Capítulo 12

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17 de junho de 2016

Era noite de sexta-feira e eu estava tranquila em casa, de pijamas, maratonando uma série, quando Neto chegou, visivelmente bêbado.

— Pombinha, cheguei! – disse, derrubando as sacolas que carregava. Nelas, havia algumas roupas de bebê, mas também muitas garrafas de bebidas e outros itens que não identifiquei.

Eu me levantei no susto, tentei pegar as sacolas para guardar, mas ele as tirou da minha mão.

— Senta aí, minha pombinha, que eu vou te mostrar – disse, abrindo as sacolas e jogando as roupas em cima de mim. – Estas coisas são para nosso filho. Você vai guardar tudo depois. – Pegou a garrafa de cachaça e bebeu direto do gargalo. – Estas aqui são para mim. – Pegou a outra sacola e jogou para mim. – Vista isto agora. Eu estou mandando! – Abri a sacola e vi roupas de couro, compradas em um sex shop. Eu tremi só de pensar no que ele queria.

— Amor, você bebeu demais. Talvez seja melhor você tomar um banho e um café. Vou preparar um fresquinho para você – disse, indo para a cozinha, mas ele me segurou e me empurrou para o sofá.

— Não estou pedindo, estou mandando. Vista isto agora – disse, jogando a garrafa vazia no chão. – Já estou sem gozar em você há muito tempo. Você vai me fazer gozar muito hoje. Quero que você se troque na minha frente – disse enquanto pegava um chicote na sacola. – Não me faça ter que te punir por ser uma garota má. – Comecei a tirar meu pijama, tremendo de medo. – Quero um strip-tease, seja a vagabunda que você sabe ser. – Chicoteando o ar. – A próxima vai ser em você, se não me fizer ficar com tesão.

Tremendo de medo, comecei a dançar. Neto levantou e colocou uma música e desligou a TV. Fiz o strip-tease, sem chegar perto dele. Quando comecei a vestir a roupa que ele trouxe, ele avançou para cima de mim, sem me dar chance de recuar. Me jogou no sofá e meteu sem cuidado nenhum, me fazendo gritar de dor. Ele encarou meu grito como se fosse de prazer, e continuou cada vez mais forte e fundo. Eu chorava de dor e nojo, e ele ia cada vez mais rápido, mais fundo, me batendo da cara e me chamando de vagabunda.

Depois que ele finalmente gozou, ele apagou em cima de mim, ainda dentro de mim. Tentando não gritar e não acordá-lo, consegui girar e sair. O deixei apagado no sofá e fui tomar um banho, limpando o sangue que escorria nas minhas pernas. Chorei por mais de uma hora no banheiro. Quando saí do banho, fui até a sala e catei os cacos da garrafa que ele havia jogado no chão. Aproveitei e joguei fora a roupa e o chicote. Vi que na sacola tinha outros objetos de sadomasoquismo, além de óleos e velas. Joguei tudo fora, na rua atrás do prédio, para que nenhum vizinho pudesse ver. Voltei para casa e tomei outro banho. Mandei mensagem para Beto, que ligou imediatamente perguntando se eu queria ir para lá. Recusei, porque seria pior. Mas prometi ir, no dia seguinte, fazer exame de corpo de delito para acusar Neto de estupro.

***

Neto acordou ao meio—dia. Eu estava no quarto, tomando coragem para ir denunciá-lo. Ele entrou no quarto, depois de um banho e de ter tomado um café preto, sem açúcar.

— Desculpa por ontem. Eu bebi demais e estava muito feliz pelas coisas que eu comprei. Aí passei pela porta do sex shop e resolvi comprar algumas coisas para a gente usar. Depois encontrei com alguns amigos e acabei bebendo ainda mais. Quando cheguei aqui, você ficou me provocando, me deixando louco, acabei não me controlando. Mas a culpa foi sua, por ter me provocado. Portanto, eu te perdoo. Tinha muito tempo que a gente não gozava daquele jeito, não é, pombinha? Vem aqui – disse, abrindo os braços. Quando viu que eu não me mexia, ele foi até a cama. Eu me encolhi no canto da cama – Shhhhh, não precisa ter medo de mim. Ontem foi um dia péssimo, eu não consegui me controlar e você me provocou demais. É só você não me provocar mais daquele jeito que nunca mais vai acontecer. Mas, diga a verdade, você gostou daquele sexo mais forte, você gritava de prazer. Aposto que aquele vizinho fofoqueiro está cheio de inveja hoje, por conta dos gritos de prazer que ele ouviu ontem – disse, enquanto fazia massagem nos meus ombros. – Sei que no início você se assustou, mas depois você queria mais e mais. Foi difícil te saciar ontem, mas podemos continuar agora – disse, descendo as mãos para massagear meus peitos, enquanto esfrega o pau nas minhas costas. – Isto, minha menina, assim, como um passarinho assustado. Minha pombinha. É assim que você quer? É essa a sua fantasia? Ser currada por um estranho? Estou aqui para te satisfazer – disse, rasgando minha blusa e colocando o pau na minha boca. – Isto, chupa e bebe meu leite, vamos – falou, enquanto prendia meus braços ao longo do corpo, entre suas pernas, e enfiava o pau todo na minha garganta. – Hum... Garganta profunda, adoro! Chupa, vai. – quando viu que eu não estava chupando, ele puxou meu cabelo. – Eu mandei você chupar! – cedi, pois ele já estava me machucando. Chupei até ele gozar na minha garganta.

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