De volta onde tudo começou🦋

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— Pelo visto é verdade — Entrou no quarto e fechou a porta atrás de si — Você vai embora.

— Eu imagino que você já esteja sabendo do motivo, Deku — Deixei de lado algumas das roupas que eu drobava para lhe dar atenção — E como você está em relação a isso?

— Como você acha que eu estou, S/N? — Deu um longo suspiro e eu fiz o mesmo — Sabe, é a situação mais complicada que eu me envolvi, pois diferentes das batalhas em que eu sempre dou tudo de mim, um relacionamento só funciona se os dois fizerem isso.

— Eu sei disso...

— Não, não sabe! — Ele segurou firmemente meus braços — S/N, se soubesse, não estaria evitando o Shouto, e ele também não estaria aceitando isso! Eu estou um pouco cansado, sabe? — Mesmo com firmeza em sua voz, ela continuava doce e macia, como se houvesse medo de me machucar.

— O que ele disse...para você? — Arrisquei olha-lo enquanto virava a cabeça — vocês...

— Tudo, da briga, das ameaças do seu pai — Eu o olhei espantada. Ele realmente havia contado? — Aconteceu da seguinte forma:

Flashback on:

Pov Midoriya:

Depois que a S/N e Todoroki saíram, eu fiquei no meu quarto respondendo algumas questões de uma atividade passada por Aizawa. Quando já estava no período da tarde, a porta do meu quarto foi aberta bruscamente revelando meu namorado em um estado que eu não tinha visto ainda.

— Todoroki-Kun? — Corri em sua direção amparando-o — O que aconteceu?

— Deu tudo errado, Midoriya, TUDO ERRADO — Eu mal podia crer no que via, ele estava chorando — Eu não sei mais o que fazer...

Rapidamente eu peguei um copo de água em seguida dando a ele que tomou um generoso gole. Eu o conduzi a sentar na minha cama e esperei ele terminar o líquido que restara.

Eu o olhei, esperando que começasse a falar, mas como sempre ele hesitava, como se não confiasse em mim. E eu estava cansado disso, de quando ele voltava bravo e simplismente não me falava o motivo.

Foi como no começo.

Quando depois das aulas começamos a conversar na varanda de casa pelas tardes, e eu percebi que ele pra mim não era só um amigo. O jeito que ele agia, sua forma de pensar e de demonstrar que se importa, talvez tenha me ganhado pouco a pouco.

Mesmo sem coragem e medo, por motivos lógicos, eu dava pequenas investidas, mas bem pequenas mesmo. Como chama-lo para sair com a justificativa de não querer fazer isso sozinho, ou quando ele se sentia encurralado pela pressão que o pai colocava em si e eu passava a tarde tentando distraí-lo disso.

Com o tempo, ele passou a me olhar de outra forma, me elogiando e me observando de canto. Mesmo com todas as obrigações da U.A, eu me perdia nisso, no sentimento e como ele se desenvolvia espontaneamente em mim. E quando nos beijamos pela primeira vez, no nosso mesmo canto, eu me perdi totalmente do rumo.

O clima ficou estranho e infelizmente nos afastamos por um tempo. E um dia depois disso fora anunciado uma nova aluna na sala. Eu lembro estar olhando para ele naquele dia, e quando a porta se abriu, ele fez uma expressão desconhecida por mim. Seu rosto se iluminou e ele passou a aula toda encarando a garota.

E depois disso, foi só dor para um coração inseguro como o meu. Os dois rapidamente ficaram tão íntimos quanto qualquer um na U.A. Meu consolo era que ele passou a sorrir com tanta frequência que chegava a ser estranho mas bom de se adimirar.

LIBERDADE - [Bakugou/Tamaki]Onde histórias criam vida. Descubra agora