P.O.V Carl
Eu não acredito que eu fiz isso. Merda, Carl você é muito idiota. Não deveria ter vindo aqui sozinho. E... eu havia beijado Enid. Uau, realmente foi uma explosão de emoções. Agora eu estava de frente para Negan, estava com um ferimento no peito e na barriga. Negan. Ele tinha feito eu tirar o curativo do meu olho. Realmente, eu queria socar aquela cara.
Negan - Em que situação de merda, você se meteu, filho.
Eu apenas o encarava.
Negan - Pensando bem com um pai daquele você já vive na merda, não é mesmo?
Carl - Não.
Negan- Então agora você fala?
Eu o olhei.
Negan - Acho que está na hora de você conhecer uma pessoa especial.
Eu apenas me levantei. Fui com ele, passei por vários corredores até que cheguei em uma porta.
Negan - Meu amor?
Xxx - Oque é?
Negan - Vamos princesa, tenho um amigo para te mostrar.
Xxx - Estou indo.
Carl - Não somos amigos!
Quando vejo uma menina da minha idade, na mesma altura que eu, seus olhos me fitaram e minha respiração ficou acelerada.
Negan - Conheça a minha filha,S/n.
Eu fiquei em choque, o Negan tinha uma menina. Uma menina muito bonita por sinal, mas ele tinha uma filha. Como ninguém sabia disso?
S/n - Prazer - ela estende a mão.
Eu aperto a mão dela e não sei o porquê mas eu sinto um leve choque ao tocar nela.
S/n - Você deve ser o Carl? Certo?
Carl - É.
Negan - Queria saber se pode ficar tomando conta dele.
Carl - Como assim cuidar de mim? Acho melhor não.
Negan - O que você está insinuando filho? Não vou vender minha filha para você!
Carl - Eu não estava falando disso.
S/n - Enfim ele vai ter que ficar comigo?
Negan- Sim. Eu confio em você.
S/n - Antes de tudo eu vou arrumar esse seu machucado. Ele vai ter que ficar no meu quarto, certo?
Negan - Sim, mas se ele tentar qualquer coisa você sabe quem usar.
S/n - Eu sei. Agora, Carl entre.
Eu entro naquele quarto, era preto com uma luz no teto, uma cama de casal. Havia um coala de pelúcia em cima do travesseiro, uma porta e... uma janela. Mas o que mais me chamou atenção foi o taco de baiseball. Com pregos.
Carl - Sua arma?
S/n - Pode ser sim.
Carl - Você não é igual a ele, certo? Seu pai é um monstro, não tem porque me deixar aqui preso. Você, nem sabe disso.
S/n - Odeio garotos que falam demais.
Carl - S/n... você não é ruim.
S/n - Não. Não agora. Por que não se deita aqui comigo?
Carl - Eu não tenho tempo para palhaçadas.
S/n - Eu não quero nada com você. Sei que tem uma garota bem especial lá no seu grupo.
Carl - Como sabe da Enid?
S/n - Ah... o nome dela é "Enid".
Carl - Sim, quer dizer não.
S/n - Por que não fica aqui comigo? A gente pode jogar, assistir um pouco de TV, ler gibis.
Carl - Não. Eu tenho que voltar.
S/n - Você vai ficar aqui. Porque primeiro, eu tenho que ajudar você nesse seu ferimento, segundo, porque meu pai disse.
Carl - Você não consegue me deixar preso.
Ela se levanta rapidamente, pega uma arma e aponta para mim, vai chegando muito perto do meu corpo que está paralisado. Foi como se meu corpo não quisesse ir embora isso estranho.
S/n - Ou você fica comigo, na boa, lendo, assistindo ou você morre.
Carl - Eu vou ficar.
S/n - Obrigada. Eu não gosto de matar pessoas.
Carl - Eu também não.
S/n - Então por que matou os ajudantes do Negan?
Carl - Porque eles são ruins.
S/n - Mas eles eram família!
Carl - Uma família que mata, que legal.
S/n - Enfim eu posso te ajudar - diz apontando para o meu ferimento, que já aparecia um pouco de sangue na camisa.
Carl - Vamos logo com isso - digo nada feliz.
P.O.V S/n
S/n - Eu preciso que você tire a camisa.
Carl - Eu não vou fazer isso.
S/n - Vai ter.
Ele tira a camisa, vejo seu corpo. Estava cheio de sangue, vejo ele suar, começo a passar o remédio devagar pelo ombro e depois vou para o pior... a barriga. O garoto levanta a cabeça e respira fundo, escuto um gemido seu, ele sem querer puxa o lençol e quase caio por cima dele.
S/n - C- carl. Eu preciso que você fique quieto.
Carl - Está doendo, o que quer que eu faça?
S/n - Se eu não cuidar vai inflamar e vai doer mais.
Carl - Por que está cuidando de mim? Não deveria fazer isso.
S/n - Porque você é bonitinho e meu pai me falou que eu tinha de cuidar de ti.
Carl - Eu não me acho bonito, não com esse olho.
S/n - Eu gosto - solto sem pensar.
Carl - Hum - fala um pouco envergonhado.
S/n - Desculpa faz tempo que eu não me relaciono com alguém da minha idade.
Carl - Eu também não tinha ninguém, até que veio a Enid. E um amigo dela.
S/n - Ela é bem bonita.
Carl - Eu também acho.
Eu percebo que sua boca está cortada. Então passo meu polegar em cima do corte, ele segura a minha mão, nos encaramos. Eu sigo meu olhar a sua boca e ele fica a encarar a minha.
Carl - Isso doeu.
S/n - Mais que o ferimento?
Carl - Não.
S/n - Você já está pronto.
Carl - Meu olho não te incomoda mesmo?
S/n - Não. Ele não é pior que as queimaduras do Dwight.
Carl - Você cuida das pessoas?
S/n - Não a maioria. Só tenho 16.
Carl - Nós temos a mesma idade.
S/n - Eu pensava que você era mais velho.
Carl - Eu pensava que você era mais velha.
S/n - Parece que fomos tão modificados pelo tempo.
Carl - Eu era uma criança feliz até vir isso tudo e...
S/n - Oque?
Carl - Eu perder e matar a minha mãe.
S/n - Eu também perdi a minha.
Carl - Você é mesmo filha dele?
S/n - Sim. Sou filha do Negan.
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Não Era Pra Te Amar
AcakS/n Smith. Esse é o meu nome, filha do Negan... oh não deveria ter contado isso, agora você vai ficar pensando que eu tenho algo parecido com ele e sim. Eu sou a versão feminina dele, tenho 16 anos e vamos se dizer que eu nasci e cresci no apocalips...