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Acordei assustada, e quando olho para o lado, angel está dormindo pacificamente. Tenho a sensação que estou sendo observada, então passo meus olhos pelo quarto, e me deparo com um olhar frio nos observando da porta do quarto.

Se forma um nó em minha garganta, e engulo em seco. Me levanto da cama bem devagar para não acordar angel. Ela se mexe um pouco, abre os olhos, mas logo em seguida volta a dormir. Meu dedinho que eu quase quebrei mais cedo, está latejando um pouco.

Começo andar mancando um pouquinho, enquanto o Senhor Pasquarelli está com as mãos no bolso da calça, me observando. Quando chego perto da porta ele a abre, e saímos os dois do ambiente, e ele fecha novamente bem devagar para não acordar angel. 

- O que houve? Por que está mancando? — Pergunta o Senhor Pasquarelli.

- Eu tropecei na cama. Não foi nada demais. — Dou de ombros. Ele suspira alto e passa as mãos pelo rosto.

- Vou para meu quarto. — Digo por fim.

Começo a andar devagar.

- Espere.

Levo um susto, quando sou levantada, por dois braços musculosos, e nesse momento arregalo os olhos de surpresa.

- O que pensa que está fazendo? - Pergunto apreensiva.

- Te carregando não é óbvio? - Retruca com grosseria.

- Eu posso andar muito bem sozinha Senhor Pasquarelli, me coloque no chão.

— Não, e... cale a boca, sua voz é irritante.

Tento me desprender de seu aperto, mas é em vão, ele me segura ainda mais firme. Bufo frustrada, então passo meus braços em volta de seu ombro para me apoiar. Ele tem um cheiro delicioso, e quando percebo a cagada que fiz já era tarde demais.

-O que você pensa que está fazendo senhorita karol? - Pergunta desconfiado.

- Desculpe. O senhor tem um cheiro muito bom. — Digo envergonhada.

Ele tem um cheiro de loção pós-barba, misturado com alguma coisa amadeirada. Não sei explicar, mas o cheiro é bom.

- Eu sei. - Sorri arrogante.

Se eu dei uma fungada no pescoço do meu chefe? EU DEI! Fecho os olhos por um momento. A sensação de estar nos seus braços é maravilhosa. Abro os olhos novamente, enterrando esse pensamento bem fundo em minha mente. Ele entra em meu quarto e me coloca com cuidado sobre a cama. Sinto um vazio estranho dentro de mim, mas logo ignoro.

- Deixa eu ver isso. — Pega meu pé com cuidado.

— Não precisa, a Nany já olhou. — Digo

tentando puxar o pé de volta, mas é em vão. Que vergonha, minhas unhas estão um horror. Nem me lembro qual foi a última vez que fui em um salão. Provavelmente eu estou com chulé. Tampo meu rosto com as mãos envergonhada, enquanto ele examina meu dedo.

- Só precisa de um pouco de gelo. — Diz por fim.

Disso eu já sabia doutor.

– Nany já havia me falado, mas acabei dormindo com a angel. -Tento puxar meu pé novamente, mas ele continua a segura-lo. E começa a fazer massagem. É sério isso? Meu chefe bruto fazendo massagem no meu pé? Estou de olhos arregalados.

Ele olha para mim, mas desvio o olhar rapidamente, e fico me perguntando o que deu nesse homem? O pior é que estou gostando da massagem. Ele percebe porque gemi baixinho com a sensação gostosa. Ele dá um sorriso de canto, sem mostrar os dentes brancos e perfeitos.

- É... é melhor eu ir buscar o gelo. - Digo e retiro meu pé de sua mão.

- Pode deixar que eu vou. Descanse. - Diz já saindo do quarto.

Fico olhando para a porta do quarto se fechar. Só então percebo que estava prendendo a respiração.

- Não se atreva a gostar dele Karol Sevilla Não se esqueça que ele é um brutamontes, ogro e insensível. Eu te proíbo, está me escutando? — Digo para mim mesma.

Olho o para o relógio sobre o criado mudo, já é quase 17:00 horas. Nany vai embora nesse horário, vou ter que ficar sozinha com a fera. Não sei o que deu nele para me tratar assim, mas tenho certeza que esse cuidado todo não vai durar muito tempo, e ele vai voltar a ser o troglodita que sempre foi.

Karol você não cansa de pagar mico não? Haha seu companheiro né

"Uma Babá Irresistível"Onde histórias criam vida. Descubra agora