25° Capítulo - Últimos Capítulos / Última Semana

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Classificação de 14 Anos

Autor: Jean Cllaude

25° Capítulo

Últimos Capítulos / Última Semana

Théo 

Meses depois

Durante toda a minha vida cresci acreditando que a minha mãe morreu para me dar a vida, me senti culpado por saber que para eu nascer ela teve que morrer.

Acreditava que meu pai era um homem horando, que não se casou novamente em respeito e amor a minha mãe. Fui um tolo por acreditar em tudo que ele falava, fui inocente de não questioná-lo em relação a minha mãe. Ele sempre foi severo, tinha medo das suas reações, por esse motivo acabei aceitando o que ele estava disposto a falar.

Hoje eu sei a farsa que foi toda a minha vida. A minha mãe sempre esteve ao meu lado, cuidando, me amando e dando carinho, além de ser ameaçada constantemente pelo homem que sempre chamei de pai. A minha tia, que sempre esteve ao meu lado era, na verdade, a minha mãe. A pessoa que me deu a vida.

Ana foi ameaçada durante toda a sua gestação, quando nasci, em um ato de desespero, pediu para o meu pai deixá-la cuidar de mim com a promessa de nunca me contar a verdade. Ela cumpriu sua promessa, cuidou de mim, me amou, fez de tudo, mas nunca me disse a verdade, tinha medo de contar e ele afastá-la de mim.

O meu pai não é nenhum herói, ele foi o vilão não só minha vida, mas na vida de tantas outras. Destruiu famílias e sonhos de muitos. 

Théodoro Calderan era nada mais nada menos um dos maiores chefes de rede de prostituição na região. As moças que trabalhavam em suas boates viviam em condições precárias, além de ver suas famílias sendo ameaçadas. Muitas garotas perderam a vida. O poderoso Théodoro Calderan é um bandido, um lobo vestido na pele de cordeiro. A agência de turismo era apenas uma fachada para a lavagem do seu dinheiro sujo. Eu nunca desconfiei.

Enquanto trabalhava achando que o meu trabalho era digno, achando que estava na frente de uma agência de sucesso, sem saber, estava contribuindo com o seu serviço sujo.

Quantas vidas se perderam?

Quantas jovens foram estupradas?

Quantas famílias perderam suas filhas?

Eu não sei o número exato, mas foram muitas. Sinto-me culpado por ter sido tão cego, por não ter enxergado quem era o verdadeiro Théodoro Calderan. Trabalhava duro, por amor a agência e para ganhar a admiração do meu pai, mas no fim era apenas um fantoche em suas mãos.

Por mais que você tente esconder o seu verdadeiro eu, uma hora a verdade vem à tona. Foi o que aconteceu.

Apesar de tudo, no meio do caos que não sabia que vivia, Paula, como uma luz, surgiu na minha vida. A partir do instante que os meus olhos se encontraram com os delas, eu soube que ela era o meu feliz. Até tentei não me apaixonar, dizia para mim mesmo que era apenas uma frustação sexual, que depois de fodê-la essa atração passaria. Mero engano. O tempo passou, enfim venerei o seu corpo, bebi do seu prazer e me apaixonei ainda mais. A certeza que era ela que eu queria para toda a minha vida era real.

Apesar de ver a entrega na Paula, quando olhava em seus olhos a via travando uma briga interna. O desejo e a paixão por mim eram evidentes, mas ela lutava por algo que eu não compreendia. Foi quando um simples "bom dia", acabou em uma discussão com ela saindo da minha sala e voltando chorando e me culpado por algo que eu não entendia, mas sabia que não tinha feito. Abracei o seu corpo enquanto chorava e gritava, me culpava e se culpava. Quando Alice entrou na sala e confessou toda a verdade. Eu era inocente, o culpado era outro, alguém que eu jamais desconfiaria.

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