o n e

17.6K 1.6K 994
                                    

Daisy Crawford:

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Daisy Crawford:

— Bom dia, Daisy

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Bom dia, Daisy. – Alexie diz, sorridente.

Juro que não sei como uma pessoa consegue ser tão animada e disposta, ás cinco da manhã de uma terça feira. Ainda mais sendo interna de um babaca, como o Vincent.

— Bom dia, Alexie. – forço um sorriso. — Desde quando você toma descafeínado? – pergunto, curiosa.

— Ah, eu não tomo. Esse é para o Doutor Hacker.

— Você deveria parar de tentar agradá-lo. Ele não pensa em ninguém além de si mesmo. É uma pena, ter um cérebro tão inteligente e um ego imenso.

— Não fale assim, Daisy. Você nem o conhece direito. Ele trata muito bem todos os seus pacientes e a mim também.

— Bom, tratar seus pacientes bem e com respeito, é o mínimo que ele poderia fazer. Além do mais, não preciso conhecê-lo para tirar minhas próprias conclusões.

— Alexie, senhorita Daisy. – ouço aquela voz rouca atrás de mim, e fecho meus olhos com força, sentindo meu rosto corar.

— Doutor Hacker. Eu já ia levar o seu café para você. – Alexie diz, toda atrapalhada.

— Obrigado, Alexie. Não é o seu dever fazer isto, mas não posso negar, facilita muito para mim. Assim, tenho mais tempo para aumentar meu ego. – diz calmamente e sinto uma vontade imensa de revirar os olhos. — Nos vemos na sala de cirurgia em duas horas, Melanine.

— É Daisy! – esbravejo e o vejo sorrir. Era raro vê-lo sorrindo, na maior parte do tempo, ele se mantinha super sério.

O que é uma pena, já que aquele sorriso é um dos mais bonitos que eu já vi em toda minha vida.

Meu ódio mortal pelo Vincent começou no meu primeiro dia como instrumentista a dois anos atrás. Eu estava super nervosa e acabei me atrapalhando um pouco, na hora lhe entregar o bisturi.

E claro que ele não foi nenhum pouco gentil. Muito pelo contrário. O babaca gritou comigo na frente de todos, dizendo que se eu não era capaz de pegar um simples bisturi, era melhor escolher outra função.

Como se não bastasse isso, ele não permitia que ninguém lhe desse nenhuma opinião, enquanto fazia o seu trabalho: salvar vidas. E toda vez que alguém fazia alguma pergunta, ele respondia sempre da mesma forma: curta e grosseira.

Creio que meu ódio seja recíproco, já que toda as vezes que temos que manter algum contato, o mesmo insiste em me chamar pelo nome do meio, ao invés de Daisy ou do meu sobrenome.

Cansada de corrigi-lo educadamente, comecei chamá-lo pelo seu nome, do qual dificilmente é pronunciado neste hospital. Já que a maioria lhe chama de Doutor Hacker e seus colegas de Vinnie.

Na primeira vez que o chamei assim, ele me lançou um olhar quase mortal e por um segundo, achei que o bisturi que estava em suas mãos, cortaria minha garganta.

Eu não sei como conseguem puxar tanto o saco dele, tudo bem que o cara é um gênio, mas todos agem como se ele fossem um Deus grego. E o que mais me irrita, é chegar no vestiário e ter que ouvir sobre como o doutor Hacker estava bonito hoje ou o jeito ''sexy'' que ele manuseia suas mãos, durante as operações.

Com a força do ódio, terminei de tomar meu café e fui me arrumar para entrar na sala de cirurgia, da qual eu teria que ficar horas ao lado do meu chefe, que tinha me ouvido chamá-lo de egocêntrico. Durante quase oito horas de cirurgia, nossos olhares se encontraram diversas vezes, mas é claro que eu sempre acabava desviando.

Após a finalização, ele saiu da sala e foi até os familiares do paciente, avisar que tudo havia ocorrido bem e a cirurgia tinha sido um sucesso. Não pude deixar de nota-lo, enquanto ele estava distraído se livrando toda aquela roupa e tirando sua touca, mostrando seu cabelo comprido e bagunçado.

Para minha infelicidade, ele resolveu levantar a cabeça bem na hora e me pegou no flagra. E por incrível que pareça, outro sorriso surgiu em seu rosto. E como resposta, a única coisa que fiz foi revirar os olhos. Tentando disfarçar meu rosto totalmente corado.

Eu ainda tinha alguns longos minutos de trabalho, teria que estilizar todos os objetos usados durante a cirurgia e guarda-los em seus devidos lugares. Quando finalmente terminei, estava exausta. Me xinguei mentalmente por ter combinado com minha melhor amiga, que eu não via há muito tempo, de sairmos juntas.

Como não teria tempo de ir para casa, tive que me arrumar no hospital mesmo. Deixei meu cabelo liso natural, fiz uma make mais simples, porém com um batom vermelho, que se destacava. Optei por um vestido preto de cetim, com um sobretudo nude por cima, já que o tempo estava úmido e chuvoso. Calcei uma bota preta de salto e finalmente estava pronta.

Enquanto eu caminhava rapidamente pelos corredores do hospital, pude sentir vários olhares queimando sobre mim. Talvez, as pessoas estejam estranhando esse meu lado arrumada, já que eu sempre estou um trapo enquanto trabalho.

Senti alguns pingos de chuva caindo sobre mim quando cheguei no estacionamento e dei uma corridinha até meu carro, que por sorte, eu tinha estacionado em uma vaga bem na frente. Provavelmente, proibida. Mas, não liguei. Já que estava atrasada.

— Você roubou minha vaga. – Vincent disse, vindo em minha direção. — Agora terei que andar até o fim do estacionamento, no único lugar vago que encontrei para estacionar meu carro.

Ele estava vestido com uma roupa formal, sua blusa social branca estava um pouco desabotoada e o mesmo segurava sua maleta na mão.

— Creio que você não vai perder as pernas, só por ter que dar alguns passos a mais. – respondo, com a voz firme.

— Eu tenho que te lembrar que sou seu chefe e poderia demiti-la por isto? – pergunta, me analisando de cima a baixo.

— Faça isto. – retruco, entrando no carro.

— Boa noite, Melanine.

— Boa noite, Melanine

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
egomanic doctor - vinnie hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora