Daisy Crawford:
Acordei com o barulho infernal do despertador e me xinguei de várias formas possíveis, por ter exagerado tanto na bebida na noite anterior e por conta disso, ter acordado com uma maldita ressaca.
Mesmo sendo apenas seis da manhã e estando em pleno inverno, fui obrigada a tomar um banho gelado, só assim eu despertaria e quem sabe, disfarçaria minha cara de quem virou vários shots de tequila.
Minha manhã de hoje seria tranquila e livre, mas de qualquer modo, eu tinha que cumprir meu horário. Então, quando o relógio marcou sete e meia, sai de casa, atrasada outra vez.
Pontualidade nunca foi meu forte.
Desta vez, Vincent já tinha chegado e sua vaga bem em frente a porta principal do hospital, já havia sido ocupada por ele. Então, tive que ir para o meu lugar, no fim do estacionamento.
Após pedir meu café, em dose extra hoje. Caminhei até o elevador, que por sorte, estava completamente vazio. Quando chegou no terceiro andar, as portas se abriram e o egocêntrico do meu chefe entrou de cabeça baixa, fazendo alguma coisa no seu tablet.
Somente depois de alguns segundos, ele percebeu minha presença e novamente, me analisou de cima a baixo, com aquele seu olhar indecifrável.
— Dia ruim, Melanine? – perguntou, sarcástico.
— Na verdade, ótimo. Estou indo para o RH, acertar minha demissão, da qual você comentou ontem a noite. – retruco.
— Ah, agora que eu sei que você quer isto. Jamais lhe daria essa honra. Aliás, preciso de você essa noite, na minha cirurgia.
— Não estarei disponível. Tenho compromisso.
— Então, desmarque. Preciso da minha sala pronta antes das dez.
— Dez horas da noite? Eu tenho que preparar a sala para o Doutor Parker às três e meia da manhã, não posso virar a madrugada em uma cirurgia com você. Isto está totalmente fora de cogitação.
— Dez e meia estarei entrando e quero tudo pronto. – afirma. — E acho melhor, você se recompor. Ressaca não lhe cai muito bem.
— Além de egocêntrico, você deveria adicionar arrogante na sua lista também. – esbravejo.
— Ah, eu já adicionei. Sei que você me chamou disso, diversas vezes. – responde, sorrindo.
Antes que eu pudesse responder, as luzes do elevador começaram a piscar e a energia caiu em seguida. Nos deixando presos lá dentro.
— Era só o que me faltava! – resmungo, para mim mesma.
— Que tal deixar para resmungar, depois de soltar meu braço? – pergunta, me fazendo corar.
Eu nem tinha percebido que ao o elevador chacoalhar e as luzes se apagarem, acabei segurando com força no braço de Vincent, que parecia se divertir com a situação.
— Que tal você arranjar outra instrumentista para lhe acompanhar na cirurgia de hoje? – falei, puxando meu braço rapidamente.
— Prefiro você.
— Claro que prefere. Eu faço um ótimo trabalho.
— Depois o meu ego que é grande. – diz, dando uma risada rouca.
No mesmo instante, as luzes se acenderam e o elevador voltou a funcionar. Quando as portas se abriram, Vincent enfiou o termo "primeiro as damas" sabe Deus onde e passou na minha frente.
— Até depois, Melanine.
— É Daisy, seu egocêntrico! – esbravejo e ouço o mesmo rir alto.
Somente depois de praticamente gritar com o chefe de neurologia, me deparei com todas as pessoas daquele setor me encarando. Principalmente, os seus internos, que estavam boquiabertos.
As horas passaram se arrastando e durante o dia, escutei várias pessoas cochichando sobre meu péssimo comportamento de ter gritado com o Vincent e o xingado. Algumas delas, disseram que o loiro iria exigir minha demissão e que isso acabaria com minha carreira.
Eu até pensei em responder e mandar cada uma delas cuidarem da sua própria vida, mas além de estar super cansada e indisposta, Vincent fez isso primeiro.
Quando sua voz grossa ecoou pelos corredores do hospital, mandando todos voltarem aos seus trabalhos e pararem de cochichar pelos cantos, pois quem decidiria o que fazer, era ele. Todos sairam praticamente correndo.
Depois do acontecido, me dirigi até a sala de cirurgia e comecei prepará-la. Quando tudo estava pronto, Vincent entrou juntamente com a sua paciente, que era uma menininha super fofa.
Foi a primeira vez que o vi sendo extremamente gentil. Ele prometeu que rasparia o menos possível do seu cabelo e que ela ficaria linda, com seu novo corte.
Deixei um sorriso escapar, quando vi o mesmo super concentrado com a maquininha em suas mãos. Cumprindo sua promessa, que havia feito para a menininha, que já estava desacordada na mesa.
Horas se passaram e continuávamos ali, pisquei várias vezes na intenção de conseguir me concentrar e ficar acordada. Dormir somente três horas, não havia sido suficiente.
Nem percebi quando meus olhos pesarem e eu peguei no sono, sentada na cadeira. Despertei com o Vincent me chamando atenção, foi aí que eu me assustei e acabei derrubando todas as coisas que eu tinha estilizado, no chão.
— Que porra foi isso que acabou de acontecer, Daisy? – esbravejou. — Você dormiu enquanto estávamos operando?
— Desculpa, eu ...
— Sai da minha sala agora! E arrume alguém descente para arrumar toda essa bagunça que você fez.
— Doutor Hacker, por favor. Me perdoa. Eu mesma vou arrumar tudo isto.
— Qual a parte de que eu não te quero aqui, você não entendeu? – questionou autoritário, me fuzilando com os olhos. — Chame a Anne, ela fará o seu trabalho.
— Sim, senhor. – falei envergonhada, saindo dali.
Eu estava literalmente ferrada.
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egomanic doctor - vinnie hacker
RomanceOnde Dɑisy odeiɑ o seu trɑbɑlho como instrumentistɑ hospitɑlɑr e um dos principɑis motivos, é o chefe do depɑrtɑmento de neurologiɑ. Que fɑz questɑo de tê-lɑ em todɑs ɑs suɑs cirurgiɑs. ▍⿻ ꗃ ── 𝘷𝘪𝘯𝘯𝘪𝘦 𝘩𝘢𝘤𝘬𝘦𝘳 𝘧𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤𝘵𝘪𝘰𝘯. ▍...