CÉU E MAR

Maré De Problemas

  *Theo onn*

   Já havia escurecido, eu estava sentado na areia fria da praia, observando a lua cheia brilhar e as estrelas que se espalhavam por todo o céu escuro.
   Robin estava nadando, com sua cauda de tritão, ele devia sentir falta disso.
   Alguns minutos se passam, e o mesmo decide sair da água.

"Ah... Esse corpo" - Penso enquanto o vejo sair nu e molhado por completo.

    Ele joga seus cabelos para trás com uma mão e anda como se fosse um deus grego.
    Robin olha pra mim e sorri, revelando seus dentes perfeitamente alinhados.

Robin: Joga o shorts pra mim?

Theo: Okay...

    Eu arremesso sua peça de roupa em sua direção, e ele a veste.

Robin: Acha que... Está pronto para voltar?

Theo: Eu... Acho que sim!

    Estava um pouco nervoso.
    Mas com ele caminhando ao meu lado, tudo ficava mais fácil.
    Tudo se tornava fútil, pois minha atenção era toda dele...
    Nós chegamos em casa, eu fico parado um tempo em frente a porta, até decidir finalmente abri-lá.
    Eu entro, e ele vem logo atrás, estava com esperança de conseguir chegar até o quarto sem ser visto por ninguém.
    Porém, ao passar pela sala, vejo meus pais sentados em um sofá, e no outro, meu primo.

Helena: Filho... Nós podemos conversar?

    Eu olho para Robin, e ele segura minha mão.

Theo: Sim... Podemos...

Helena: Me desculpa, por não ter te contado tudo isso antes...

Theo: Vocês ao menos pretendiam me contar?

Helena: Sim... Só não sabíamos como!

    Eu suspiro, meus pais sempre me amaram a cima de tudo.
   E mesmo Jorge não sendo meu pai biológico, eu o considero como se fosse! Pois ele me criou, me amou e me protegeu desde sempre!

Theo: Certo... Isso não impede meu amor por vocês! E o Jorge, sempre será meu pai!

    Minha mãe se levanta chorando e me abraça, pouco depois, meu pai faz o mesmo.
    Foi um abraço completo, até o Robin estava ali, exceto Alex, que ficou apenas encarando tudo aquilo friamente.

Jorge: E quanto a você? Diga alguma coisa... Por favor...

     Meu primo se levanta e encara todos nós.

Alex: Você me rejeitou... Por anos! E só confessou tudo devido as atuais circunstâncias!

Jorge: Filho, eu...

Alex: Não me chama assim... Por favor!

Jorge: Certo...

Alex: Eu só... Preciso assimilar tudo isso... Boa noite...

    Ele abaixa a cabeça, passa por entre nós e sobe as escadas, indo em direção a seu quarto.

Theo: Ele vai entender, eu acho... Só precisamos lhe dar espaço.

Jorge: Assim espero...

    Meu pai fica cabisbaixo, e eu o abraço, na tentativa de anima-lo ao menos um pouco.
  

Theo: Mãe...

    Digo após me soltar de meu pai, e me dirigir a ela com atenção.

Helena: Sim, filho?

Theo: Esse tal Ander... Ele sabe que eu existo?

Helena: Não... Eu nunca mais o vi...

Theo: Bom... É melhor assim...