Classificação de 14 Anos
Autor: Jean Cllaude
11° Capítulo
Paula
Tive uma tranquila noite de sono, acabei tomando meia banda de calmante para dormir, eu sabia que hoje seria um dia importante, ficarei cara a cara com aquele que acabou com a minha família, que destruiu a minha vida.
Acordo cedo mesmo antes do celular despertar, a meia banda de calmante serve para me deixar mais calma, mas ainda fico elétrica e não sonolenta.
O motivo de acordar mais cedo é que eu gosto de me arrumar com calma, tomar banho tranquilamente sem correria, sem gritaria para sair logo do banheiro, sei que todas acordam em cima da hora e vira uma bagunça generalizada, para todas conseguir sair de casa no horário.
Levanto da cama, olho para Alice que ainda dorme hoje está em sua cama. Provavelmente não teve nenhum pesadelo ou viu algum mostro para pular para minha cama.
Pego a roupa que separei ontem a noite, junto com a neceasse. Vou para o banheiro tomo banho, faço minha higiene, visto um conjunto de saia de risca de giz Preta, com blusa de cetim azul, nada muito revelador, mas que da espaço para a imaginação. Meus cabelos estão curtos agora, impossibilitado de prende-los. Portanto só o ajeito atrás da orelha. Estou quase pronta só falta apenas calçar a sandália.
Volto para o quarto em busca da sandália e encontro Alice do mesmo jeito de quando sai do quarto para tomar banho e me arrumar. Muito bonito, provavelmente o despertador tocou e ela no seu modo morta vida o desligou e voltou a dormir. Bem a cara dela ter esse tipo de atitude.
— Alice — a chamo e a bicha nem se mexe — Alice — me aproximo e dou um chocalhão nela. — Alice acorda.
— Aiiiiii — cobre a cabeça com o travesseiro — deixa eu dormir mãe — resmunga.
— Não sou sua mãe Alice, mas se eu fosse você levantaria dessa cama agora, se não quiser chegar atrasada no seu primeiro dia de emprego. — a repreendo.
— Eita — senta na cama — é hoje? — sorri.
—Hoje. — afirmo, indo até a sapateira pegar a sandália para calcar.
— Ai meu Deus to atrasada — começa a situar a sua situação. — que horas são?
— 7:30 — respondo sentando na cama para calçar minha sandália.
— Senhor . — pega o celular vê a hora e levanta correndo. — Não estou atrasada mas, falta bem pouco.
— Corre senão vai se atrasar. — coloco pilha para agilizar.
— Anda Paula fica aí parada não, vamos chegar atrasadas. Me ajuda.
— Eu?
—Escolhe a minha roupa. — pede fazendo a cara de cadelinha que caiu da mudança.
— Corre que eu arrumo, eu já estou pronta. Você que vai chegar atrasada se não correr.
— Ai. Obrigada. Vou tomar banho rapidinho. — sai correndo em poucos segundos volta para o quarto — esqueci a toalha —corre de novo para o banheiro.
Abro a parte do seu guarda roupa e escolho a roupa para ela usar, coloco em cima da cama, junto com o sapato. Só fico imaginando todos os dias Alice acordando atrasada, nesse desespero. Amanhã vou acorda-la mais cedo. Assim ela não fica ainda mais doida.
Vou para cozinha preparar o café enquanto a Alice não fica pronta, necessito de boa dose de cafeína todos os dias, forte e amargo, assim como meus pais gostavam, pai sempre dizia que era para despertar o sono, hoje não sei ficar sem.
Tomo meu café preto e puro. Na velocidade da luz Alice entra na cozinha com a bolsa de lado, vestida, maquiada com os cabelo preso em um rabo de cavalo.
— Estou pronta. — Alice entra na cozinha ofegante. — acho que da tempo de tomar café.
Olho no relógio em meu pulso.
— Você tem 10 minutos — pego minha xícara levo até a pia a lavo e depois a guardo.
— Só vou tomar uma xícara de café para acordar aí a gente já pode ir. — avisa toda atrapalhada. — Necessito do meu café.
— Amanhã acorde mais cedo para poder tomar café com calma. — aconselho. — Vou pegar minha bolsa no quarto enquanto toma seu café. Espero você no carro. — Aviso.
— Ta bom, eu não demoro.
Ando até o quarto, confiro minha aparência no espelho. Gosto do que vejo, estou um pouco nervosa e insegura.
— Me desejem sorte família — seguro a pulseira e fecho meus olhos por breves segundos fazendo uma prece silenciosa. Pego minha bolsa e a chave do carro.
Assim que saio do quarto estou de cara com Alice.
— Vamos estamos atrasadas. — diz ajeitando a bolsa em seu ombro — gostei da roupa que escolheu. Obrigada.
— Calma, estamos no horário. — digo olhando no relógio — e não se esqueça amanhã acorde mais cedo.
— Vou tentar.
— Alice. Alice — a advirto.
— Se você me acordar mais cedo, facilita bem. — sorri.
Balanço a cabeça e acabo sorrindo também.
Na agência somos recebidas por Rebeca para nos apresentar a agência e explicar como tudo funciona. Próximo as 10:00 da manhã, depois de ter andado quase a agência inteira ela nos leva em nossas respectivos lugares.
O senhor Calderan não está na agência, segundo a Rebeca ele vive viajando, mas deixou todas as atividades para Alice realizar. Depois de explicar para Alice sua tarefa, e mesa, enfim saímos rumo ao meu lugar aqui na agência.
— Paula você vai trabalhar aqui. — passamos por um corretor que da em uma ampla sala. — Essa será sua mesa, pode arrumar suas coisas na gaveta, naquela porta é a dispensa, você não é a garota do café, mas se quiser levar café para o Théo no decorrer do dia ele vai ser grato. Toda essa ala é da gerência. Por isso é bem equipada, com a dispensa/copa e banheiro para que você não ausente antes do seu horário ou somente quando for solicitada. Aqui é o coração da agência, tudo se passa por aqui, tudo vai passar por você, por isso te escolhi, por ter os pés no chão e ser fria e calculista. Eu sempre vou estar aqui para ajudar. Alice também vai te ajudar, ela fica em um lugar mais isolado porque o senhor Calderan não gosta desse entre e sai de pessoas. É a idade — sussurra — Já Théo nasceu para isso. — sorri — Essa agência é a vida dele, seu coração bate aqui dentro.
— Nossa! — exclamo.
— Não se assuste, é comum se sentir perdida no início e até mesmo ter medo, rapidamente você pega o jeito e se acostuma. Théo é um ótimo patrão vai saber de instruir da melhor maneira possível. Só é mulherengo, não recusa uma foda fácil. Você vai ter que se controlar para não parar na mesa dele com ele no meio de suas pernas.
— Não existe essa possibilidade. Estou aqui trabalhar e não transar com o Patrão.
—Quando você o conhecer vai entender que estou falando. Se quiser dar para ele não tem problema, só tenha ciência que é apenas uma foda e não misture com trabalho. Também não deixe o senhor Calderan saber ele não aprecia relacionamento entre os funcionários, alega que cai a produção.
—Já disse, não existe essa possibilidade.
—Tomara, você é linda, atraente, aparenta ser uma boa funcionaria, se não cair nos encantos do Théo melhor ainda.
—Não vou cair. — afirmo.
— Vamos conhecer o Théo ?— coloca a mão na maçaneta.
— Vamos. — Levanto a cabeça.
Enfimchegou a hora de ficar frente a frente.
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Web Novela " O Outro Lado da Vingança "
Mystery / ThrillerSINOPSE Paula nunca entendeu o motivo de sua irmã tirar a própria vida de forma brutal. E tudo o que aconteceu a seguir só ajudou para que sua vida se tornasse cada vez mais sem sentido. Até que o motivo de tudo vem à tona e uma ânsia por vingança n...