Capitulo 5

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Joshua Beauchamp

Me levanto e vejo que já são 16:00 acho que dormi demais. Desço as escadas e vejo minha princesa terminando de arrumar a mesa.

Graças a Deus eu parei de sentir as coisas estranhas e agora eu só sinto o que eu sentia antes a vontade de a abraçar e mostrar o quanto que estou orgulhoso dessa garota.

— Te amo nega — a abraço e ela me olha estranho

— Assim do nada? — rindo assinto — que que aconteceu??

— Nada eu só...só estava repensando os meus atos e achei melhor dizer que a amo. Você é meu maior orgulho Any e nunca duvide disso. — vejo seus olhos marejarem e logo uma certa cacheada me abraça

— Eu te amo papa. — sinto uma lágrima de emoção cair sendo acompanhada por outras — o senhor está chorando? — pergunta sorrindo

— Vem vamos comer.

Comemos em meio a risadas, brincadeiras e acho que ansiedade de algo.

( mais tarde )

Estava me arrumando para o trabalho quando Any entra em meu quarto aparentemente com raiva, me estende o celular e vejo que nele tem o contato de Noah seu colega de classe.

— Por que o senhor passou meu contato para esse desmilinguido? — rio pelo xingamento

— Ele é só um adolescente a flor da pele descobrindo seu primeiro amor princesa.

— Não. Ele é um adolescente que quer me irritar, eu odeio esse mosquito disfarçado de humano. — gargalho alto e recebo uma carranca em troca.

— O ódio anda de mãos dadas com o amor — acho que é melhor eu correr.

— Eu e esse pernilongo? Nunca, never, jamais.

— Para de xingar o menino Any — a repreendo e ela me encara chocada

— Devia mandar você resolver esse B.O já que quem passou meu telefone a este cavalo de chifres foi você. — reviro os olhos e pego seu celular o desligando.

— Pronto, resolvido — me encara emburrada e sai do quarto indo se arrumas para escola.

( Mais tarde )

Estaciono o carro em frente a escola de Any e a vejo conversando com seus amigos, me viro para meu pai e o encaro nervoso.

— O que foi?

— Any está crescendo e eu estou com medo.

— Medo de que filho?

— E se ela encontrar alguém e se distanciar de mim? E se ela me esquecer? E se ela não quiser ter essa proximidade comigo mais para frente? Eu tenho medo dela me abandonar, a maior parte da minha vida estive com ela.

— Não foi não, você passou a maior parte de sua vida comigo.

— Eu vivi 16 anos em sua casa com você e 18 em um apartamento com minha filha — ele resmunga algo que eu não entendo.

— Olha...uma hora ela vai crescer, mas te esquecer ela não vai, você criou sua vida e nem por isso me esqueceu.

— Eu sei é só que...— sou interrompido por Any que entra no carro e me dá um beijo na bochecha.

— Oi vô, oi papa. — sorrio e ligo o carro indo a caminho da lanchonete.

— Filho, pode me deixar aqui mesmo...obrigado. — acena indo embora.

— O que você e o vovô estavam conversando antes de eu entrar? — tento negar mas ela é mais rápida — nem pense em dizer ''nada princesa'' me conte a verdade.

Estaciono o carro e respiro fundo abaixando a cabeça.

— Eu te vi tão entretida com seus amigos e me imaginei daqui alguns anos...sem você lá em casa, sem sua alegria, sem seu sorriso toda manhã, sem suas brincadeiras, sem suas broncas e até mesmo sem seus chiliques. Tenho medo de que quando você se forme me esqueça para sempre.

— Pai...nunca esqueceria o senhor e outra....vai ter que me aguentar por muito tempo naquela casa já que eu não trabalho e neste momento quero aproveitar minha vida com o senhor. — vejo seu sorriso sapeca e rio fraco a abraçando.

Volto a dirigir até em casa. Me jogo no sofá e logo um ser moreno se joga em cima de mim. Sorrio ao vê-la quase dormir em meu peito, acho que tenho só de agradecer a Julieta que me trouxe o maior presente de toda minha vida.

— Te amo pequena.

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