;capítulo 13

956 176 98
                                    

*a música repete, pipipipopopo*

Essa eu fiz pro nosso amor...

Eu terminei de cantar depois de prolongar um pouco mais a última palavra, eu tinha meus olhos fechados e assim que os abri, olhando para a plateia pude perceber que todos estavam em um tipo de estado de transe.

Fiquei inseguro por uns segundos.

Não estava boa?

Foi ruim?

Será que eu falhei algo e não percebi?

Contudo, todos esses pensamentos foram embora quando escutei aplausos vindo da galera, sorri, feliz comigo mesmo e suspirei, me preparando para dar uma pequena fala e depois cantar mais uma música.

Eu cheguei a abrir a boca e um "O-" meu foi diferido, mas antes mesmo de poder dizer o que quer que seja, uma voz mais alta que as outras foi escutada.

Uma voz que se eu não escutasse todos os dias aqueles áudios antigos, eu provavelmente teria esquecido.

Mas eu lembrava, lembrava muito bem, e isso fez meu coração acelarar.

Por um momento achei que iria desmaiar.

Aquilo só poderia ser um delírio. Certo?

Certo?

É isso.

Eu estou delirando. Escutando coisas. Estou ficando doidinho da cabeça. Talvez seja melhor começar uma terapia como Ashido sugeriu.

"KATSUKI" a voz gritou novamente e eu olhei para o outro lado do bar, esperando e não esperando ao mesmo tempo ver uma cabeleira verde.

Era verde.

Era ele.

"I-izuko.." eu murmurei, a plateia olhava na direção dele mas pude sentir alguns pares de olhos direcionados a mim, isso me deixou ansioso.

"Muito bom galera, Bakugou vai sair por um tempo, já já ele volta." Kirishima apareceu atrás de mim, dando alguns tapinhas nas minhas costas e sorrindo para a plateia.

Suspirei, tentando manter a calma.

Como eu deveria reagir quando estiver na frente dele.

Gritando? Quer dizer, ele sumiu do nada eu tenho razões para isso!

Eu abraço ele? Você sabe, eu tenho saudades dele.

Ajo indiferente? Normalmente seria meu mecanismo de defesa.

O QUE EU FAÇO? MERDA.

não deu tempo de pensar mais já que, agora que estava do outro lado do bar, em um canto silencioso sem ninguém, eu pude ver Izuku na minha frente.

Ele estava lindo.

Ele sempre foi.

Izuku é lindo para um caralho.

O cabelo bagunçado, as bochechas levemente coradas e os olhos vermelhos mostravam que esteve chorando. Talvez pela música...?

Ele tinha meu moletom no corpo e eu sorri pequeno ao perceber isso, quis sorrir mais ao perceber que ainda usava os estúpidos all stars vermelhos.

Me lembrei do dia que ele me fez comprar uns pretos, apenas para podermos andar com um de cada cor.

Depois que ele se foi eu nunca mais usei aqueles ténis.

"kacchan.."

sacudi a cabeça e franzi o cenho "não me venha com kacchan, Izuku, que merda."

"eu vou te explicar, eu juro que vou." eu fiquei em silencio de braços cruzado e ele suspirou continuando. "me desculpe, eu não tenho uma desculpa boa, eu apenas fui trabalhar na empresa do meu pai por um tempo porque ele no hospital." ele murmurou olhando para baixo.

Parecia uma criança.

Céus Izuku, o que vou fazer com você?

"Não me contou, porquê?"

"E-eu, merda, eu não queria que viesse atrás, eu não queria atrapalhar sua vida. Eu sei que você largaria tudo o que tem aqui pra vir comigo, e eu não queria que fizesse isso."

"Izuku *suspiro* você não me atrapalha, se sabe que eu te amo o suficiente para largar toda a minha vida e apenas para estar com você, também deveria saber que você não atrapalha."

"Me desculpa, eu fui imaturo, eu sei que fui, minha mãe me encheu de esporro todos os dias para falar com você mas eu não conseguia, eu queria me desculpar olhando nos seus olhos, mas só consegui fazer isso agora, porque só agora meu pai melhorou e-

Eu o interrompi, fazendo algo que venho desejando faz mais de um ano, eu o beijei, de inicivo era apenas um longo selinho, até o próprio Izuku decidir rodar seus braços em meu pescoço e entre-abrir a boca, começando um beijo de verdade.

O puxei mais para perto de mim - se é que era possível - e senti meus pelinhos arrepiarem com a ponta dos seus dedos tocando na minha nuca.

Terminamos o beijo pela faltar de ar, os dois ofegantes e corados e olhando um pro outro em silêncio, sem proferir nada, eu encostei minha testa no seu ombro apertando meus braços em sua cintura, buscando mais contacto com ele.

"nunca mais faça isso, por favor, nunca mais." senti minha voz tremer e uma de suas mãos fazer cafune no meu cabelo.

"me desculpe, eu te amo." ele sussurrou   e eu levantei a cabeça rapidamente olhando para ele "fala de novo." eu pedi e ele sorriu docemente, as mãos descendo do meu pescoço para meu peitoral "eu te amo, te amo, te amo, te amo muito, te amo pra caralho, eu amo você, kacchan, eu te amo." com o mesmo tom de voz ele sussurrou e eu sorri "eu amo você, Izuku, casa comigo."

"Si- espera, o que?" ele perguntou confuso e eu ri "vamos casar, não precisa ser nada grande, nem precisa cerimónia, só venha morar comigo, e vamos agir como recém-casados para o resto da vida, por favor, case comigo."

"já que você insiste..." ele revirou os olhos sorrindo bobo e eu retribui o sorriso dando um beijinho em seu nariz fazendo ele rir "eu aceito"

_________________________________________

Cabôôô :)))

🎉 Você terminou a leitura de 𝐍𝐎𝐒𝐒𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 (bkdk) 🎉
𝐍𝐎𝐒𝐒𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 (bkdk) Onde histórias criam vida. Descubra agora