Capítulo 10 - Sofia

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🚨Alerta [cenas +18]🚨

Depois daquele dia na festa, tentei evitar os dois o máximo possível. Estava farta dessa ciumeira toda do César e do fato dele ainda por cima recrutar seu amigo para ajudar.

Minha mãe, ao saber da situação por meu irmão, tentou me convencer de falar com eles, mas bati o pé, mesmo nunca gostando de dizer não para ela. Mamãe é uma das pessoas mais doces que conheço, jamais levantou a voz para qualquer um e, mesmo tendo nascido com dinheiro, sempre foi uma pessoa simples.

Mesmo que eu tenha uma ótima relação com ela, não contei para minha mãe sobre o processo contra Matheus. Sei que me apoiaria em qualquer coisa que eu decidisse, mas, por algum motivo que não sei explicar, preferi esconder essa história dela.

Enquanto reflito sobre isso, vou entrando no prédio do tribunal que, como da última vez, estava lotado. Olho admirada para o local, cheio de advogados andando de lá para cá como formiguinhas.

Um dia, quero fazer parte de tudo isso. Quero ter minha carteirinha da OAB na bolsa para exibir para o mundo que eu conquistei meu lugar nesse tribunal. Quero poder ganhar casos e vence-los para os meus clientes, porém ainda estou em dúvida em que área trabalharei.

César é um grande advogado empresarial, mas essa área me parece ser muito chata. Gabriel, por outro lado, é um advogado de família e um especialista em crimes contra a mulher, uma parte bem mais interessante do Direito. Contudo, ainda não sei se é isso que quero fazer quando me formar.

Durante minhas reflexões sobre meu futuro profissional, vejo Gabriel entrar na sala onde ocorrerá a próxima audiência. Logo em seguida, Bella entra no lugar e percebo que o juiz franze o cenho. Com ele presidindo o processo, Matheus já ganhou.

Com uma voz lenta e nasalada, o juiz Kozlowski começa a falar.
— Bom dia a todos, estamos iniciando agora a segunda audiência do caso Ferraz versus Albuquerque, estão todas as partes presentes?

— Sim, meritíssimo. — os dois advogados respondem.

— Vossa Excelência — Gabriel começa confiante, exalando masculinidade e poder com o terno Armani que ganhou dos meus pais ano passado. Está mais bonito do que nunca com a barba aparada curta delineando o maxilar forte e o cabelo castanho claro arrumado com alguns fios rebeldes saindo do lugar. — Gostaria de anexar ao processo algumas cópias do contrato de aluguel da senhorita Ferraz que provam sua dependência com senhorita Barroso e configuram-na como possível vítima do assédio por intimidação...

Gabriel exala segurança e controle enquanto fala com o juiz, e esse seu jeito dominador me deixa no ponto em pouco tempo. Com um formigamento entre as pernas, me lembro de quando, ainda adolescente, descobri que ele era um dominante na cama. Na época, ainda era muito inocente nesse sentido, e descobri o que era estar excitada pela primeira vez.

Era a primeira noite que Gabriel e Michelle, sua nova namorada, dormiam aqui. Embora meu pai tivesse a mente razoavelmente aberta, ainda haviam coisas que entravam como dois pesos e duas medidas. Meu irmão e seu amigo, por exemplo, poderiam trazer quantas namoradas que quisessem para vir dormir aqui. Eu, por outro lado, mal podia namorar.

Normalmente, Gabriel dormia num cômodo do lado do quarto de César. Dessa vez, contudo, escolheu passar a noite no que ficava do lado do meu.

Estava sem sono, então resolvi assistir algum filme. Porém, enquanto zapeava pelos canais, comecei a escutar barulhos no quarto ao lado. Meio constrangida, desliguei a televisão e tentei dormir, mas os sons, cada vez mais altos, me impediam.

— Senta! Quero ver esse teu corpinho gostoso de joelhos para mim. — a voz de Gabriel estava rouca como nunca tinha ouvido antes.

— Isso aí, boa menina. Agora abre essa tua boca safada e engole tudo. — sinto uma quentura entre as pernas e fecho-as com força, tentando controlar o formigamento naquela região.

Escuto os gemidos roucos de Gabriel e a sensação agonizante entre as pernas fica cada vez mais forte. Sabia o que era estar excitada, só nunca tinha sentido isso na pele. Os guris do meu ano eram todos muito infantis e, mesmo com uns beijos mais quentes, jamais tinha sentido algo parecido.

Como se meu corpo já soubesse o que fazer, minha mão caminha até a base da minha barriga e, abrindo espaço, entra dentro da minha calcinha. De olhos fechados, escuto a voz de Gabriel do outro quarto.

— Isso gata. Te quero com a bunda para cima nessa cama. — escuto um som de tapa e minha mão imediatamente toca em um ponto que envia um choque elétrico por todo meu corpo.

— Tu foi uma menina má, minha pequena, apareceu toda linda quando sabe muito bem que eu demonstrar nada por ti. Me deixou com um tesão do caralho naquele vestido vermelho.

Na minha cabeça, essas palavras são para mim, e não para a vaca da Michelle. Com círculos suaves, continuo massageando aquele ponto que faz minhas pernas vibrarem.

— Agora abre bem essas pernas, quero ver essa tua bocetinha rosa pingando para mim. — acelero os movimentos enquanto me imagino com ele no quarto ao lado.

— Isso pequena, não tenta tirar as mãos daí que eu prendo tuas pernas também. Agora empina essa bunda pra cima. — um tapa estalado é ouvido e só me deixa ainda mais excitada.

Sinto minhas pernas tremerem é preciso morder o travesseiro para abaixar os meus gemidos. Os de Gabriel e os da cadela da Michelle, por outro lado, estão incrivelmente altos.

O som dos quadris se encontrando me deixa cada vez mais excitada enquanto me dobro na cama tentando chegar a algo que nem sabia o que era. Só sinto a minha vagina contrair enquanto me imagino com Gabriel, que me prende e geme palavras roucas em meu ouvido.

O vazio dentro de mim é cada vez mais sensível e, seguindo algum instinto que não sei explicar de onde veio, ponho dois dedos lá dentro. Minhas paredes internas se contraem, tentando sentir mais daquilo e sinto meus dedos melados.

Com movimentos rítmicos, seguindo os sons que atravessam a parede do meu quarto, meus dedos entram e saem de dentro de mim. Enterrando o rosto no travesseiro, gemo alto enquanto rebolo sobre minha mão.

Os sons que saem do quarto ao lado estão cada vez mais altos e sinto minhas pernas tremerem. O som de tapa é a gota d'água e grito no travesseiro enquanto chego ao meu primeiro orgasmo.

Quando volto a mim, o quarto de Gabriel está em silêncio. Com o corpo mole, durmo em poucos segundos, porém, a partir daquele dia, o amigo do meu irmão começou a invadir meus sonhos com frequência.

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Proteção - Sob o céu de Santa MariaOnde histórias criam vida. Descubra agora