mim, não vou mentir. 

— Então deixa eu te fazer mais "bem" ainda. — sorrir safado. 

— Muito tentador. — sorrio. 
— Mas hoje não. Olha, eu vou dormir, eu estou muito quebrado, treinei bastante hoje com o Bucky, e amanhã vou novamente, e também vamos trabalhar cedo, então preciso de uma boa noite de sono, continuo em fase de crescimento, então. — digo, saindo de seus toques inventando qualquer coisa. 

— Droga, aquele invernal de merda. — resmunga. 
— Ok, ok. — diz se rendendo. 
— Me acompanha até minha porta? — questiona indicando. 

— Claro. — sorrio. 

Vamos até a porta, e o homem para em minha frente assim que chegamos em sua porta. 

— Quer entrar? — lança tentador, ele não desiste. 

— Não, senhor. — coloca a digital abrindo a porta. 

— É melhor pensar direito, olha lá. — ordena, assim que sua porta se abre, então olho para dentro do seu quarto. Ok, eu queria entrar. 
— Olha para mim. — ordena, e mais uma vez obedeço seguindo sua ordem. 
— Última chance, sim ou não? — questiona.

— Não. — digo logo em seguida. 

— Ok. — assente. 
— Essa é marra adolescente que eu gosto. 

— Boa noite, senhor Stark. — digo sorrindo. 

Ele sorrir, e suas mãos vem uma a cada lado do meu rosto, e seus lábios pousam sobre os meus novamente, em um selinho longo. 

— Boa noite Parker. — diz assim que separa nossos lábios e meu corpo gela com ele falando meu nome. 

— Até amanhã. — digo olhando em seus olhos. 

— Sim, sim, ok. — Me solta, olhando para sua porta. 

— Nos vemos no trabalho amanhã, senhor Stark. — digo caminhando. 

— É, agora cai fora daqui. — gesticula. 

— Boa noite. — digo mais uma vez sorrindo entrando em meu quarto. 

Meu sorriso se alarga ainda mais quando eu fecho minha porta. É como um sonho esse homem me desejar, e se for um sonho, por favor, não me acorde, tia May. Mordo meu lábio inferior com força, fechando os olhos, caramba, senhor Stark, caramba! Caminho até a porta da sacada, fecho a janela e logo a porta, passando a enorme cortina na frente.

O senhor Stark me deseja assim como eu o desejo, ele pode ficar com quantas mulheres quiser, mas é comigo que ele quer está, é em mim que ele quer tocar. Ainda sorrindo, vou até a cama, me jogando nela e me cobrindo. 

Creio eu que é uma boa ideia não sair do chão por um tempo, sim, porque o senhor Stark sempre me leva nas alturas. Sinto como se tivéssemos no espaço, sei lá, em outro planeta, um planeta onde só temos nós dois? E isso não é bom, ou é? Eu esqueço do resto do mundo quando estamos juntos, e quando ele me toca, caramba, para mim o mundo não existe mais. Isso me preocupa para caralho, porque o meu medo é de me viciar nele, ele é como nicotina, seus toques, seus beijos, sua presença. E definitivamente isso não é bom, para mim não. Agora, se revertermos essa situação? É isso seria espetacular. Como eu poderia resolver isso? 
Em meio de tantas perguntas, acabo pegando no sono.