Contrato Com O Diabo

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IEu não podia acreditar naquilo. Parecia até mesmo uma piada de mau gosto. Na verdade, era um humor podre e negro se fosse uma piada.

Em minha frente, o inimigo mais ridículo e infernal que enfrentei até agora estava se regenerando completamente a partir de uma cabeça morta.

O resto do corpo desta raposa de nove caudas queima e desaparece, enquanto muito mais rápido do que antes, um novo corpo começa a crescer de sua cabeça a partir de chamas azuis.

Não foram nem 10 segundos e metade de seu corpo já estava completamente regenerada, mais cinco e por fim, a raposa estava completamente curada.

Sem energia, cansado e ferido, eu vi em minha frente mais uma morte. Eu vi ali, mais uma derrota.

Eu lutei e lutei.

1126.

1126 é o número de vezes que morri tentando chegar nessa raposa. Várias mortes vindas dela, várias a partir de monstros anteriores e a maioria, suicídio.

Eu precisei me matar várias vezes afim de recomeçar tudo de novo, de acumular mais leveis e status.

E agora, a raposa branca, o motivo de tudo isso, simplesmente se levantou da morte e se reergueu.

Seu corpo imenso se levanta, ela estava cansada, eu poderia tentar atacar novamente, mas caso exibisse minha mana mesmo que só um pouco, uma dor inigualável cobre toda a extensão de meu corpo, me parando.

Atacar fisicamente? Impossível. Minha pele está rasgada, meus músculos feridos e meus ossos estão a beira de quebrar.

Essa era minha última esperança. Matar ela dessa vez era minha última esperança e mesmo assim, eu falhei.

—Besta maldita...

Eu praguejei quando a raposa se virou para mim e caminhou, a marca em sua testa brilhava e as chamas azuis ao redor de seu corpo estavam fracas.

Mas ela não precisava das chamas, um simples ataque e ela poderia me aniquilar completamente com sua força bruta.

Eu olhei para ela a cada passo que dá para se aproximar de mim com suas malditas 4 patas.

Eu olhei em seus olhos, cansados da batalha e lutando para não fechar.

Eu então fechei os meus e abri meus braços.

Eu morreria novamente para esse monstro, mas isso não significa que eu iria desistir.

Mais uma evolução. Se eu evoluir ainda mais, posso matar ela.

Irei me agarrar a morte sem hesitar. Se eu não lutar, jamais poderei vencer ela.

No entanto... Nenhum ataque veio.

O que veio ao meu encontro, foi o som de um grande corpo caindo no chão metálico do grande salão.

Abrindo meus olhos, eu pude observar ela mais de perto. Menos de um metro de mim.

Ela era forte, mas estava cansada, frágil, machucada.

Ela parecia um monstro brutal a segundos atrás, mas agora, não passa de um animal ferido.

Com essas feridas, ela parece até mesmo um pequeno animal, mesmo que possuindo cerca de 25 metros de altura.

Olhando para essa figura, eu quase senti simpatia. Mas não senti.

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