Beginning of Addiction

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Depois de ter jogado tudo pra fora, me escorrego pelo chão do banheiro abraçando os joelhos. Estava frio, e quente ao mesmo tempo, estava tremendo, com medo, panico, e com dores. Droga por isso não consigo ficar sem eles, me deparo já estava chorando, rasgando meus braços com as unhas, e mais uma vez o vômito vem. E logo o vomito vem novamente, me acalmo mais uma vez. Sinto uma mão em minhas costas e pulo longe com medo.

— Calma garoto, sou eu.  — o senhor Stark aparece se abaixando no chão ao meu lado, não vejo a hora que agarro seu corpo o abraçando.
— Shhh pronto, estou aqui. — diz afagando meus fios de cabelo.

— Eu... Eu... Não estou....bem... — digo entre os soluços de choro.

— É, eu estou vendo. Logo você ficará bem. Isso faz parte. — sinto o seu cheiro amadeirado, forte, e de algum jeito, aquele cheiro vai me acalmando.

Sinto suas mãos uma sobre meu cabelo, e outra sobre minhas costas, fazendo um carinho bom, e aconchegante. Ficamos ali no chão uns quinze minutos. Passo minhas mãos mais uma vez sobre suas costas, e não tinha nenhum pano, e sentir sua pele era tão bom, tão quente.

— Senhor Stark. — chamo, e mais velho responde somente "Hum?"
-— Como sabia que estava mau? Fiz muito barulho? — pergunto ainda agarrado no seu corpo.

— Sexta avisou sobre seus batimentos cardíacos, e eu ainda estava acordado. — diz me afastando para olhar em meu rosto.
— Está melhor?

— Sim, minha boca está seca. -enxugo minhas bochechas.

— Vem, vamos tomar água. — se levanta e eu também.

Antes de sair do banheiro vou até a pia, lavando meu rosto e também minha boca. Saímos do quarto indo até a cozinha que tinha naquele andar. Ela era pequena comparando com a outra de baixo. O senhor Stark abre a geladeira pegando uma garrafa de água e vai até o armário pegando um copo, enchendo em seguida.

— Aqui  — me entrega o copo, em vez de sentar na cadeira, eu me sento na bancada, e o mais velho em uma das cadeiras cruzando os braços me encarando.
Tomo todo o líquido, colocando o copo de lado.

— Se sente melhor? — lança, e eu aceno que sim.

— Que horas são?  — pergunto vendo que ainda estava escuro.

— Três horas, você estava sentindo alguma coisa antes de dormir? — pergunta ainda me encarando.

— Não só uma leve dor no estômago. — respondo enquanto balanço minhas pernas.

— Quando sentir alguma coisa, não existe em me avisar. — diz sério.

— Por que o senhor se preocupa comigo? — olho em seus olhos.

— Por que você está sobre minha responsabilidade. — diz simples, seus olhos estavam escuros.

— Por que quiz isso? Na verdade por quê, quis me trazer pra cá? — lanço, o mais velho levanta se aproximando, de mim, engulo seco.

— Por quê? — lança.
— Se arrependeu? Quer ir embora? — Coloca suas mãos uma de cada lado de onde eu estava sentado. Ou seja estava encurralado.

— Não... Só queria saber.... Por que insiste em mim.  — viro o olhar para o lado, pra fugir de seus olhos.

— Eu já te respondi isso antes. — respondo "Hum"
— Olha pra mim quando falo com você. — ordena, virando meu rosto para encara-lo.

— Sim senhor. — olho em seus olhos, e eles estavam diferentes, escuros, e me exitou, isso tudo é por preocupação?

Podia sentir sua respiração de tão perto que ele estava, e ele estava sem camisa, queria abraça-lo de novo, mais não tinha coragem, então ele se afasta virando de costa para mim, as mesmas são tão trabalhadas, suspiro profundo.

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