Capítulo 10

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                                                                                    Joshua Beauchamp

Entro na empresa com Any e subimos até minha sala rindo de uma piada ruim que ela contou, abro a porta e falto cair para trás ao vê-la ali na minha frente.

— Sentiu minha falta? — ao ouvir sua voz e constatar que não é uma alucinação sinto minha vista escurecer.

— PAI...

                                                                       Any Gabrielly

Josh abre a porta e vejo uma mulher estranha sorrir, meu pai fica pálido e com os olhos arregalados.

— Sentiu minha falta? — a mulher estranha fala e meu pai cai desacordado em meus pés 

— PAI...acorda — me abaixo e chacoalho seu corpo mole.

Com dificuldade o levo até um sofá que tinha ali, o coloco deitado e tento o acordar de todos os jeitos possíveis. Depois de uns 10 minutos ele foi abrindo os olhos e quando viu a mulher sentada em sua cadeira pulou de susto.

— Como isso é possível? Você está morta, morreu na minha frente na sala de parto — ela é....ela é minha mãe?

— Mama....— sussurro.

— Bom, eu forjei minha morte para ver se você cuidaria dela — me olha de cima a baixo com desgosto — e pelo o que vi a uns 30 minutos atrás no carro, está cuidando até de mais não? — ele engole em seco 

— Julieta...como isso é possível? Como...como conseguiu forjar sua morte? Por que fez isso? Para que fez isso? Por que fez tudo isso, desde engravidar até forjar sua morte? — ele não me quer aqui? 

— Digamos que tudo isso fosse um teste, desde eu engravidar até agora você acreditaria? — negando aponta para porta — eu não vou embora, não antes de contar toda a verdade. Bom Any seu pai era um lindo adolescente que transou sem camisinha e eu sua linda mãe decidi roubar todo esperma deste homem para engravidar e o mostrar que tem que tomar cuidado na hora do sexo, mas....decidi forjar minha morte para ver de longe se ele cuidaria de você, mesmo não a amando queria ver se ele teria responsabilidade — sinto uma lágrima cair de meus olhos — parece que seu ''papa'' cuidou bem de você não foi? — assinto fracamente — diga-me, ele foi um bom pai? Fez seu papel corretamente? — assinto — COM PALAVRAS. 

— Sim...ele foi um bom pai, ele fez seu papel corretamente.

— Mas parece que as coisas esquentaram não foi? — desvio meu olhar para o chão e logo a sala é invadida pelos seguranças 

— A senhora está convidada a se retirar — pede educadamente e ela nega — sendo assim...peguem-na — vejo três homens irem até ela e a arrastarem para fora da sala

Julieta se debatia mas nada os fazia a soltar. Corro para os braços do papa.

— Eu fui só um teste...eu só nasci para ser um teste. — sussurro derramando minhas lágrimas

— Ei...para mim você não foi um teste, para mim você foi minha filha, minha luz, meu amorzinho, minha pequena, minha princesa, minha neguinha e um monte de adjetivo que tenho para você tudo bem? Eu amo você meu pequeno raio de sol — o abraço com força e deixo minhas lágrimas rolarem livremente.

— Eu te amo papai.

— Papai não Any, parece que eu estava beijando uma criança de 4 anos — rio em meio ao choro e assinto 

— Eu te amo...Josh. — que estranho... — É estranho te chamar de Josh, passei 18 anos te chamando de papa. — suspiro e o aperto mais 

Sinto-o começar a fazer um carinho gostoso em meu cabelo, escuto-o suspirar e apoiar seu queixo em minha cabeça.

— Também é estranho te escutar me chamar de Josh e não de papa, filha. — faço uma careta e ele ri — Tenho que me acostumar com isso.

Me aperta mais um pouco.

— Gosto de ficar assim com você — percebo ele ficar tenso

— Como pai ou....homem?

— Os dois, são sentimentos diferentes. 

— Saiba que independente de qualquer coisa eu serei sempre seu papa, se...se isso não der certo terá meu ombro para qualquer coisa, seja para chorar porquê não deu certo ou por outra coisa. Não quero que nada mude entre nós só porquê já transamos ou nos beijamos certo? 

— Certo papa. — rindo me chacoalha 

— Você sempre será minha menininha Any, princesa — segura meu rosto e deposita um selinho casto em meus lábios fazendo meu coração se acelerar.

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