3° Capítulo

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*ANTONELLY CLARK*

Faltava um pouco mais de uma hora até chegar em Houston no Texas, olho para o lado, Robert está mexendo no seu Macbook e minha mãe está dormindo ao meu lado. Olho para janela e fico admirando as lindas nuvens e cada detalhe do horizonte, isso me faz sentir viva, me faz acreditar que a vida é melhor do que parece ser, aproveito o máximo daquela vista, por que em poucas horas voltaria para minha nova realidade.

_Anny, como você está?

Minha mãe me pergunta com a voz baixa.

_Estou bem, a vista é linda!

Respondo com um leve sorriso e olhando pela janela.

_Sim, é lindo.

Depois de longos minutos chegamos e foi ali que minha ficha caiu, eu realmente estou em Houston, estou longe da minha avó e da minha amiga. Robert já havia preparado tudo, já tinha até um carro esperando por nós, eu não esperava menos dele já que ele passou a semana inteira falando dessa nossa mudança. Entro no carro e coloco meu fone como sempre faço. Eu achava que o Texas era bem simples e com poucos prédios, mas é o contrário disso. Depois de colocarem as malas no carro o motorista da partida, fico olhando pela janela, não posso negar que a cidade é linda, mas nada se compara a New York.

Longos minutos se passaram e chegamos na casa nova, ela é enorme, acho desnecessário uma casa desse tamanho se só somos nós três, todas as casas da vizinhança são lindas e grandes, mas eu nem me importava com isso, só fico em meu quarto a maior parte do dia, por que dessa vez seria diferente?

Saio do carro, pego minha bolsa e finalmente entro dentro da casa, as paredes são brancas, exceto uma que tem detalhes pretos e cinzas, o pé direito é bem alto, a sala é em conceito aberto para sala de jantar e cozinha, e tem uma porta francesa para o Jardim, do lado esquerdo tem uma escada grande para o segundo andar, quando chego na parte de cima tem um corredor enorme, vejo várias portas, vou abrindo todas para ver onde será meu quarto, enfim acho, terceira porta do lado direito, ele é bem maior que o meu antigo, observo bem e percebo que atrás das grandes cortinas tem uma porta de vidro que vai para sacada, deixo minha bolsa em cima da cama e desço novamente pra encontrar minha mãe, ainda teria que esperar o caminhão da mudança, com as coisas do meu quarto, a casa em si já é mobiliada, mas Robert preferiu trazer alguns do nosso móveis da antiga casa de New York, pelo que ouvir ele falando o caminho já está vindo, enquanto isso vou conversar com minha mãe.

_Oi...
_Oi filha, o que achou da casa?
_Ah... Ela é bem grande, mas prefiro a nossa casa em New York, não era grande assim, mas tinha a vovó e a Estela.
_Desculpa Anny, não queria separar vocês, seu pai que decidiu.
_E a senhora, o que queria?
_Eu... Eu não sei.
_Como imaginei, mas está tudo bem.

Como agora só vai ser eu e a minha mãe, quero me aproximar mais dela, claro que não vou contar tudo, mas pelo menos irei ter ela ao meu lado, imagino que ela também se sinta só em relação ao Robert, eles não são o casal mais feliz do mundo.

Estamos em frente a casa juntas e o Robert mais distante, as vezes eu não gosto de chamá-lo de pai, na verdade só chamo ele de pai na frente da minha avó e minha mãe, eu sei que é ele que me sustenta, e às vezes parece que ele está fazendo isso só pela obrigação, e um pai é bem mais que isso, um pai é aquele que dar amor, carinho, é aquele que abraça nos dias difíceis, aquele que pergunta como vai na escola, aquele que se preocupa, é aquele que se importa, se eu sumisse da vida dele amanhã, ele nem iria notar... mas não vou perder meu tempo desejando algo que ele nunca se tornará. Olho para ele e o mesmo está resolvendo algumas coisas, quando olho para trás vejo dois caminhões vindo e parando em frente a nossa casa, três homens sai de cada caminhão, um deles vem em rumo ao Robert, vejo os outros colocado os móveis para dentro, eu e minha mãe ficamos olhando enquanto eles fazia o seu trabalho.

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