LIBERDADE - [Bakugou/Tamaki]

Confiança🦋

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Olhei ao redor e minha intuição estava certa, eram cinco deles, altos e fortes, mas não havia tempo pra fraquejar. Minhas pernas mal ficavam em pé, todo o meu corpo tremia, mas não pelo medo, sim pelo cansaço.

Podia usar a pouca força que me restará e voar alto, pra o mais longe dalí, mas isso só faria eu descumprir outra promessa, estaria fugindo mais uma vez. Se for pra morrer, que seja porque EU decidi, não pelo que as pessoas querem que eu faça.

Os homens levantaram raivosos, mas trocaram olhares entre si ao ver o meu tamanho, eles pareciam estar prestes a rir, isso fez a raiva me subir a cabeça. Rapidamente ativei minha individualidade acertando o infeliz mais alto entre eles, os outros deram mais risada ainda enquanto o outro homem se levantava raivoso.

— EU VOU TE MATAR! — Ele corre em minha direção atirando espinhos em mim, o que parecia ser sua individualidade. Com dificuldade eu movi minhas pernas e cheguei perto o bastante pra usar minhas asas de escudo e depois lhe acertar um soco no nariz com o máximo de força que eu pude — SUA DESGRAÇADA — Se antes ele estava com raiva, agora parecia ter sangue nos olhos.

Sem mais esperar os outros partiram em nossa direção pra me atacar. Claro que eu não tinha chance contra tantos deles nesse estado, nem em estado normal eu teria, mas a idéia de enfrentar não só um, mas cinco oponentes mais fortes que eu sem exitar, parecia algo tão novo, eu senti liberdade, senti a mesma sensação de três anos atrás. Eu tomei minha própria decisão!

A insanidade que enchia minha cabeça fez com que a adrenalina almentasse dentro de mim, então movida por esses sentimentos eu me coloquei em modo de batalha, seria uma luta corpo a corpo pois eu não tinha tantas forças pra manter a minha individualidade, então eu vou usar o minimo dela que eu puder.

Dois deles tentaram me acertar ao mesmo tempo, e eu não sei de onde tirei velocidade o suficiente pra abaixar e dar uma rasteira em um deles, ou melhor, acho que sei sim. Meu corpo agora começará a se regenerar.

Mas não consegui desviar a mão de um deles, que agarrou meus cabelos, o outro minhas asas,  terceiro meu braço esquerdo e o quarto o direito. Eles me ajoelharam no chão e forçaram meu corpo pra frente, fazendo com que eu desse um grito alto.

Ao olhar pra frente vi o cara em que eu dei a rasteira com uma face diabólica. O braço do homem se transforma em um martelo e ele começou a vir em minha direção. Isso com toda certeza iria doer, doer bastante.

— Se você tivesse ficado quietinha, talvez pudesse sair desse lugar viva, mas por ser tão teimosa e nos atacar, merece ser castigada — falou já na minha frente. Ele levantou a mão transformada e eu fechei os olhos, mas os abri assim que senti o impacto daquilo nas minhas costelas, e eu gritei, gritei como jamais tinha gritado na minha vida, aquilo doeu muito mais do que eu imaginava.

Mas ele não se satisfaz com apenas um golpe, e seu sorriso mais do que demoníaco fez eu perceber que ainda sofreria e muito. Consecutivamente ele me acertava e eu gritava, era uma dor infernal, eu podia ouvir minhas costelas sendo quebradas e acompanhando os estralos estavam meus gritos, gritos de agonia e pura dor.

Senti o gosto ferroso em minha boca e começei a provocar sangue, era difícil se concentrar em outra coisa que não fosse a dor de ter meus ossos estrassalhando. Eu precisava sair dali, eu não iria mais aguentar muito tempo, pra piorar o homem porco-espinho que segurava meus braços ativou sua individualidade o que fez minha pele ser perfurada por espinhos grossos e afiados. Eu já perdi sangue, muito sangue, mais do que poderia.