Ato Inesperado

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* Theo onn *

  Após o ataque repentino das pessoas de ontem, comecei a achar que isso tudo já é demais para mim. Eu queria sim que tempos de paz chegassem até a minha vida, e que ficassem de modo definitivo. Porém, parece que sempre que as coisas começam a melhorar, algo terrível acontece. Desde a Live, toda a internet e o mundo entraram em um discussão de proteger ou não o sobrenatural, coisa que não vai ser resolvido tão cedo.
  Bom, ontem eu iria sair com o Robin, ter um tempo só eu e ele, mas fomos impedidos. Mas, nada está nos impedindo agora.
  Levanto da cama, desço correndo até a cozinha, e no pequeno calendário que há pendurado na geladeira, vejo que nessa semana que vai começar, estaremos a poucos dias de distância do inverno de Oysterland.
  Vou até a sala, e vejo Robin deitado no sofá enquanto tira um cochilo. Me sento no tapete felpudo, e com muito carinho, lhe dou dois beijinhos na bochecha. Ele acorda com um lindo sorriso bobo.

Robin: Oi, meu anjo! - Diz bocejando.

Theo: Vamos dar uma volta? Eu pensei em te levar até um lindo campo que tem não muito longe daqui!

Robin: Campo?

Theo: Sim, lá tem uma enorme plantação de lavanda, e acredito eu que devem estar florindo, como sempre!

Robin: Lavanda? - Me olha confuso.

Theo: Vamos vai! Você vai gostar! E se não formos hoje, provavelmente as flores que estão lá vão cair com o frio que está prestes a chegar nessa época do ano. - Faço um biquinho, e um olhar estilo "gato de botas".

Robin: Tá legal! Eu não consigo dizer não para esse você, my baby! - Sorri de lado.

  Fico feliz com aquilo, e com pressa eu o ajudo a se levantar.
  Vamos rapidamente ao quarto, apenas para colocar um moleton, pois a noite provavelmente já começaria a ser mais fria.
  Descemos as escadas e saímos pela porta da sala.

Helena: Ui! Aonde vão tão elegantes? - Diz minha mãe, que estava no jardim.

Theo: Vou levar ele para conhecer o campo de lavandas, mamãe!

Jorge: Ah, é claro! Um ótimo lugar para dois pombinhos como vocês irem! - Sorri.

Robin: É bonito?

Jorge: Maravilhoso! Eu e sua sogra amamos ir a aquele lugar! - Diz meu pai olhando para minha mãe.

Helena: Desde muito jovens! - Sorri docemente.

Theo: Bom, nós já vamos indo! Pelo visto vai chover - Digo olhando o céu escurecendo - Então é bom irmos logo!

  Me despeço de meus pais, seguro na mão de Robin e seguimos andando.
  Quando chegamos no campo, a imensidão roxa a brilhar encanta os olhos dele, chegando a deixá-lo de queixo caído.
  O aroma angelical das delicadas flores dominava o lugar. Parecia um paraíso de outro planeta.
  Chego bem perto de seu rosto, e digo suavemente:

Theo: Gostou? Esse lugar é tão lindo quanto você!

  Ele olha para mim, e surpreendentemente, ao invés de vermelhas, suas bochechas ficam azuladas.

  Robin é tão fofo! O mesmo solta da minha mão, e caminha até mais perto das belíssimas flores. E só assim, elas conseguem formar uma visão ainda mais linda.

  Voltando em minha direção, Robin trás consigo um raminho roxo, que é colocado delicadamente atrás de minha orelha

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  Voltando em minha direção, Robin trás consigo um raminho roxo, que é colocado delicadamente atrás de minha orelha.

Robin: Uma flor, para a minha flor! - Diz olhando em meus olhos.

  Andando um pouco mais para trás, enquanto o trago comigo, acabo tropeçando e caindo, puxando ele junto.
  Robin começa a rir daquela situação, e claro, aproveita para aconchegar sua cabeça em meu pescoço.
  Ficamos um tempo ali, observando as nuvens e aproveitando do ar perfumado e claro, fazendo carícias.
  Até que finalmente, nos levantamos e damos uma última olhada no horizonte roxeado. Seguindo o caminho de volta, muitas vezes um silêncio tomava conta de nós dois, e quando um ou outro percebia que estava sendo observado, puxava o imediatamente para um beijo. E aquilo até que era legal, Robin sorria todo sem jeito quando os beijos surpresa eram meus.

  Porém, com as finas gotas de chuva que começam a cair, não temos outra alternativa a não ser sair correndo como loucos, desesperadamente para não acabarmos em sopa

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  Porém, com as finas gotas de chuva que começam a cair, não temos outra alternativa a não ser sair correndo como loucos, desesperadamente para não acabarmos em sopa.
  Um frenesi de risadas, gritos e correria começa a se for quando nossas roupas começam a ficar encharcadas. Eu já estava todo molhado mesmo, então simplesmente paro de correr, ergo minha cabeça e sinto a água fria que cai tocar o meu rosto.

 Eu já estava todo molhado mesmo, então simplesmente paro de correr, ergo minha cabeça e sinto a água fria que cai tocar o meu rosto

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Robin: Você tá doido? Por que parou de correr, Theo?

  Ele vem ao meu encontro, todo pingando e com o cabelo escorrido.
  Com uma de minhas mãos, eu seguro sua cintura, e a outra, coloco em sua mão, formando assim uma posição de dança. Sem entender nada, ele apenas corresponde, olhando em meus olhos, enquanto a chuva preenche o tecido de nossas roupas.

 Sem entender nada, ele apenas corresponde, olhando em meus olhos, enquanto a chuva preenche o tecido de nossas roupas

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Theo: As vezes, eu paro para pensar em tudo o que passamos para chegar até aqui. Você quase morreu, o meu amor te reanimou! E Robin... Robin Birdenson, eu quero estar ao seu lado, para sempre, e em todos os planos existentes após está vida!

Robin: Theo...

Theo: Shhh... Não diz nada! Está na minha vez de tentar declarar o que eu sinto, mas só tentar! Por que faltariam palavras para descrever tudo!

  Um silêncio paira sobre nós por alguns segundos, enquanto nossos olhos miram um no outro, e a chuva se torna o som ambiente.
  Em um ato completamente inesperado, vejo meu namorado segurar com suas duas mãos em uma das minhas, e ajoelhar na minha frente. Meu coração acelera, e somente puxando o ar fortemente, consigo recuperar meu fôlego parcialmente.
  Mas o que ele diz em seguida, desestrutura todo o meu ser, e explode o meu interior em um milhão de arco-íris.

Robin: Você quer casar comigo?

CÉU E MAROnde histórias criam vida. Descubra agora