23° Capítulo - Últimos Capítulos

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Classificação de 14 Anos

Autor: Jean Cllaude

23° Capítulo

Últimos Capítulos

23 | Paula

Segurando a mão de Alice, conto tudo o que descobri. Como a minha irmã se matou, a morte dos meus pais, dos bilhetes que ela guardava, o diário que contou tudo: como começou as ameaças, os vídeos que ele usava para chantageá-la e da rede de prostituição da qual ela fez parte e de como foi obrigada a usar drogas e se prostituir.

Depois que acabo de falar, Alice começa a relatar como ele se aproximou, as promessa, as fotos, vídeos e depois as ameaças. Por sorte, ela se recusou a se prostituir e usar drogas, mas ele vem a chantageando com vídeos que gravou dela. Além de ameaçar a família.

— Não posso ter o mesmo sangue desse homem. — Théo passa a mão pelo rosto.

— Eu achei que ele era você, Théo, entrei aqui com o intuito de te destruir. Queria achar as provas para acabar com a empresa e te colocar na cadeia, mas não encontrei nada — confesso. — As notas batem, não tem nada que ligue a agência com algo ilícito.

— Você não encontrou e nem vai encontrar, eu não faria parte dessa imundice que o meu pai está envolvido.

— Você faz parte, Théo — Alice conta e ambos olhamos para ela. — A agência faz parte de tudo.

— Como?

— Alguns pacotes de turismo que a agência vende são ligados à rede do seu pai. Você nunca desconfiou porque quem administra esses pacotes é o seu pai. Os nomes também são apenas fachada, muita gente importante frequenta esses lugares.

— Como você sabe disso, Alice? — questiono.

— Porque sou a secretária dele, também não sou cega e nem surda, trabalhando ao seu lado vi e ouvi muita coisa. Ele tem tudo em pastas, as fotos, gastos, lucros. Os vídeos, alguns estão no computador, um dia eu o vi mostrando para um cliente.

— Vamos pegar tudo o que encontrarmos e entregar para a polícia — Théo diz, levantando-se.

— Ele vai querer me matar — Alice diz chorosa —, mas eu não podia deixar você sofrendo e culpando um inocente, Paula. Théo te ama, mesmo se negando a amar, sei que também o ama. — Olho para Théo.

— Obrigada por contar a verdade — agradeço. — Acho que depois de tudo Théo não vai me querer mais. 

— Eu te disse que te amo, Paula, não ia entregar o meu coração sabendo que você não estaria disposta a aceitar. Sei que tinha um muro entre nós, e mesmo assim resolvi arriscar. O que acabei de descobrir não muda o que sinto por você. Eu te amo. E ver que se apaixonou por mim, mesmo sabendo que tinha tudo para me odiar, me faz te amar ainda mais.

— Théo — digo seu nome como uma súplica. — Não sei nem o que dizer a você.

— Primeiro vamos resolver essa sujeira do meu pai, depois nós dois conversamos. A doidinha que precisa de nós agora. Você precisa ser forte e dar força a ela, e eu vou cuidar das duas.

— Tudo bem — concordo.

Théo pega o celular e faz algumas ligações, enquanto Alice e eu ficamos sentadas no sofá, segurando uma a mão da outra.

— Vai dar tudo certo, Alice — digo, tentando confortá-la.

— Estou com medo. Esse homem é capaz de acabar com a minha família, ele pode me matar. 

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