burn too bright - cth

big day

"You're here
I'm caught up with my job
And your clingy ex comes back a lot
Then she leaves
and you shoot your Shot
but there's someone new I've got
And the cycle never stops
But there's nobody else I want
Don't care how long it takes
my heart is yours to break
I'm never giving up against all odds"

Sábado, Feira de Artes
12:00 pm

— Eu acho que eu vou passar mal aqui mesmo. — digo andando inquieta de um lado para o outro no quarto.

— Relaxa, assim você vai me deixar nervosa. — kaykay se pronuncia enquanto meu pés faziam a madeira do chão estalar.

— Eles disseram que já podemos nos preparar no salão. — Jade entra no quarto com rapidez e nervosismo, acaba deixando a porta bater.

— Ótimo, agora tenho duas! — kaykay balbucia antes de se virar para nós.

Jade se sentou sob minha cama e roía todas as unhas dos dedos.

— Não sei como você está tão calma. — retruca.

— Não é que eu esteja calma... — ela anda até nossa direção e se agacha de frente para nós como uma mãe falando com suas duas crianças — Já passo por isso àlgum tempo, é a primeira vez de vocês participando da feira, eu entendo, também estava assim.

Ficamos conversando e isso me tranquilizou. Mais tarde, as meninas deixaram o quarto para começar a se ajeitar e eu busquei meu almoço no restaurante antes de fazer o mesmo.

Sentei na cama com meu pacote de papelão com noodles e meu computador sobre as pernas. Comi desesperadamente enquanto esperava a chamada de vídeo.

— Ei! — meu irmão quem atende e eu termino de mastigar com rapidez para conseguir respondê-lo.

— Oi, Dudu! Que saudade!

— Também estou! Eai, está nervosa? — me pergunta sabendo da feira.

— Um pouco. — minha voz sai mais baixa do que esperado.

— Vai dar tudo certo, você sabe que sim! Vi as fotos que me mandou das pinturas, tenho muito orgulho de você, maninha!

Não sei explicar mas aquelas palavras me atingiram com vontade. Primeiro por que foram as mais calmas e verdadeiras que escutei o dia todo. E segundo por que foi o suficiente para eu acordar para vida e perceber o quanto o tempo passou; meu irmão está crescendo.

Quando sai de casa, ele era apenas um adolescente chato de 16 anos e agora ele está alguns meses da maior idade.

Percebo que havia ficado paralisada em silêncio perdida nos pensamentos quando Niara aparece subindo no colo do meu irmão gritando meu nome.

— Oi meu amor! — deixo a comida de lado e digo a observando se ajeitar nas pernas do mais velho. Ela ainda tinha os cabelos cumpridos como da última vez que a vi e a carinha de criança.

— Você ta chorando? — aquilo me faz dar uma risada envergonhada soltando ar pela boca.

— Estou só lacrimejando. — minto e meu irmão me olha esquisito atrás.

Conversamos por um tempo e Niara quem falou mais como sempre, contou sobre as pessoas novas da escola e que agora ela era grandinha e tinha que fazer dever de casa.

Meus pais apareceram logo depois e conversamos o suficiente para matar a saudade. Elijah tinha a mesma cara de cansado mas não tirava o sorriso do rosto enquanto falava comigo. Minha mãe ainda era a mesma, só alguns fios brancos a mais.