Tentando uma conversa

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"Forgive your enemies but never forgot theirs names."

Primeira reunião dos monitores do ano. Um saco.

Já estava ali à 15 minutos, só ouvindo o blábláblá dos monitores chefes que aguardavam o professor Snape. Iriamos nos juntar com os restos dos monitores das outras casas quando ele chegasse, junto aos professores responsáveis pelas casas. Se ele demorasse mais que cinco minutos, talvez eu vomitasse por ouvir toda hora uma pergunta de Draco, como se estivesse realmente fascinado por ser monitor.

Draco só estava feliz em ser monitor para poder ficar com qualquer menina à qualquer hora. Infeliz.

- Relaxa, Pan. Seu primeiro mês de monitoria será comigo! - Blasie estava empolgado por ficarmos como dupla no primeiro mês e não vou negar, eu também estava.

- Tem razão. Não vou nem comparar vocês dois. - Sorrimos um para o outro, enquanto eu fazia carinho no seu cabelo curto e armado, como um pequeno afro. Ele estava sentado perto da prateleira da sala enquanto eu apoiava meu peso em seu ombro, sentindo sua mão percorrer minhas costas.

Havíamos nos tornado amigos com benefícios desde o começo do ano retrasado, quando dei meu primeiro beijo. Blaise tinha uma paciência extrema para um garoto com os hormônios à flor da pele, mas eu entendia. Ele foi criado pela mãe, que educou sozinha, ele e duas irmãs então, por mais que fosse um cafajeste e mulherengo, ele respeitava a vontade das garotas e sempre deixava claro que não estava a fim de relacionamentos duradouros. Não era como Malfoy, que iludia todas as garotas para ter diversão.

- Querem todos se sentar, por favor?! - Dumbledore. Amanda havia me contado sua teoria de como Dumbledore era gay, mas não fazia sentido nenhum. Pouco sabíamos sobre este homem que botava medo em todos pela sua sabedoria e apenas dizer: "Ele nunca se casou" não era motivo para mim. Sempre achei que ele e McGonagall tinham um caso, mas a vida sexual dos professores não me interessava nem um pouco.

A sala foi claramente ampliada para tornar-se um ponto de referência para reuniões dos monitores, pois ficava na ala leste e bem localizada para as outras salas de aula, como se qualquer monitor pudesse entrar para ter reuniões de emergência. Os monitores chefes de cada casa, 3 para cada, ficaram ao lado dos professores responsáveis. Cada casa, fora os 3 monitores chefes, tinha em torno de 9 à 15 monitores. Alguns não conseguiram comparecer, como o Hélio Schffer da Corvinal, pois estava queimando em febre. Os outros alunos monitores, quando entraram na sala, procuravam ficar o mais afastado de nós, Sonserinos.

Não entendo o porquê de tanto medo e preconceito um com o outro, pois mesmo não demonstrando para todos, eu nunca tive problema com outros alunos por não serem puro-sangue ou ricos como a maioria dos Sonserinos. Havia ensinado muito para minha irmã Cissy porém, quanto mais ela crescia, mais me ensinava. Ela sempre fora muito ingênua e meu pai dizia que esse era um defeito dos trouxas, pois simplesmente ignoravam muito do seu redor. Eu pensava totalmente ao contrário! Cissy via o melhor das pessoas, sempre querendo ajudar a todos.

Esse ano, fiz uma promessa a mim mesma: Deixaria meus pensamentos comandarem minhas ações.

Eu pensava bem de muitas pessoas mas sempre fui muito fechada e nunca sabia como demonstrar. Aprenderei com minha irmã, que ama abraçar e dizer o quanto me ama. Fora minha mãe, ela era a única para quem eu dizia "te amo" constantemente.

É claro que não iria ficar dizendo coisas boas sempre. Deixaria apenas meu medo de me expressar de lado e daria atenção especial para meus sentimentos esse ano. Estava na hora de crescer como pessoa! E a primeira lição seria deixar a vergonha e o ego de lado e pedir a Granger, que estava estranhamente mais próxima de mim na sala, para que tomasse conta de minha irmã, já que eu não poderia cuidar tão bem dela estando em outra casa porque mesmo de olho nos corredores, não poderia ficar com ela na sala comunal da casa.

C.A.O.S.: Carnalmente Apaixonada, Operação Sonserina!Onde histórias criam vida. Descubra agora