f o u r t e e n

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Vinnie Hacker:

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Vinnie Hacker:

— Olha só quem voltou

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— Olha só quem voltou. Achei que fosse ficar mais tempo fora. – Michael diz, se juntando a mim no corredor.

— Não consigo ficar sem fazer nada. E uma hora eu ia ter que voltar. Não vou poder evitar esse lugar pra sempre, só por causa da minha família.

— Está certo. Só acho que tem uma boa participação da Layla nisso. – afirma, me fazendo rir.

— É claro que tem. – murmuro.

— Quando você ia me contar, que vocês dois se beijaram? – o moreno pergunta, apontando para Daisy, que estava de cabeça baixa mexendo em um prontuário.

— Achei que você tivesse visto. – respondo, dando de ombros. — ah, esqueci que você estava ocupado demais, beijando a minha interna. – digo, lhe arrancando uma risada. — Falando nisso, se você machucar o coração dela, eu vou cortar o seu cérebro.

— É mais fácil ela machucar o meu. – afirma. — Eu sou louco por essa garota desde que ela entrou nesse hospital como interna. E você roubou ela de mim.

— Sinto muito. Mas, ela prefere neurologia do que plástica. – digo, levando um leve empurrão do mesmo.

— E quanto a Daisy? Como vocês estão?

— Ela me ajudou arrumar minhas coisas para mim voltar para o meu apartamento. Mas, fora isso, ela está me ignorando desde o dia que a gente se beijou.

— Parece que o doutor Hacker é bom só operando e não beijando. – Michael debocha, me fazendo rir.

— Tem alguma coisa de errado. Ela está agindo do mesmo jeito de quando ela gritava pelos corredores que eu era egocêntrico e revirava os olhos a cada palavra minha.

— Talvez ela só não esteja afim de você, amigão. – fala, batendo no meu ombro. — Se quiser, eu posso perguntar para a Alexie.

— Não. Eu tenho problemas bem maiores pela frente. – afirmo, forçando um sorriso de lado para minha mãe, que estava ao lado da Amber, capturando cada movimento meu.

— Boa sorte. – o moreno diz e no mesmo instante meu celular apita. — Isso é do tinder? – pergunta e eu nego. – É claro que é, eu conheço esse barulho.

— Em minha defesa, não fui eu que criei essa conta. Eu dei match com umas vinte pessoas diferentes sem querer, porque achei que quando arrastava para o lado, não acontecia nada.

— Elle, 67 anos, aposentada. – Michael lê a notificação, soltando uma risada. — Cuidado para o Reggie não ver isso e não roubar de você. – brinca.

— Engraçadinho. – murmuro, tentando permanecer sério.

— Olha só, parece que alguém aprendeu direitinho a usar o Tinder. – a doutora Miller, diz vindo até nós.

— Meu celular não para de apitar, culpa sua. – resmungo. — Será que dá pra você deletar essa conta logo?

— O famoso caso do chefe de neurologia, que fica horas explorando o cérebro de uma pessoa, mas não sabe deletar um perfil da internet. – debocha, mexendo no meu celular e me entregando de volta, dessa vez, sem notificações.

— Obrigado. – digo, guardando o aparelho no bolso do jaleco.

— Quando você vai chamá-la para sair? – pergunta, se referindo a Daisy.

— Eu não tenho tempo pra encontros ou relacionamentos. Você sabe disso.

— Vin, você é uma pessoa normal. Querendo ou não, você possuiu uma vida fora do hospital, mesmo que tenha se esquecido disso. Existem coisas mais importantes do que o seu trabalho.

— Eu trabalho salvando vidas, então acho que não há nada mais importante do que isso.

— Nem sempre podemos salvar vidas. Mas, você pode chamar a garota que está afim pra sair e experimentar ser feliz novamente.

— E você sugere que eu faça isto, enquanto meu irmão está morrendo aos poucos por causa de um tumor e com minha ex bem aqui na minha frente? – questiono, obtendo o seu silêncio como resposta.

— O seu irmão pode até estar morrendo, mas você está vivo. – diz, quebrando o silêncio e eu engulo seco. — E duvido muito que ele tenha pensado em você, quando te deixou plantado no altar, na frente de todas aquelas pessoas e fugiu com a sua mulher. – afirma, saindo e me deixando ali parado.

— Eu detesto admitir, mas ela está certa. Nem todas as garotas são como a Amber. – Michael disse, se afastando também.

Apenas suspirei fundo e fechei os olhos, massageando minhas têmporas. Minha mente estava uma bagunça e o meu corpo todo estava sofrendo as consequências disso.

Depois de ser chamado na sala da Margaret, que além de ser dona e diretora do hospital, é uma segunda mãe para mim, tive que explicar sobre toda a situação que estava acontecendo e garantir a ela que estava tudo bem. Mas, não estava.

Porém, assim que eu sai de lá, após ouvir todos os seus conselhos, dos quais eu não havia pedido, mas eram ótimos e realistas, cheguei a conclusão de que meus amigos estavam certos.

Eu estou vivo. Tenho uma vida fora do trabalho e mereço outra chance para ser feliz.

Eu estava decidido. Ia chamá-la para sair.

Comecei a me mover em sua duração, e soltei um sorriso de lado, ao vê-la de cabeça baixa, super concentrada preenchendo algum prontuário e mordendo o canto do seu lábio. Como ela sempre faz durante as cirurgias, enquanto está focada nos seus equipamentos.

Mas, antes que eu pudesse chegar nela, senti alguém puxando o meu braço, desviando totalmente minha atenção da morena que estava na minha frente.

— Será que nós podemos conversar? – Amber, perguntou receosa, me puxando para dentro de uma sala que estava vazia.

— Eu não tenho nada pra falar com você, Amber. – respondi seco, desviando meu olhar do seu.

— Eu sabia que você iria negar. – murmurou.

— Então, nem deveria ter perdido o seu tempo tentando. – falei, passando por ela, mas a mesma me impediu novamente.

— Eu ainda te amo. – sua voz saiu através de um sussurro. — E sei que bem aí no fundo, você ainda me ama também. – disse, se aproximando e colocando a mão no meu peito, mais especificamente em cima do meu coração, que já estava disparado.

— Desculpa interromper. – Daisy, falou sem jeito, abrindo a porta da sala. — Mas, o seu irmão está convulsionando e não tem nenhum outro neurologista aqui. Além de você.

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egomanic doctor - vinnie hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora