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Ruggero

Estou sentando no meu escritório olhando para as paredes. Minha mente vagueia para o passado... Um passado cruel, que eu gostaria de esquecer. Minha pequena foi a única coisa que me fez continuar com a vida.

Foi por ela e pela minha família que me reergui. Angel e minha mãe são as únicas mulheres que merecem minha total confiança. Decidi não ir a empresa hoje para passar mais tempo com minha filha, já que estou muito distante dela ultimamente.

Minha pequena teve um sonho ruim, e o culpado sou eu, de deixa-la só com a babá e Nany, por passar tanto tempo trabalhando. Sou conhecido em minha empresa como o "cruel". Se não fizer um bom trabalho, não dou segunda chance. Todos me temem, menos uma mulher que está me deixando cada dia mais louco.

Karol Sevilla, não me olha com medo, e não tem receio de dizer o que acha a meu respeito na minha cara. Eu poderia até achar admirável, se não me irritasse profundamente.

Desde a primeira vez que nos trombamos na minha empresa, me sinto patético. Sua imagem não sai de minha mente. Odeio começar a sentir coisas que trancafiei no fundo de meu coração. Com seu olhar e sua boca atrevida ela vive me desafiando, e não baixa a cabeça para mim.

Me sinto frustrado e confuso ao seu lado, mas não demonstro. Eu sei que para ela eu sou um homem sem coração, frio e arrogante.

E eu sou mesmo. Não me importo com a opinião alheia, sou assim porque a vida me deixou assim e nunca irei mudar. Sorrio de lado ao me lembrar que ela é como todas as outras interesseiras, que já tentaram me seduzir por causa de minha conta bancária.

E o pior de tudo está usando a minha filha para isso. Eu já estava me acostumando com sua presença, mesmo quebrando a minha casa, e manchando minhas roupas. Vou coloca-la no seu devido lugar. Seria uma pena ter que demiti-la. Angel se apegou demais a ela.

Alguém bate na porta. Eu sei que é Nany.

- Pode entrar.

- O café já está pronto rugge. - Diz sorrindo para mim.

- Obrigada Nany.

- Obrigada Nany. -Me levanto da cadeira, e saímos abraçados do meu escritório.

Vejo que Alice já está tomando o seu café. Quando ela sente minha presença, ela fica vermelha. Sabe fingir bem de tímida, mas não me engana não.

Me sento de frente para ela enquanto Nany serve meu café. Fico a encarando a todo momento, mas ela olha para todos os lados, menos para mim. Isso vai ser divertido.

-Onde está Angel? — Pergunto

- É.... hum... Está brincando no quarto. - Diz gaguejando.

- Você poderia olhar para mim quando eu lhe fazer uma pergunta? — Tomo um gole do meu café.

- Sim senhor. Me desculpe. -Pede e em seguida abaixa a cabeça.

Essa mulher sabe encenar muito bem. Se eu não conhecesse o tipinho, poderia até acreditar em sua inocência.

- Você quase me convenceu hoje mais cedo. - Sorrio cínico.

Convenci de quê? — Pergunta levantando o olhar.

- A farsa toda. O Shampoo nos olhos, a toalha caindo acidentalmente. Aceno com a mão.

- O senhor está achando que eu fiz aquilo por querer? -Me pergunta ficando vermelha.

— Não precisa fingir para mim senhorita, mulheres iguais a você eu conheço de longe.

Ela se levanta tão rápido, que a cadeira que estava sentada, acaba tombando para trás. Pega a xícara que estava tomando café, anda tranquilamente até mim, e simplesmente despeja todo o conteúdo entre minhas pernas.

Me levanto rápido, por causa da ardência, e procuro desesperando pelo guardanapo para me secar. Levanto meu olhar indignado para ela.

— Você está lou... — Sou interrompido de falar, quando de repente vejo um vulto vindo em direção ao meu rosto.

- Eu te avisei que da próxima vez que você me ofendesse, eu iria quebrar a sua cara. - Grita furiosa e me dá as costas.

De repente ela se volta para mim e grita novamente.

- Eu me demito, seu babaca! -Nany me fuzila com o olhar, e me deixa sozinho com as partes íntimas pegando fogo, e o olho esquerdo doendo.

Acho que acabei de perder a única babá que minha filha realmente já gostou, e respeitou.

Que vacilo em ruggero,um soco bem merecido por ser tão cretino e babaca.

"Uma Babá Irresistível"Onde histórias criam vida. Descubra agora