Sim era ela, estava um pouco diferente, mais madura, os cabelos a altura dos ombros, mas aqueles olhos, aquele sorriso, eram inconfundíveis. Do Carmo estava emocionada, queria ir até sua mãe, abraça-la, viu quando Cristina pegou um ônibus e pediu para que o motorista o seguisse.
O carro parou em frente a uma pequena vila de casas, onde ela viu Cristina entrar. Do Carmo tentava conter as lágrimas, havia encontrado sua mãe, mais tinha medo, a última vez que se viram foi algo tão doloroso, nunca haviam brigado daquela maneira, será que Cristina a receberia o a rejeitaria. Após trinta minutos perdida em seus questionamentos, Do Carmo toma coragem e decidi falar com a mãe.
MDC- Chico me espere aqui.
MO- Sim senhorita, quer que eu a acompanhe?
MDC- Não é preciso, qualquer coisa te chamo.
Do Carmo entrou na vila, havia uns meninos brincando e ela perguntou-lhes por Cristina, os meninos logo indicaram a casa que ela procurava. Do Carmo respirou fundo e bateu na porta.
C- Pode entrar a porta está aberta .
Do Carmo entrou naquela humilde casa, observou todos os detalhes, as lágrimas escorriam por seu rosto, ela estava de costas quando escutou aquela voz que tanto ansiava, a voz de Cristina.
C- Joana você... (achando ser uma vizinha)
Do Carmo se virou lentamente até que seus olhos encontraram os de sua mãe, Cristina por sua vez não conseguia acreditar que estava olhando para sua filha, sua menina, as lágrimas rolaram involuntariamente.
MDC-- Mamãe! ( receosa)
C- Do Carmo, filha( estendendo os braços)
Do Carmo se jogou nos braços da mãe e ambas choraram emocionadas, se beijavam e se abraçavam, percebendo que tudo aquilo era real, que sim estavam juntas novamente.
Minutos depois mais calmas mãe e filha conversam.
C- Meu amor como você está linda! É uma mulher!
MDC- Mamãe você me fez tanta falta, procurei tanto por você, por que foi embora, por que me deixou?
C- Você já tinha feito sua escolha, eu não iria impedir sua felicidade.
MDC- Mamãe eu não queria ter dito aquelas coisas eu.
C- Não diga nada, tudo isso ficou no passado. Como você está? É feliz?
MDC- Sim mamãe! Muito feliz, Carlos Manuel e eu começamos os preparativos para o nosso casamento, por ele já tínhamos casado, mais quis esperar porque no fundo tinha a esperança de te encontrar. Meu padrinho vai ficar tão feliz em saber que a encontrei, já sei tudo que aconteceu entre vocês, ele me contou.
C- Isso não tem mais importância.
MDC- Por que você se foi mamãe? Se amava meu padrinho por que o deixou, ele sofreu muito com sua ausência.
C- Não quero saber nada de Frederico.
MDC- Mais mamãe
C- Por favor!
MDC- Está bem, o que importa é que estamos juntas, e que vou realizar meu sonho de tê-la presente em meu casamento.
C- Do Carmo não creio que isso seja possível.
MDC- Mais por que mamãe?
C- Porque não posso voltar aquela fazenda, nunca mais voltarei naquele lugar
MDC- Mais mamãe, é o dia mais importante da minha vida você precisa estar lá.
C- Eu...
Fe- Mamãe! (Se aproximando)
VOCÊ ESTÁ LENDO
AMF- Cap. Únicos
FanfictionUma versão diferente da relação de amor e ódio de Cristina e Frederico, interpretados pelos atores Victoria Ruffo e César Évora, da clássica e exitosa novela Abraça-me Muito Forte.