AMF- Cap. Únicos

AMF Amor Selvagem- Pt 4

Frederico montou em seu cavalo e saiu em direção às casas dos trabalhadores. Cristina estava organizando suas coisas quando a porta se abriu bruscamente.

C- Com que direito você entra assim na minha casa!

F- Sua casa... Nada aqui é seu tudo me pertence!

C- Enquanto eu estiver trabalhando aqui essa é minha casa e você não é bem vindo.

F- Quem te deu autorização para deixar a minha casa? Você vai voltar agora mesmo!

C- Eu não vou a lugar nenhum! Você não manda em mim.

F- Sou seu patrão!

C- Mais não o meu dono.

Frederico pega Cristina pelos braços.

F- Não me irrite Cristina, se não fosse por mim talvez você nem estivesse viva. Eu deveria ter deixado aqueles homens fazer o que queriam com você.

C- Por favor está me machucando. ( com os olhos lacrimejando)

F- Ao contrário da sua filha você é uma mal agradecida, por isso merece tudo que te aconteceu.

Frederico sai furioso, Cristina chora com as palavras duras de Frederico.

Na fazenda

V- E então patrão onde está a Cristina?

F- Não volte a falar o nome dessa ingrata na minha casa, essa miserável vai pagar, ela vai saber por meu nome é Frederico Rivero.(sai furioso)

CA- O que houve Vicenta?

V- O patrão não conseguiu trazer a menina Cristina.

CA- Mais é tinhosa hein.

V- Esses dois são orgulhosos, cabeças dura... Mais aqui entre nós, a Cristina é tudo que o seu Frederico precisa, ela o colocaria no eixo.

CA- Você tem razão.

A noite

Frederico e Carlos Manuel estão jantando

CM- Minha mãe ligou e te deixou um abraço.

F- Saudades da minha irmã, como ela está?

CM- Está bem, parece que agora com um.novo namorado.

F- Depois que seu pai e ela se separaram, sua mãe tem tido um comportamento que não me agrada nada.

CM- Minha mãe quer viver a vida

F- Até aí eu entendo, mais acho que não precisa trocar de namorado a cada dois meses.

CM- Acho que está no sangue, afinal o senhor não fica atrás

F- Sim sou um autêntico Rivero(risos) Vicenta!

V- Sim patrão!

F- Amanhã de manhã chegará uma professora, quero que a receba e a atenda.

CM- Uma professora pra que?

F- Digamos que é um ato de bondade, uma pessoa especial que vou ajudar.

CM- Sei, e aposto que esse ato de bondade terá um preço

F- Carlos Manuel aprenda que tudo nessa vida tem um preço, e nesse caso não será diferente.

CM- E imagino qual seria esse preço.

Frederico lhe dá um sorriso maroto

No outro dia

Era por volta de nove horas quando M do Carmo chegou a casa grande.

CM- Do Carmo, o que faz aqui?

MDC- Oi Carlos Manuel, eu vim falar com seu Frederico ele está me esperando.

CM- Espera então é você...foi pra você que meu tio contratou um professor?

MDC- Eu..

Carlos Manuel nem espera Do Carmo terminar e vai até o escritório atrás de Frederico.

CM- Seu desgraçado! Se pensa que Do Carmo será mais uma na sua lista está muito enganado isso não vou permitir!

F- Abaixa esse tom de voz e do que você está falando?

CM- É ela, você quer se aproveitar da Do Carmo, esse é o seu preço.

F- Você está apaixonado por ela?!

CM- Sim estou completamente apaixonado por Do Carmo e vou protegê-la de você e de quem seja.(saindo)

F- Espere Carlos Manuel! Me escute.

CM- O que vai dizer?

F- A Do Carmo me disse que tinha o desejo de estudar, ser alguém e eu prometi

ajudá-la. Confesso que quando a conheci a desejei, e estava prestes a conseguir que ela fosse minha.

CM- E o que mudou?

F- Cristina, sua força, garra, o modo como defende a filha, sua personalidade, tudo nela me fascinou, passei a desejá-la como nunca desejei alguém.

CM- Está me dizendo que se apaixonou por Cristina?

F- Não sei, talvez a única coisa que sei é que Cristina será minha, e quanto a Do Carmo

essa menina vale ouro, já que a ama cuide bem dela.

CM- Perdão tio por achar...

F- Não se preocupe, só te peço que não comente nada disso com ninguém, Cristina não sabe eu vou contar pessoalmente.

CM- A Cristina é uma mulher difícil, ela não vai gostar nada de saber que você está ajudando a Do Carmo.

F- Com a Cristina eu me entendo.

CM- Tio me permita te dar um conselho, Cristina é uma grande mulher como poucas, não a trate como mais uma na sua lista.

F- Está bem filho, obrigado pelo conselho

Tio e sobrinho se abraçam.

Alguns dias depois, Cristina já estava totalmente recuperada do que lhe aconteceu, não havia mais nenhum vestígio em seu físico da agressão que sofreu, mais em sua mente constantemente se pegava relembrando aquele terrível dia e até mesmo teve pesadelos, procurava não preocupar a filha e evitava chorar quando estivesse perto, tentava esquecer apagar aquele trágico dia, que só não teve um final pior porque Frederico chegou a tempo de salvá-la. Cristina retornou ao trabalho, logo questionou a organização dos trabalhadores pois teria que ficar separada da filha. Do Carmo começou suas aulas, todas as manhãs ia a casa grande para estudar. Cristina estava desconfiada de que algo estava acontecendo e iria descobrir o que quer que fosse.

MDC- Seu Frederico podemos conversar.

F- Claro, o que deseja.

MDC- Estou preocupada, minha mãe está muito desconfiada vai acabar descobrindo toda verdade.

F- Tem razão, já está na hora de falar com a sua mãe, hoje mesmo resolverei esse assunto, fique tranquila.

MDC- Tenho medo da reação dela.

F- Já disse fique tranquila, sei bem como lidar com sua mãe, e você continue se dedicando aos estudos.

MDC- Sim, não vou me cansar de agradecer por tudo.

F- Você merece

Frederico e Do Carmo se abraçam.