9° Capítulo - Novato Capítulo

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Classificação de 14 Anos

Autor: Jean Cllaude

9° Capítulo

Paula

Já se passou 1 ano, desde que encontrei o diário perdido entre os pertences da minha irmã, acabei confirmando o que vinha martelando em minha cabeça desde a sua partida.

Paloma não cometeu suicídio por algum motivo fútil, ou como o laudo da policia constatou que foi por ser usuária de drogas e sofria por depressão. Esse laudo era apenas a ponta do iceberg.

Não vou dizer que a depressão e o uso de drogas não contribuíram para sua morte, mas o quem a induziu a usar drogas, e logo após a entrar em depressão é o verdadeiro culpado.

Ela foi massacrada, o que fez foi um ato de desespero de uma pessoa que estava sendo ameaçada constantemente por aquele que dizia que a amava e que do dia para noite não a amava mais.

Nesse tempo que se passou peguei cada ferida aberta pela perda de cada um de minha família, cada lagrima de dor foi incentivo para continuar. Não somente ia existir ou vegetar, ou ficar lamentando pela minha, também não iria me entregar.

Fui atrás do culpado, estou cada dia mais perto. Ele tem que pagar. Eu sou a pessoa que vai cobrar essa divida. A moeda dessa cobrança, é fazer ele perder tudo assim como eu perdi. Não aceito negociação. Quero seu fim, sua destruição, nada menos que isso.

Tive paciência e sangue frio para estudar e prestar o vestibular e passar. Estudar um curso que nunca gostei, não foi uma tarefa fácil ou prazerosa. Mesmo assim conseguir tirar as melhores notas, ser o destaque da sala, sempre com uma conduta correta, sem orgias, sexo casual, nada que denegrisse a minha imagem de boa moça que perdeu a família. Na faculdade ministrava meu tempo entre estudar e investigar a agência que ansiava fazer parte um dia.

Esse dia chegou. Agora enfim vou poder por em pratica tudo que planejei, ficarei frente a frente da pessoa que acabou com tudo que eu amava nessa vida. Vou ter o sangue frio de destruí-lo aos poucos, quando perceber estará em um abismo sem fim.

Minha entrevista foi marcada, é segunda- feira na parte da tarde, quando a secretaria ligou me avisando que fui selecionada para mim foi um passo a mais para alcançar meu objetivo. Essa vaga é minha tenho convicção disso.

Para adquirir força, esse fim de semana, resolvi vim visitar o túmulo de minha família, estou aqui sentada sobre o tumulo desde que cheguei essa manhã, não tenho casa para ir, a minha casa ainda está alugada. 

Gosto de ficar aqui, sentindo o vento bater em meu rosto, esperando o tempo passar, e pensando nos meus próximos passos.

Aproveitei minha visita e dei uma geral no tumulo, limpei a lapide de cada um, além de colocar flores frescas e acender velas.

No fim da tarde quando a brisa fresca bate em meu rosto, olho para o tempo, o sol aos poucos começa a se esconder, decido que está a hora de voltar para Jales, está na hora de novamente despedir e voltar sozinha.

— Está na hora de eu ir, foi bom passar esse domingo em família, não era bem assim que queria, mas, infelizmente não tenho outra opção. — fico em silencio com meu coração apertando — O que importa que de um jeito meio estranho estamos juntos. — digo com um sorriso em meios de lagrimas que começam a cair — Sei que prometi nunca mais chorar, que ia ser forte e superar tudo. — tampo a minha boca tentando controlar o soluço do meu choro, a ferida nunca se fechou esta aberta — mas vocês precisam entender que quando estou aqui com vocês eu não consigo me controlar. É difícil me fazer de forte o tempo todo. Ainda dói muito, mesmo hoje fazendo quase 2 anos da partida da minha irmã, a partir dessa data tudo desmoronou, 5 meses depois mamãe e 2 meses depois de mamãe foi a vez de papai. Precisam entender que é difícil. Em menos de 1 ano perdi todos. Mesmo com esse tempo ainda é tudo muito vivo e recente dentro de mim. Por favor, não fiquem triste comigo, posso afirmar que estou melhor que ontem. — fico em silêncio por alguns segundos — na semana passada entreguei a ficha de inscrição para a vaga de estágio na "Calderan Turismo" — limpos minhas lagrima e paro de chorar. — Minha entrevista foi marcada, e tenho certeza que a vaga é minha. Não se preocupem vou conseguir acabar com aquele que acabou com nossa família. Custe o que custar ele vai pagar eu prometo isso para vocês — levanto do tumulo da minha família. — Estou bem família, de onde vocês estiverem cuidem de mim e aproveita e da uma olhadinha na Alice ela é uma boa pessoa. — viro-me e vou caminhando lentamente para a saída do cemitério

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