Capítulo 13

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Não dava para acreditar. Simplesmente não dava para acreditar, nas mãos dela tinha "só" um contrato com a escola de Center Ville me dando plenos poderes sobre o jornal escolar! Neste contrato afirma que eu posso publicar oque eu quiser, contanto que eu mantivesse a boa integridade da escola, e não publicasse coisas estupidas e irregulares, como ponto de vendas de drogas, como o último editor chefe fez. Eu estava emocionado, desde a primeira vez que eu vi a porta do jornal já me deu vontade de trabalhar lá, um dos principais motivos é claro, eu teria o meu cantinho dentro da escola.

- Como você conseguiu isso? - Pergunto a Victoria, de forma espantada.

- Simples, já tem anos que ninguém quer assumir o jornal da escola, então foi só falar para o Sr. Miller que tinha um calouro de confiança interessado na vaga que os olhos dele chegaram a brilhar.

- Incrível! Mas, não era para eu conversar com ele? Você só tinha que marcar a reunião.

- É que eu quis fazer uma surpresa, fiz mal?

- Claro que não. - Eu me aproximo e lhe dou um beijo. - Fez muito bem, eu adorei a surpresa.

- Ei Noah! - Ouço alguém me chamar, era o Jake. - Você está morto cara!

- Calma aí, deixa eu explicar. - Digo isso me levantando.

Mas Jake não queria uma explicação, ele queria sangue, meu sangue para ser mais exato. Então ele chegou e me deu um soco no rosto, eu caí e nós começamos a brigar, mas não demorou muito até que o Michael e outros jogadores do time que estavam por perto nos separassem.

- Você já era seu imbecil, ninguém toma tais liberdades com a minha prima e sai impune.

- Eu não fiz nada que ela não quisesse seu otário!

- Noah não piora a situação! - Diz Michael, segurando Jake, que parecia um cão nervoso. - Saí daqui Jake! - Grita Michael.

- Tá, eu vou sair, mas só queria deixar bem claro aqui, eu espero do fundo do meu coração que ela faça com você igual ela fez com o pobre do Ethan.

Então ele saiu, mas não antes de deixar seu recado, ele me olhou e deu para ver claramente em seus olhos, "isso ainda não acabou".

Depois de toda aquela confusão, o sinal da saída finalmente tocou. Eu só queria ir para casa esfriar a cabeça, talvez escrever um pouco para acalmar a minha mente, então nós fomos. A Victória  mais uma vez se ofereceu para me levar em casa, ela ainda tentou me convencer a dar uma volta com ela, só que não rolou, eu não estava no clima para nada, sem contar que estava com um roxo no olho que ia ser difícil de contar para o meu pai, e além disso, estava com aquela frase na memória, "igual ela fez com o pobre do Ethan", em qual sentido será que ele disse essas palavras? Em relação ao amor não correspondido, ou em questão a morte dele? Eu só tinha certeza de uma coisa naquele momento, queria chegar em casa e relaxar. Não tinha cabeça para pensar nisso hoje.

Quando chegamos, eu não dei nem um beijo nela e tentei sair logo do carro, estava meio cabresto com as duas análises que o Jake me deu e não estava a fim de testar nenhuma delas, só que ela me puxou pelo braço e começou a criar assunto, disse que estava pensando em uma coisa a algum tempo, e que queria compartilhar comigo, eu disse que ela podia confiar em mim, e me contar oque ela quisesse, que eu não ia contar para ninguém, "mesmo que eu não querendo conversa com você no momento", penso. Só que ela disse que não era uma coisa que ela queria falar, mas uma coisa que ela queria mostrar, e que só podia ser no meu quarto.

"Opa, eu já conheço essa história", eu pensei. Eu sei que mais uma vez ela estava na minha lista de suspeitos, mas eu não pude resistir. Dei uma de desentendido e simplesmente falei que estava tudo bem ela subir e me mostrar o que ela queria, já que meu pai estava no trabalho. Fomos andando pela casa em silêncio, só que dessa vez de mãos dadas, um avanço em comparação com a última vez que nós subimos as escadas juntos, quando estávamos tomados pelo desespero.

Center Ville: O despertarOnde histórias criam vida. Descubra agora