burn too bright - cth

yes, im changing

"I've been seeing lonely people
in crowded rooms
Covering their old heartbreaks
with new tattoos
It's all about smoke screens and cigarettes
...
This city's gonna break my heart
This city's gonna love me then leave me alone
This city's got me chasing stars
It's been a couple months since I felt like I'm home
Am I getting closer to knowing where I belong?"

Finalmente junho. É sempre o mês mais movimentado, provas finais, animação para as férias, não é louco pensar que já se passou um ano desde que cheguei aqui?

Primeira semana do mês, o que significa que vou presenciar uma exposição sendo uma das artistas, não mais como convidada.

Passo o final de semana no apartamento de Calum na cidade e levo minhas coisas para que possamos ir juntos à galeria.

— Nervosa? — o moreno pergunta da cozinha enquanto preparava um café.

— No momento, não. — minto — Mas quando estiver chegando mais perto, provavelmente. — rio fraca.

Pego impulso para sentar no balcão de mármore e me juntar a Calum na cozinha.

Ele se vira pra mim, o cabelo que deixou crescer durante as últimas semanas preso a uma tiara para que a franja não caia em seu rosto e os cachos definidos aparentes em sua nuca.

Me entrega uma caneca de café e ficamos ali juntos esperando o tempo passar.

...

— Calum! — grito da pia do banheiro e o moreno aparece na porta — Seja sincero, isso aqui serve para hoje? — mostro o vestido preto que vestia.

Ele fica em silêncio, sinto me observar, tinha um sorriso de lado no rosto.

— Como assim "isso serve"? — ele diz por fim — Ta de brincadeira? Você está maravilhosa. — me puxa pela cintura.

Sorrio satisfeita. As malditas borboletas!

Calum estava com roupa social, calça preta e blusa branca no corpo mas desabotoada. Ajeito a gola da mesma e fecho os botões deixando os dois primeiro abertos. Chego mais perto para beija-lo e ele cheirava a colonia masculina e perfume caro.

Volto ao espelho e termino de ajeitar a maquiagem. O homem continuou parado na porta, colocou a blusa por debaixo da calça e ficou me observando até que terminasse.

— Vai, babe, você ainda não terminou. — levo ele comigo para fora do banheiro, se vira em direção ao quarto, dou um tapinha na sua bunda, o que o faz virar o rosto com uma careta engraçada.

Eram quase sete horas da noite quando estávamos prontos para sair, Calum foi buscar o carro na outra rua e eu fui ao seu encontro.

— Vai ter comida lá, né? — diz enquanto dirigia as ruas da California.

— Não sei. — acho graça — Provavelmente sim.

— Melhor mesmo por que eu estou morrendo de fome. — conclui e eu sorrio só por simpatia.

— Devia ter comido alguma coisa antes de sair de casa.

Meus pés não queriam parar e eu estava torcendo muito para não suar se não estragaria toda a maquiagem. Eu entendia que Calum estava tentando puxar assunto para me acalmar mas eu só precisava ficar quieta.

Reconheço a rua pelo o endereço que Teo havia passado, eu estava lá, não é mais só um dia que vai chegar, está acontecendo de verdade. Hoje e agora. A rua inteira rodeada de carros estacionados, meu deus, será que está cheio assim?