Capítulo 2 - Gabriel

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Alguns dias antes...

— Senhor Garcia, minha cliente ainda não recebeu o pagamento da pensão, não me obrigue a levar isso para a juíza quarta-feira! — enquanto falo ao telefone, vejo Jennifer entrar na sala. Sua saia apertada teria sido considerada muito curta em um tribunal e, na camisa, três botões abertos davam um vislumbre do sutiã meia taça.

Com os saltos repicando no piso laminado, se aproxima de mim lentamente. Abre um sorriso safado se ajoelhando diante de mim e acelero a ligação. Garcia iria me ver no tribunal de qualquer jeito mesmo, uns minutos a menos comigo reclamando de seu descaso com os filhos não iria fazer a menor diferença.

— Tira a roupa. — Digo firme e Jennifer me olha desejosa. A primeira a cair no chão é a camisa, depois a saia, o sutiã... Logo, está apenas de fio-dental e salto de pé em meu escritório. — A calcinha fica. Agora, tira minha calça.

Ela se ajoelha na minha frente e a visão da lingerie afundada em sua bunda me deixa excitado. Puxa minha calça e minha cueca, segurando meu pau com a mão, abrindo um sorriso safado levemente ensaiado.

— Chupa. — digo. A loira começa a bater uma com a mão e beijar a cabeça, mas eu a paro. — Sem mãos, quero só tua boca.

Rapidamente, abre os lábios e engole meu pau quase até a base e volta, beijando minha glande e reiniciando o processo de chupar e soltar. Segurando firme seus cabelos enquanto guio seus movimentos, não consigo impedir de uma pontada de tédio me invadir. Já fizemos isso tantas vezes que virou algo rotineiro, mecânico.

No momento em que Jennifer solta um gemido baixo, a porta é aberta de supetão:

— Porra Biel! Ao menos tranca a porta meu! — César diz tapando os olhos.

A loira se levanta em um pulo e sai, enquanto meu amigo me lança um olhar de reprovação. Revirando os olhos para o seu drama, ponho meu pau, já mole por conta da interrupção, de volta na calça. Como se nunca tivesse me pegado em um momento comprometedor antes, penso. Eu e ele nos conhecemos desde os doze e praticamente morei em sua casa nesses vários anos de amizade.

Já recomposto, percebo que César está realmente nervoso, de um jeito que só o vi durante a adolescência de sua irmã. Assim que abre a boca, sei que não vou gostar do que ele vai falar:

— A porra de um assediador! Sofia tava namorando a porra de um assediador! — meu amigo explode e, imediatamente, vejo vermelho.

— Como assim, caralho? O que o filho da puta fez? Ele tocou nela? Juro que se ele tiver levantado um dedo...

— Não, não com ela. Mas com duas amigas da minha irmã. Soso descobriu e deu um soco nele.

— O que tu vai fazer cara?

— Vou dar um jeito no filho da puta. — César diz firme e vejo toda a raiva pelo que a irmã passou estampada em seu rosto.

— Vou contigo também. — digo sem dar chance de receber uma negativa.

Enquanto meu melhor amigo sai da sala, tento me convencer que estou indo para Santa Maria por ele, porque sua irmã estava com um desgraçado, pelos velhos tempos em que assustávamos seus namorados. Porém, sei que não é por isso que vou para lá.

Sentado em um canto da festa, sentia meu pau endurecer conforme os beijos da desconhecida no meu colo iam ficando cada vez mais ousados. Meio entediado, corria os olhos pelo salão enquanto a loira fazia a farra no meu pescoço. Com certeza ficaria com um chupão.

De repente, a luz do holofote que girava no teto iluminou um canto do salão e eu a vi. Linda. Os cabelos pretos e lisos jogados sobre um ombro, o vestido justo que valorizava suas curvas delicadas e a maquiagem que destacava seus olhos puxados. Nos lábios, um batom vermelho sangue a deixava ainda mais sexy. Aquela boca... quantas vez sonhei em ver meu pau sendo engolido por ela.

Sofia era incrivelmente sexy, uma mistura de inocência e sensualidade que fazia loucuras com a imaginação de qualquer um. Já bati mais punhetas para ela do que consigo contar e esse desejo que sinto pela irmã do meu melhor amigo é algo que estou determinada a levar para o túmulo.

Não sei direito quando isso começou. Talvez, tenha sido quando a peguei saindo do banho com apenas uma pequena toalha cobrindo-a, a pele molhada da água. Ou, quem sabe, uns anos antes disso, depois de termos ficado um verão sem se ver e percebi como seu corpo havia mudado. Ou ainda, no dia do seu aniversário, quando ela ficou com um piá de merda e senti ciúmes pela primeira vez na minha vida.

Independente do momento em que esse desejo desenfreado tenha começado, ele nunca mais parou. Se instaurou na minha carne e, agora, tenho sonhos molhados com ela quase toda noite. Uma merda, principalmente quando tenho que vê-la o tempo todo e preciso agir naturalmente, como se não tivesse acabado de bater uma em sua homenagem a poucas horas atrás.

Durante minha divagação, um cara se aproxima de Sofia. Um sentimento de posse se apossa de mim e tenho vontade de chegar perto do piá e dizer que ela é minha, porém me controlo.

A loira no meu colo percebe que perdi o interesse nela e, depois de me xingar baixinho, se levanta e vai embora. Respiro fundo e tento me acalmar. Não adianta agir com o ciúmes agora e, depois, perder minha amizade com César porque falei demais.

Ele é só um piá que ficou impressionado com a beleza da Soso, penso enquanto tento me convencer a não ir lá dar um chega para lá no pivete*. Contudo, qualquer autocontrole que tinha vai pelos ares quando vejo a boca murcha do desconhecido se aproximar da vermelha e carnuda de Sofia.

Em menos de três segundos, empurro o cara para longe da minha pequena. O filho da puta ainda teve a cara de pau de parecer indignado:

— Qual é meu? A gente tava se divertindo!

— Cai fora caralho! digo raivoso enquanto ergo uma sobrancelha, desafiando-o a me enfrentar. Como imaginei, o covarde faz uma careta e sai sem dizer nada. Bom, então não é digno de Sofia. Minha pequena merece alguém que enfrente o mundo por ela, não um idiota que fuja com o rabinho entre as pernas no primeiro obstáculo.

— Por que tu fez isso? — Soso diz com a voz chorosa e, imediatamente, me arrependo por ter magoado minha pequena — Eu te odeio, Gabriel!

— Por que tu fez isso?  — Soso diz com a voz chorosa e, imediatamente, me arrependo por ter  magoado minha pequena — Eu te odeio, Gabriel!

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*pivete: não sei se é realmente gaúcha mas, por via das dúvidas, tá aqui. Pivete é o equivalente a criança "encrenqueira".


Proteção - Sob o céu de Santa MariaOnde histórias criam vida. Descubra agora