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Ruggero

Eu fui muito burro em acreditar que Karol havia derrubado refresco em Valentina. Não sei o porquê minha prima inventou isso. Percebi que as duas não se deram muito bem, mas não achei que ela iria inventar algo assim.

Por Karol ser tão desastrada, acabei desconfiando dela. Ela tentou se explicar, mas não dei ouvidos, fui grosso com ela mais uma vez. Eu estava irritado por Pedro estar a rodeando a todo momento, que acabei descontando minha frustação nela mais uma vez.

Depois que a festa acabou, Agus veio me dizer o que realmente aconteceu, tentei me desculpar com Karol, mas ela não quer nem conversar comigo. Eu no seu lugar faria o mesmo. Dou toda razão para ela não querer me perdoar, e me ignorar, fui um idiota e tanto.

Todos perceberam o clima estranho entre nós dois. Eu sou o culpado por tudo.

Nany quase me espancou quando o língua solta de Agus contou a ela, meu mal comportamento para com Karol. Eu disse a ela que tinha toda razão, eu mereceria ser castigado. Mas acabou que estou sendo mesmo castigado por Karol não querer me perdoar.

Karol

Eu fiquei tão irritada com o Senhor Pasquarelli, por ele não ter confiado em mim, e sim, naquela megera ridícula. Agora vem com a cara de pau, querer se desculpar comigo. Eu não sou uma pessoa rancorosa, mas ele merece sofrer um pouco.

Estou o ignorando o máximo que eu consigo, mas está ficando cada dia mais difícil. Ele sempre está por perto, me encarando, e tentando chamar minha atenção.

Hoje é meu dia de folga. Só estou esperando Angel chegar da escola, para ir para casa. Mas sinto sua falta, me acostumei tanto com ela, que meus finais de semana estão sem graça.

Fica ainda pior quando fico sozinha em meu apartamento, quando Lina vai visitar a família.

Esse fim de semana será um desses, chato e monótono. Estou pensando seriamente em não ir para casa. Meus pensamentos são interrompidos por quem eu não queria ver.

— Karol. Podemos conversar, ou vai continuar fugindo de mim? — Pergunta Ruggero.

— Não estou fugindo de ninguém. — Retruco ríspida.

— Me perdoe por não acreditar em você. — Pede.

— Está perdoado. Se era só isso, com licença. — Digo não o encarando.

Ele caminha para perto de mim, e pega minhas mãos. Tento puxa-las, mas ele as segura firme, e as levas para junto de seu peito.

Não quero demonstrar o quanto essa proximidade me afeta, mas é difícil de escondê-la.

— Eu sei que fui um estúpido, e a maltratei com minha atitude, mas por favor me perdoe. — Sorri fraco.

Suspiro alto e tento puxar minha mão.

— Como eu disse antes, está perdoado.

Ruggero puxa meu corpo para junto do seu e me abraça.

— Obrigada. — Sussurra em meu ouvido.

Ele começa a passar sua barba por fazer, pelo meu rosto. Aquilo faz cócegas, e ao mesmo tempo tem uma sensação gostosa.

"Uma Babá Irresistível"Onde histórias criam vida. Descubra agora