Biscoitos

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Carol - Você é mesmo filha dele?

S/n - Por que todo mundo me pergunta isso?

Mag - Porque você não existia.

S/n - Esse era o plano, amor.

Rick - Qual o plano dele?

S/n - Negan não me fala nada.

Rick - Você não sabe de nada?

S/n - Como eu disse Grimes. Nada.

Xxx - Ela parece ser inofensiva.

S/n - Acredite, eu não sou. O que vocês fazem aqui?

Xxx - Tentamos sobreviver daquele babaca.

S/n - Qual o seu nome?

Xxx - Me chamo Rosita - diz com uma cara nada amigável.

S/n - Está cedo, vou andar por aí.

Rick - Você vai com o Carl. Não pode sair por aí.

S/n - Eu virei uma prisioneira? Meu pai não falou nada disso.

Rick - Eu não obedeço seu pai. Apenas não quero guerra! Então eu peço que você não me irrite.

S/n - O.K. - então me levanto, vejo Rosita colocar a mão na arma na sua calça, eu a encaro e ela relaxa.

Carl - Vai agora?

S/n - Vou.

Rosita - Vou com eles, Rick?

Rick - Não, deixe ela com Carl. Ele sabe o que é certo e errado; confio nele.

Saímos pela porta de entrada. Sento na sacada e Carl fica me encarando, como se eu fosse a qualquer momento pular dali e ele ser o responsável pela a minha morte.

S/n - O que foi?

Carl - Olha como a vida da voltas! Em minutos atrás você estava me prendendo e agora você virou a prisioneira.

S/n - Você se acha muito engraçado, né?

Carl - Tinha de ver a sua cara lá dentro.

S/n - Deixa de ser infantil.

Carl - Então... não quer sair por aí?

S/n - Só não quero trombar com... - penso em Enid mas não falo nada.

Carl - Com?

S/n - Ninguém, ninguém - saio e desço as escadas, olho aquela rua.

Mich - Carl?

Carl - Oi.

Mich - Tenho que sair com seu pai! Maggie fica no comando.

Carl - E se ela sair?

Mich - Você fica no comando.

Carl - Beleza!

S/n - Posso pegar o Jonathan, agora?

Mich - Não.

Carl- Vamos lá na Carol.

S/n - Fazer?

Carl - Estou com fome.

S/n - Ah... vocês não tem crianças aqui? Eu me lembro que havia um garoto, ele era bem bonito.

Carl - Aquele idiota morreu.

S/n - Por que tem raiva dele?

Carl - Ele que atirou no meu olho.

S/n - Por isso? Pensei que ele tinha feito algo com Enid.

Carl - Não - diz irritado.

Andamos e depois de um tempo chegamos em uma casa grande, e vejo a mulher que falou comigo mais cedo.

Carol - O que ela está fazendo aqui?

Carl - Estou com fome! Você tem algum daqueles biscoitos?

Carol - Tenho. E você quer?

S/n - Se você não me envenenar, quero sim.

Carl - Por que você desconfia de tudo?

S/n - Eu já fui sequestrada pelos rivais do meu pai, não confio em ninguém.

Carol - Entrem!

Entramos na casa, e sinto o cheiro de biscoitos recém feitos. Isso me lembra a minha infância, quando minha mãe fazia e me dava um copo de leite em uma noite fria e Jonathan já havia dormido, então ficava com ela a encarando de uma forma como se não quisesse esquecer daquela face nunca.

Carl - S/n?

S/n - Ãn... oi.

Carl - Você parou do nada, o que aconteceu?

S/n - Não foi nada - digo ríspida.

Carl - Desculpa aí.

Carol - Pronto.

S/n - Eu não vou querer, você tem algum livro aqui?

Carol - A casa não é minha. Mas tem uma estante de livros.

Sigo em direção a estante, pego um libro chamado - O Morro dos Ventos Uivantes.

S/n - Será que eu termino ele antes de voltar pra casa?

Carl - O que disse? - falou com a boca cheia de biscoito, ele estava todo lambuzado de chocolate, chego perto dele me sento em sua frente e limpo a boca dele, percebo ele me encarando e fico meio sem graça.

S/n - Eu não disse nada, Carl.

Não Era Pra Te Amar Onde histórias criam vida. Descubra agora