Joshua Beauchamp
— E foi isso, nós nos apaixonamos e deu nisso.
Vejo um sorriso se formar em seu rosto me fazendo sorrir também, acho que ela entendeu nosso lado.
— Vocês sabem que é errado, não? — assentimos — Também sabem que se não der certo terão de conviver com isso até o fim? — assentimos — Contanto que você não machuque minha menininha, eu aprovo esse relacionamento.
Me levanto e a abraço com força, sinto lágrimas caírem de meus olhos e sorrio sabendo que é de alivio pelas pessoas mais importantes da minha vida terem apoiado meu relacionamento. Puxo Any para o abraço também e beijo sua cabeça.
— Me solte, Joshua. — esqueci que minha tia não gosta de abraço
As solto e seco minhas lágrimas com as mãos. Olho para minha mulher e vejo que ela está sorrindo feito boba, sorrio de volta e recebo um balançar de cabeça seu. Me viro para minha tia e seguro suas mãos.
— Nós estamos namorando e provavelmente vamos nos casar, se deus quiser. — digo a última parte mais baixo
Sua boca abre em espanto me deixando nervoso, será que ela não gostou da noticia?
— Se vocês não me chamarem para ser madrinha de casamento...— deixa a frase no ar e pega suas coisas saindo da casa sem se despedir.
Olho para Any e sorrio abraçando-a, encosto nossos lábios e a beijo lentamente, chupo seu lábio inferior e vejo-a suspirar. Afasto nossas bocas e a abraço apertado, tentando passar todo meu alivio para seu corpo que está tencionado.
— Se eu te perguntar uma coisa, promete que não fica bravo? — assinto e ela nos puxa para sentar no sofá. — O que houve com sua mãe? — fico sério.
Não que eu não goste de falar sobre a mulher que me gerou mas, não sei se estou pronto para compartilhar esta história, respiro fundo e me viro para frente. Olhando para parede começo a contar.
— O nome dela era Regina, Regina Beauchamp, tinha 36 anos quando eu nasci. Ela não me queria por que meu pai era novo, tinha somente 16 anos na época, mas quando eu nasci ela me aceitou e cuidou de mim até. — sinto as lágrimas virem — Até meus 4 anos quando, quando fugiu, ela nos abandonou porquê tinha coisas mais importantes para fazer como, como cuidar de sua outra família. Ela era casada com outro homem e já tinha três filhos. Meu pai era seu amante e eu, eu era seu arrependimento. Cresci sem uma mãe e vou morrer sem uma também. Apesar de considerar, Úrsula, como minha mãe, sinto falta de um lado materno sanguíneo e acho que você também. — negando com a cabeça se deita em meu colo. — Não sente falta de ter uma mãe, uma amiga para todas as horas, uma confidente, uma pessoa que vai entender seus problemas de primeira?
— Não. — dá de ombros — Você foi tudo isso. Não preciso de mais. Acho que para você foi mais difícil porquê cresceu com uma mãe ao seu lado, bom, não cresceu mas, até seus 4 anos tinha alguém que pudesse chamar de mãe. Já eu, cresci com você, só com você, sem mãe, sem madrasta e sem uma tia na qual eu pudesse considerar uma segunda mãe. Eu amo você, pai e não trocaria nossos momentos por nada, nem mesmo por uma mãe. — a abraço emocionado e consigo sentir suas lágrimas em meu ombro.
— Eu te amo, muito. — escuto seu sussurro e sorrio.
— Eu também te amo, muito, Any. — seguro seu rosto entre meus dedos e desvio meu olhar para sua boca estre aberta.
— Se você não me beijar agora, eu juro que termino tudo que nem começamos. — rio e junto nossos lábios o mais rápido possível.
Com toda certeza escolher seguir aquela psicóloga louca foi a melhor coisa que eu já fiz.
FLASHBACK OFF:
— Amor, pega o Arthur para mim? — assinto e entro no quarto do nosso filho mais novo.
— Vem com o papai, amor. — pego meu menininho de apenas 3 meses — Vamos cantar parabéns para mamãe.
Desço com Arthur para sala onde encontro os duas mulher da minha vida, Any e Alice minha filha de 2 anos. Dou um beijo no meu amor e um na testa de minha filha.
— Parabéns meu amor. Que você consiga alcançar todos os seus sonhos. Eu amo você. — coloco meu filho em seu bebê conforto e beijo seus lábios.
— Eu também te amo.
Mesmo depois de cinco anos o amor continuou, já pensamos em desistir mas o amor falou mais alto. Nos casamos a três anos atrás e foi na nossa lua de mel onde concebemos nossa filha, depois de dois anos, decidimos ter nosso segundo filho. Meu pai infelizmente não pode comparecer ao nosso casamento e nem no nascimento de nossos filhos por ter partido duas semanas depois de toda conversa sobre minha mãe.
Julieta graças a deus não nos incomodou mais, apenas nos ligou pedindo perdão por ter dado aquele show na empresa. Any se formou em Marketing e hoje atua oficialmente como profissional em Marketing das empresas Beauchamp's Móveis.
Sou orgulhoso do que ela se tornou e do que está se tornando.
Fim...
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Entre Lutas
Fiksi PenggemarJosh um homem apaixonado por arte e dança se encontra perdido ao perceber que está apaixonado por sua filha Any Gabrielly. Apesar de tudo ser um mal entendido, após um espermograma uma das enfermeiras achou correto fazer uma inseminação artificial e...