Capítulo 19

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Hey, pessoinhas!! Como estão??
BOA LEITURA!!
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Camila

Esfrego meu rosto sonolento quando escuto a campainha tocar. Calço minhas pantufas e desço apenas de camisola e roupão.

— Precisamos ir — Brian avisa quando abro a porta da sala minutos depois.

— O quê? Como assim? — questiono franzindo a testa. Esfrego meu rosto novamente e começo a enxergar Brian. Seu semblante tranquilo me faz suspirar.

— Shawn está na cidade. Quer vê-la. — O nome dele em seus lábios me faz ficar aliviada. Ele está bem.

— Ele pode esperar até amanhã, Brian. Pelo amor de Deus, são… — Eu me viro para olhar o relógio e percebo que ainda é cedo. — Nove horas.

— Shawn é como um irmão, ele está tão cansado quanto você. Ele veio da Itália num voo que dura mais de oito horas. Podemos fazer isso sem brigas dessa vez? — Brian suspira e eu engulo meu resmungo. Ele está certo. Tudo bem.

— Ok. Me dê alguns minutos.

Desço novamente minutos depois, vestida com uma legging grossa e casaco grande. Brian sorri agradecido e nós saímos. Envio uma mensagem para minha mãe, avisando que saí. Ela e Roger levaram meu irmão ao parque de diversões.

Quando chego ao hotel em que ele está hospedado, constato que ele mudou de rotina. O hotel em que ficamos na primeira vez e quando fingiram a morte de Aaliyah e Raul não é mais utilizado. Posso dizer que este é tão lindo quanto o outro.

— Demoraram — Shawn murmura assim que abre a porta do seu quarto.

Franzo as sobrancelhas e bufo. Sem nem mesmo perceber meus movimentos eu fecho minha mão e soco o rosto marcante e de barba por fazer.

Os olhos do pai do meu filho se arregalam enquanto sua mão segura onde acabei de bater.

— Oh, meu Deus! — grito balançando a mão que dói de maneira infernal. Entro no quarto e me sento na cama, ainda tentando amenizar a dor.

— Se sente melhor? — ele questiona e escuto a porta se fechar com a risada de Brian.

— Que droga. — Suspiro abrindo e fechando a mão.

— Preciso de gelo…

— Eu que preciso de gelo! — grito respirando fundo. Shawn ri e vai para o frigobar. Ele volta logo depois com uma toalha cheia de gelo.

Seus dedos pegam minha mão machucada e a coloca contra a toalha. Shawn se ajoelha à minha frente e fica pressionando por alguns minutos. Seu rosto não tem nenhum vestígio do soco, mas minha mão está vermelha e inchada. Nunca mais vou bater em ninguém.

— Como está? — Ele sorri de lado quando faço careta.

— Uma merda. — Suspiro e me afasto do seu toque. Pego a toalha e subo em sua cama depois de tirar minhas botas. Eu me deito e pressiono minha mão no gelo. — Estou com sono, então fale logo o que quer e pronto.

— Você está afiada hoje. — Ele volta a sorrir e eu sinto aquele maldito frio na barriga. Por que eu o amo? Ele não me merece.

— Brian me acordou. É uma consequência.

— Durma, amanhã conversamos. — Ele se ergue e tira a camisa branca.

Seu cinto vai embora em seguida. Oh. Quando sua cueca boxer aparece eu aperto minhas coxas. Meu tesão aumentou consideravelmente com a gravidez, não podem me culpar. São os hormônios.

— Vista a roupa — tento resmungar, mas minha frase sai como um gemido. Vejo o contorno do seu pênis crescer sob a cueca e meus seios doem.

— Seus peitos estão maiores ou é impressão minha? — sua voz rouca me faz engolir em seco. Meus seios parecem sentir a atenção e ficam duros. Filhos de uma puta.

— Estão. É a gravidez. — digo e mordo meu lábio, vendo seu tanquinho. Se a vida fosse justa, esse homem seria um horroroso, não um deus grego infeliz.

— Quero ver. — Suas palavras me fazem querer rasgar a blusa e mostrar a ele, mas não sou tão idiota.

— Deixe de ser um idiota. Não vou mostrar meus peitos para você! — resmungo envergonhada.

— Já os vi antes…

— Antes. Não agora. — Cruzo meus braços e me sento no meio da cama.

Shawn sorri e se inclina na cama. Seu joelho direito sobe nela e ele fica na minha frente, só de cueca e de joelhos. Minha boca enche d’água e eu quero lamber seu corpo.

Droga!

***

Shawn

Seus olhos ficam enormes e eu vejo suas bochechas ficarem vermelhas.

Eu me inclino sobre seu corpo e ela respira mais forte quando se deita novamente. Subo sua blusa de algodão e agradeço por seu casaco ter sido tirado antes de ela chegar aqui.

Senti saudades do corpo dela. Deus sabe que outra mulher não faz mais nada para mim. Estou indo devagar com Camila, preciso que ela confie em mim novamente. Preciso que ela volte para mim, nada, hoje, tem mais importância que ela e meu filho.

Seu sutiã aparece e eu agradeço pelo fecho dele ser na frente, entre seus seios. Em um movimento rápido eu abro o sutiã e deixo seus peitos livres. Respiro fundo, sentindo meu pau doer.

Droga.

Levo meus olhos para seu rosto e sorrio quando vejo seus olhos apertados e seu lábio sendo mordido. Inclino-me e coloco o bico entumecido entre meus lábios. Deslizo minha língua sobre a carne dura e Camila estremece embaixo de mim. Chupo devagar e ela geme, segurando meus ombros.

— É só sexo — ela fala suavemente e eu sorrio acenando.

É obvio que não é. Ela sabe disso e está se enganado.

Foda-se! Depois eu vou falar sobre isso.

Aumento a pressão do chupão e Camila começa a tremer e gemer mais alto. Se eu senti saudades de uma coisa na cama, com certeza foram desses gritos. Enfio a mão pela calça de algodão e encontro sua calcinha molhada.

Coloco-a para o lado e deslizo meus dedos pelas suas dobras escorregadias.

Merda.

Enfio um dos meus dedos nela e mordo seu seio. Camila se arqueia, me dando mais de seu peito, e eu vou para o outro. Pego o vislumbre avermelhado e sorrio.

Chupo mais o outro enquanto fodo sua boceta com meus dedos. Ela grita, alcançando o prazer, e suspiro ainda dedilhando seu clitóris. Solto seu peito e desço até sua calça. Deixo Camila completamente nua e abro suas pernas, quase gozando ao ver sua boceta vermelha.

Deslizo minha língua sobre ela toda e meus gemidos se juntam aos dela enquanto provo seu delicioso sabor. Chupo seu clitóris e enfio meus dedos novamente. Mila não precisa de muito e já me dá outro orgasmo. Olho para seu rosto e a vejo respirando fundo. Subo em seu corpo e coloco meu pau na sua boceta molhada. Camila geme enquanto entro em seu corpo. Volto a chupar seus peitos e quase gozo ao imaginá-los cheios de leite, vazando.

Viro na cama e a faço me cavalgar. Camila abre os lábios enquanto eu dedilho seu clitóris inchado.

— Minha. Sempre e para sempre — afirmo sério, olhando para o rosto corado e cabelos castanhos revoltos. Seguro sua bunda e dou uma mordida no seio que ainda estava sem. Camila grita e eu sinto sua boceta contrair, levando-me ao orgasmo.

***

Camila adormece em seguida e eu também. Sinceramente, fazia semanas que eu não dormia tão bem.

Acordo antes dela e peço seu café na cama. Não demora e logo alguém vem deixá-lo. Deixo-o próximo à sua cama e vou para o banheiro.

Tomo um banho rápido e suspiro ao ouvir meu celular tocando. Vejo o nome de Brian e atendo.

— Bom dia — saúdo e ele responde com o mesmo cumprimento.

— Preciso dar uma saída. Você vai estar com ela o dia todo?

— Vou. Não se preocupe.

Desligo e volto para o quarto. Mila ainda dorme, então me visto rapidamente no banheiro e depois volto. Escuto o celular dela tocar e me aproximo da sua bolsa. Retiro o aparelho e vejo meia dúzia de mensagens de um homem, Liam.

LIAM: “Onde você está?”

“Passei na sua casa para assistimos um filme. Até fiz pipoca…”

“Sério que está com o controlador? Brinks, beijos! Fica bem.”

“Acabei de chegar da sua casa e sua mãe disse que não dormiu lá. Você está bem? “

“Atende o celular.”

“Camila? Me responde. Estou preocupado.”

Aperto o celular na minha palma e paro quando percebo que eu poderia quebrá-lo. Liam é o vizinho. Sei disso pelos relatórios que Brian me enviou. Eles são apenas amigos, mas por que diabos ele está mandando mensagens?

— O que está fazendo? — a voz de Camila me faz elevar a cabeça. Seu cabelo está bagunçado, e seu rosto, inchado do sono.

— Quem diabos é Liam? — pergunto colocando seu celular na cama.

— Meu amigo. O que foi? — sua voz cansada me faz tentar me acalmar.

— Vocês assistem filmes na sua casa? É no seu quarto? — questiono e vejo seu rosto passar de sonolento para confuso.

— O que está acontecendo? — ela questiona sentando-se, e eu suspiro andando pelo quarto.

— Você ficou com ele? Não minta para mim, porra! — meu grito ressoa e ela pula na cama, se aproximando.

— Ele é meu amigo. Eu já falei. Nunca fiquei com ninguém além de você. Droga, eu nem sei por que estou me explicando… — Ela aperta as mãos e eu suspiro, encarando-a vestida com uma blusa minha.

O celular toca em cima da cama e eu o pego ao ver o nome do infeliz na tela.

— Shawn…

— Se você sabe que ela está comigo, por que diabos está ligando e mandando mensagens? — grito no telefone e escuto a respiração do cara.

— Ela não estava com você ontem ou anteontem… — Eu encaro o rosto da Camila e a vejo de pé, com as sobrancelhas franzidas. Coloco o celular no viva-voz.

— Como é? — minha voz soa calma, mas por dentro eu estou pensando em maneiras de matar aquele desgraçado.

— Ela estava comigo ontem e todos os malditos dias em que não e Liam aqui. Se acostume a ser corno. Vou ser um homem para ela e o pai do seu filho também…

— Liam! O que… — Camila resmunga enquanto vejo vermelho.

— Espero que saiba se esconder. — Desligo o celular e jogo na cama.

— Isso é mentira. Somos apenas amigos, Shawn, eu juro. — Ela se aproxima calmamente e eu me afasto.

Eu vou matá-lo.

— Não! — ela grita e eu percebo que falei em voz alta. — Ele nunca tocou em mim assim. Estou jurando.

— É por ele? Está protegendo a porra do seu amante, Camila? — grito me inclinando sobre ela e vejo as lágrimas em seu rosto. Só imaginar que são por causa do medo dela de perder o homem me enfurece.

— Deixe de ser estúpido! Ele não é meu amante! É um amigo, somente isso. Estou tão confusa pelo que ele falou. Não pode matar uma pessoa só porque ela mentiu…

— Será que mentiu, Camila?

— Estou dizendo que sim. O único homem que toca meu corpo é você. Sabe disso, Shawn. — Ela se aproxima e segura meu paletó. — Eu não quero que machuque ninguém desse jeito, mas eu vou dar um tapa na cara dele por ousar mentir assim para o pai do meu filho.

— Brian vai ficar de olho nele. Se meu amigo perceber alguma coisa, e eu estou te fazendo uma promessa, Camila, ele vai morrer. — Eu me afasto do seu corpo e ela assente.

— Ok. — Mila respira fundo e olho para os lados. — Vou tomar banho — ela avisa e eu aceno, saindo do quarto e indo para a sala. Sento-me no sofá em frente à janela e respiro fundo, puxando meus cabelos.

Droga! Eu estraguei tudo, de novo

***

Camila

Lavo meus cabelos e suspiro, aliviada, sentindo minha mão não doer tanto quanto imaginei que doeria. Meu bebê se mexe e eu faço carinho nele.

Ainda não acredito que Liam pôde dizer aquilo a Shawn.

Estou com raiva, confusa e ansiosa. Sei que não devo satisfação a Shawn, mas não quero que ele pense que estou mentindo. Não quero que ele machuque o idiota do Liam, mas eu sei que vou.

Saio do banheiro e me visto antes de levar o carrinho com o café para a sala. Shawn está sentado para a janela, segurando a cabeça.

— Podemos tomar café? Estou com fome — minto, querendo puxar conversa. A fome passou completamente.

— Podemos. — Ele se ergue e pega todos os pratos do carrinho e coloca na mesa de jantar. Sento-me logo depois dele e fico ao seu lado. Coloco torrada e ovos no meu prato e como devagar.

Shawn fica calado o tempo todo e eu me odeio por me sentir culpada.

Não fiz nada. Não temos mais nada, então por que meu coração dói?

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