LIBERDADE - [Bakugou/Tamaki]

A Distante liberdade🦋

{Penúltimo capítulo}

— Isso... não pode ser real! — S/P falou mais para ele do que para o resto das pessoas da igreja — É uma ilusão!

— A única ilusão aqui vêm da sua parte! A ilusão de achar que eu permitiria que minha filha fosse submetida à isso — Praguejou com asno ao homem que freneticamente balançava a cabeça desacreditado.

— Yami, sempre cheia de surpresas, eu realmente pensei que a essa altura você já estive nos confins do inferno queimando junto ao diabo — Endeavor não perdeu a postura e minha mãe sorriu tirando um envelope de sua bolsa.

— Dentro dessa pasta tenho todas as provas necessárias para mostrar o que vocês dois fizeram — Mesmo tentando não aparentar, o ruivo vacilou por segundos — Vejo tantos rostos conhecidos aqui, em outra situação poderia até aproveitar a festa para matar minha saudade, mas hoje a única comemoração será a vingança pela minha filha!

Eu engoli à seco e crispei os lábios vendo que a proporção daquilo logo iria aumentar. Passei meus olhos por S/M, que tinha uma cara de pavor eminente; Hawks, com os olhos arregalados e Rei, tentando conter o choro. Shoto apertou minha mão e me encarou, eu não sabia o que sua expressão queria transparecer; De todas as suas feições, essa foi a única que eu não desvendei.

Ao lado de minha mãe, Midoriya parecia tremer, a mulher o encarou e afagou rapidamente seus cabelos verdes e bagunçados. Ela tirou algumas folhas organizando-as pedindo silêncio aos cochichos dos heróis e da imprensa.

— Bom, vejamos... Ah! Achei! — Sorriu maléfica e olhou diretamente para uma das câmeras do local — Nossos grandiosos heróis são acusados de coisas gravíssimas, que tal citar algumas aqui?

— Desligue a câmera! — S/P ordenou, mas claro que isso instigou ainda mais os repórteres que agora gravavam fixamente minha mãe — Endeavor! — Chamou e eu mal pude piscar antes de ver o pró-hero exalando exageradamente suas labaredas flamejantes.

Deku — Provavelmente por instinto — Se pôs um pouco à frente da mais velha arrancando-lhe um sorriso. Enquanto o herói número dois encurralava-a, a mulher só tinha seu sorriso cada vez maior. Ele não parou nem mesmo aos clamores do padre que pedia respeito pelo santuário, os convidados estavam tensos demais.

— Você não devia ter vindo aqui...

Antes do Todoroki concluir sua fala, um tremor no teto assustou à todos fazendo o homem recuar e, rapidamente, o telhado foi quebrado por uma figura misteriosa invadindo a igreja e pousando à frente da Yami e de Midoriya exibindo suas asas desnumbrantes de metal que reluziam ao refletir as luzes da igreja. Eram exatamente iguais as minhas.

Pela minha mãe, fiquei sabendo que mesmo meu pai não sendo tão popular no Japão, ainda era conhecido pelos heróis mais experientes, afinal, ser o maior traficante de peças ilegais da América era no mínimo provavel que fizessem os demais profissionais tomarem alerta.

— Não sei o que pensa que está fazendo — Começou a caminhar lentamente para perto de Endeavor — Mas na minha mulher você não toca!

Os repórteres pareciam decididos à capturar cada momento, pois seus fleches iluminavam o lugar mais do que o próprio lustre principal. Olhei para S/P e o vi totalmente em choque, olhando para mim e depois para meu pai, era óbvio que ele percebeu a nossa semelhança. Nessa hora sua ficha pareceu cair, na verdade, a de todos que me conheciam; eu era, na verdade, filha de um vilão.

— Winged knives! — Esbravejou o ruivo — Agora tudo faz sentido! Pelo visto, a bastarda nem sequer era sua, S/P — Debochou se pondo em modo de ataque.