O fim de semana passou voando, e para aproveitar passei a maior parte do meu tempo dormindo.
Hoje começo a trabalhar na casa do Senhor Pasquarelli, mesmo que tenha passado alguns dias, ainda quero arrancar os olhos dele, mas estou me controlando. Levantei bem cedo hoje, fiz minha higiene pessoal. Coloquei uma calça jeans e camiseta branca, prendi o cabelo em um coque bagunçado.
Em seguida começo arrumar minha bolsa. Enfio dentro tudo que vou precisar para a semana na casa do chefe. Lina como sempre invade meu quarto.
- Pietro já está te esperando. - Diz.
-Já estou pronta. - Falo animada. Saímos as duas do meu quarto, fecho a porta e vamos rumo a sala.
- Bom dia. -Digo simpática.
— Bom dia senhorita. — Responde sorrindo.
Pietro deve estar com seus 35 anos de idade, é alto, negro, dos olhos verdes, está com a barba por fazer, que o deixa ainda mais atraente. Está vestido impecavelmente, todo de preto.
- Boa sorte amiga.
Me despeço de Lina com um abraço.
- Obrigada eu vou precisar - Falo tensa.
- Me dê sua bolsa senhorita. -Pede Pietro.
- Esta leve. Pode deixar que eu mesmo levo. — Sorrio agradecida. Ele acena com a cabeça.
- Não se esqueça de me ligar. - Lina diz.
— Não vou. — Digo sorrindo, mando beijo para ela e fecho a porta.
Pietro já estava me aguardando ao lado de um carro preto, não entendo de carros, mas acho que é uma BMW. E nesse momento meu coração começa acelerar de nervosismo.
- Você vai se sair bem karol. -Murmuro baixinho.
— Disse alguma coisa senhorita? — Pergunta Pietro.
- Oh! Não. Só estou pensando alto. - Ele acena com a cabeça, e ficamos em silêncio novamente. Depois de mais 15 minutos de viagem, ele para em frente um portão enorme, fala alguma coisa em um rádio e o portão se abre.
Quando eu vejo a casa meu queixo cai. Casa? Aquilo é uma mansão enorme. Provavelmente meu apartamento, é do tamanho de algum banheiro daquela mansão. Pietro para o carro em frente uma porta de madeira entalhada, e percebo que vou precisar de um mapa para não me perder nessa mansão. Fecho a boca que estava aberta, e saio do carro.
Começo a observar em volta. Tem árvores e flores por todos os lados, que faz a mansão ficar ainda mais aconchegante e elegante. Alguém abre a porta gigante, que deve pesar um absurdo. É uma Senhora baixinha, mas dá para perceber que na sua juventude ela era muito bonita. Jogo minha bolsa nas costas, e sigo Pietro que está na minha frente.
— Bem vinda minha querida. — Diz a Senhora dos cabelos grisalhos. Sua pele está um pouco enrugada, mas não interfere em sua beleza, tem os olhos azuis como o céu. Está vestida com um vestido preto, sapatilhas também preta, e o cabelo preso em um coque bem feito.
- Muito obrigada Senhora. -Digo simpática.
- Senhora nada. Me chama de Nany. - Diz sorrindo e me abraça. Retribuo o abraço com carinho.
- Tudo bem então Nany.
- karol certo? - Pergunta.
- Isso mesmo mas pode me chamar de kah se quiser. -Nany pega minha mão, e me puxa para dentro da casa. Olho em volta boquiaberta, e é tudo tão lindo. Depois terei tempo de explorar a casa.
-Ruggero está lhe aguardando. - Diz Nany.
Minha mãos começam a suar de nervosismo.
- Não fique nervosa querida você irá se sair bem. Se ele não achasse isso, você não estaria aqui. Não estou certa?
- Sim. - Digo apreensiva. Ela me guia por um corredor, e para em frente uma porta grande. Será que tudo nesta casa é assim? Nany bate na porta duas vezes, e a abre.
- karol chegou Rugge.
- Pode manda-la entrar Nany. -Começo a me movimentar incerta.
- Não cai, não cai, não cai. - Murmuro baixinho.
Sua sala é bem masculina, tem uma mesa rústica de madeira no centro da sala, com vários papéis sobre ela, e um Notebook ao lado. Duas cadeiras de estofados em frente sua mesa. Tem alguns quadros na parede que parece ser de prêmios que ele ganhou, e algumas fotografias dele e Sophia, e uma estante cheia de livros.
-Já observou tudo senhorita? Me pergunta com uma voz grave.
-Oh! Sim. Me desculpe. -Fico sem graça, por ser pega no flagra.
-Sente-se. -Me aponta uma das cadeiras, e mais que depressa obedeço.
- Por agora só isso Nany. Deseja alguma coisa senhorita? -Ruggero me pergunta.
— Não obrigada estou bem. — Digo.
- Não seja malvado com a garota Ruggero - Nany diz séria.
Já amei essa mulher.
- Sim Senhora. - Diz sorrindo de canto. Dou um sorriso de agradecimento silencioso para Nany, ela retribui e sai da sala.
— Bom... Agora angel está na escola você terá tempo para se ajustar em seu quarto. E se preparar para sua chegada.
- Ok.
- Tenho uma reunião importante daqui a pouco, então nós veremos somente a noite. - Fala. Agradeço mentalmente por isso.
- Sim senhor. -Digo apenas.
- Vou te acompanhar até seu quarto. — Ele se levanta e eu faço o mesmo. O senhor Pasquarelli passa por mim e abre a porta do escritório.
Subimos para o segundo andar, até dar em um corredor com várias portas, e vários quadros por todos os lados. Deve ter milhões em quadros nessa casa.
— Esse é seu quarto. Ele abre uma das portas. Adentramos o quarto, E UAU! É simplesmente lindo.
-Tem uma porta que dá para o quarto de angel, se caso ela precisar de você a noite. — Diz o Senhor Pasquarelli.
Tem uma cama enorme no meio do quarto, com um criado mudo também enorme dos dois lados da cama, tem três portas no quarto, uma deve ser para o banheiro, a outra para o quarto de Sophia, e a terceira não tenho ideia para onde vai. Mas vou descobrir já já. Duas janelas que vai do chão ao teto toda de vidro. Deve ter uma vista linda para fora.
- Então senhorita gostou do quarto? - Pergunta.
— Sim. É lindo. — Digo sorrindo. Eu achei que ele iria me pôr no sótão da casa. Graças a Deus me enganei. Ele olha para o relógio e diz:
- Tenho que ir agora se precisar de alguma coisa, peça a Nany.
Ele vai até a porta do quarto, mas antes de sair vira para trás e diz.
- Sobre a última vez que...
- Esquece eu já esqueci. - Digo o interrompendo, já sabendo do que se tratava. Ele acena com a cabeça, sai do quarto e fecha a porta.
Corro igual uma criança, me jogo naquela cama enorme e deliciosa sorrio para mim mesma.
Eu vou amar esse emprego.
Será que a sorte vai começar a anda do lado da nossa Karol?
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"Uma Babá Irresistível"
FanficAdaptação do livro 1 da série Rendidos, escrita por @RaquelTrindade3. Karol Sevilla tinha uma vida até então perfeita mas após a morte da mae tudo começa a dar errado em sua vida, Karol vê seu mundo virar de cabeça para baixo da noite para o dia e a...