Sumisso🦋

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— E-e você, quem é? — Eu tento me afastar um pouco fugindo da respiração quente por conta da proximidade. Ao olhar melhor, eu até senti meu coração acelerar, a minha frente estava uma beleza tão única que eu até tremi.

— Eu que te acompanharei, não é seguro perambular por aqui sozinha — Ele se afasta e me observa com seu olhar frio e intimidador, tomba a cabeça pro lado como se esperasse alguma reação da minha parte — Me siga.

— Espere! Q-quem o mandou aqui? — ele pareceu ficar irritado enquanto virava as costas e caminhva — quem mais poderia ser? Ele não te avisou? venha rápido, estou ficando sem paciência — Ele fala sem olhar pra trás. Eu acho melhor não questiona-lo mais, é mais do que óbvio que se ele ficar estressado eu passaria por maus momentos, então com pressa o acompanhei.

No fundo do galpão abandonado tinha uma porta, a qual ele abriu e esperou que eu fosse na frente. Era meio escuro, mas dava pra ver uma escada que descia para um lugar abaixo do galpão. Eu acho que encarei por muito tempo, já que o dono dos belos olhos agarrou meu pulso e me obrigou a descer.

Continuei pisando com cuidado em cada degrau, eu sentia uma energia diferente alí, não parecia algo bom, era como se a cada degrau deixado para trás fosse uma chance perdida de sair viva desse lugar. Caminhando para o desconhecido com a mínima visão possivel, eu tremia igual vara verde ao vento.

— Se quiser pode segurar meu braço, você está tremendo tanto que sinto como se fosse cair a qualquer momento. Se você morrer, será um grande problema pra mim — Eu havia esquecido dele por alguns minutos, talvez o medo estivesse confundindo minha cabeça, mas eu não deixaria ele pensar que eu sou tão fraca, se eu quiser ser livre eu preciso superar meus medos, esmagalos como se fossem meros insetos debaixo do meu sapato. Apressei o passo e enpinei o nariz, eu consigo fazer isso! O homem atrás de mim pareceu não gostar de eu ter me apressado a descer aquela escaderia sem tomar mais tanto cuidado — Você ouviu a parte que eu disse "se você morrer será um grande problema para mim"?

— Quem disse que eu morrerei? Eu sou uma aspirante a heroína, você acha que eu viria aqui sem acreditar no meu potencial? — Ele suspirou em meia resposta.

— Nós já chegamos de qualquer forma — Ele diz sem se importar muito com o que eu lhe falei. Depois de uns seis ou até sete degraus, nós chegamos em um corredor quase tão escuro quanto a escadaria, só tendo vista por conta da luz que emanava deas pequenas brechas de uma grande porta de madeira — Venha, entre — Ele gira a maçaneta de ferro meio desgastada e empurra a porta.

Dentro da sala a primeira coisa que eu notei foi o casaco preto de Tom, ele estava em uma cadeira enferrujada de frente para um laptop, parecia concentrado mas não tardou a nos notar alí. Quando desviei a atenção dele, pude perceber que aquele lugar era esquisito, parecia uma área de pesquisa. Paredes brancas e manchadas, o chão sujo e com alguns vestígios de um líquido vermelho já  desgastado e meio amarelado que eu espero não ser o que eu estou pensando, o lugar também possuia algumas maquinas que produziam um som estalado e armarios amassados, um estava até sem porta e  contia varios frascos estranhos dentro, no cantinho da sala tinha uma pequena maca enferrujada e suja, além das ferramentas de formatos estranhos que tinham em uma comoda tão desgastada quanto o lugar ao lado. Onde eu me meti?

— Que bom que veio Angel! — Ele se levanta vindo até mim alisando meu ombro com um de seus dedos, eu acho que era um gesto de conforto, mas aquilo não me confortou de maneira alguma — já preparei tudo, desculpe o lugar meio sujo, mas era o que tinha, além de ser discreto — ele profere se afastando e indo pegar uma das maquinas estranhas que eu tinha visto — Sente-se na maca, e deixe as concentradoras alí, hoje o nosso procedimento será...diferente.

LIBERDADE - [Bakugou/Tamaki]Onde histórias criam vida. Descubra agora