𝐍𝐎𝐒𝐒𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 (bkdk)

;capítulo 6

Eu tenho minha fama de sofredor.
Então não conta pra ninguém.

Eu comecei a tocar no bar onde Kirishima trabalha, o gerente disse que se em um semana eu conseguisse encher o bar, eu poderia trabalhar lá.

E não é como se eu ligasse para o salário, eu já trabalhava na agência da minha mãe, isso era apenas para me distrair ou como uma forma de escape.

Eu comecei por cantar a primeira música que cantei pra ele, Cazuza - Preciso dizer que te amo.

Cantei outras músicas que eram suas preferidas e fiz de tudo para não ficar algo deprimente.

As semanas foram passando e agora eu só tocava nos finais de semana. O bar havia ganhado mais reconhecimento por minha causa.

Pessoas com corações quebrados, pessoas apaixonadas ou até mesmo casais, vinham me ver performar.

Eu comecei a escrever minhas próprias músicas e lançava na minha página, ganhando até algum reconhecimento.

Eu tinha ganhado alguns "fãs" mas não era nada exagerado, pessoas gostavam do meu trabalho e eu gostava do que estava fazendo.

Foi graças às minhas músicas deprimentes que eu ganhei essa fama de sofredor, algo que me fazia rir na verdade, porque eu realmente, sou um sofredor.

Mas essa eu fiz pro nosso amor.

Essa eu fiz pra nós.

Pra nossa história.

Pra todos os momentos bons e maus que passamos em oito meses.

Para as brigas bobas que não nós conseguíamos ficar duas horas estando chateados um com o outro.

Para quando eu ia lhe buscar na faculdade.

Para quando ele se auto-convidava para minha casa.

Para quando ele elogiava minha comida e eu explodia de felicidade por dentro.

Para quando ele me abraçava quando eu chorava.

Para quando eu cuidei dele quando adoeceu.

Para quando eu cantava para ele.

Para quando ele me mostrava sua nova arte todo feliz.

Para quando andávamos de bicicleta.

Para quando íamos na nossa sorveteria.

Para quando ele decidia cozinhar comigo e eu ria de seu jeito desastrado.

Para quando assistiamos a lua agarrados um ao outro.

Para quando ele usava minhas roupas dizendo que amava meu cheiro impregnado em si mesmo.

Para todas as vezes que acordei do seu lado.

Para todas as vezes que lhe beijei.

Para todas as vezes que fiz questão de mostrar o quão incrível e bonito ele era.

Para todas as vezes que lhe presenteei com um girassol, porque eles me lembravam dele.

Para todas as manhãs que ficávamos deitados na cama contando sobre o que havíamos acabado de sonhar.

Essa música, assim como todas as outras que alguma vez escrevi, é dedicada inteiramente a ele.