Hey, pessoinhas... Como vcs estão?
Tá aí mais um capítulo!
BOA LEITURA!
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_____________________________Shawn
O líquido de cor âmbar gira dentro do meu copo enquanto eu relaxo em minha poltrona.
— O jantar será servido. Onde está sua convidada? — Aaliyah questiona entrando no meu escritório.
Encaro minha irmã, sério. Prestando atenção em cada movimento seu.
Aaliyah é a mais nova de nós três. Eu, com meus vinte e nove anos, Raul com seus vinte e cinco, e ela com seus vinte e um.
— Pare de me olhar assim. Não fiz nada de errado — ela ralha e eu lembro o porquê de lhe repreender hoje. Aaliyah acha que me esconde as coisas. Nunca conseguiu. Sei de tudo dentro da minha casa, ninguém me engana.
— Relembre por que seus desejos não podem acontecer, Aaliyah. — Engulo mais uísque, vendo seu queixo se erguer. — Ele é seu irmão. — Minha voz é séria e talvez tivesse até o poder de cortar algo, de tão afiada.
— Você sabe que ele não é meu irmão! — Suas mãos se apertam juntas e seu rosto treme enquanto seu olhar furioso fica preso ao meu.
— Mas é meu, e isso é o bastante! — Ergo-me, me virando para olhar as árvores altas que rodeiam nossa casa.
Faz alguns anos que percebi os olhares que os dois trocam. Raul é meu irmão de sangue por parte de pai, enquanto Aaliyah é minha irmã apenas por parte de mãe. Eles dois não são irmãos, eu sei disso, mas devem se comportar como tal. Isso é respeito.
— Não quero e nunca quis nada com Raul. Deixe minha vida de lado de uma vez por todas, Shawn! — ela quase grita, e eu balanço minha mão, a dispensando.
— Camila está no quarto — murmuro segundos antes de ela sair pela porta.
— Shawn. — Respiro fundo, ouvindo a voz de Raul. — Não fale de mim com Aaliyah. Não se meta na porra das nossas vidas. — Viro-me, vendo-o sair do banheiro que há em meu escritório.
— Ela é minha irmã…
— Eu sou seu irmão. É por isso que estou lhe avisando. — Ele sai da sala sem outra palavra.
Foda-se. Esfrego minha cabeça e sorvo mais uísque em meu copo.
Assim que o copo está seco, a porta se abre novamente.
— Vocês não podem me deixar em paz, porra?! — grito me virando.
O rosto de Aaliyah está completamente pálido. Procuro algum ferimento, mas não há. Corro até ela e seguro seu rosto entre meus dedos. Alguém deve ter invadido a casa. Essa é a única explicação.
— O que aconteceu? — rosno preocupado. Ela engole em seco e puxa minha mão. — Estão invadindo a casa? — questiono furioso. Vou matar quem se atreveu.
— Ela estava tentando se… matar. — A voz da minha irmã treme e seus olhos se enchem de lágrimas.
— Quem, Aaliyah? — grito enquanto ela me puxa em direção às escadas.
— Camila. — Meu rosto se retorce em confusão ao ouvir o nome dela.
— Merda. — Eu subo o restante dos degraus de dois em dois e abro a porta, fazendo-a bater na parede.
Meus olhos focam Camila no meio da cama, com os olhos presos aos seus braços. Aproximo-me e vejo os arranhões e a vermelhidão por sua pele.
— O que aconteceu? — Sento-me à sua frente e olho para seus olhos ainda presos em seu braço. — Camila.
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