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— Não que seja da minha conta quem você recebe em sua casa, mas o que megera está fazendo aqui? — Pergunto a Ruggero.

Ele me olha confuso e pergunta:

— Quem?

— Valentina.

Ele sorri para mim.

— Ela meio que se convidou para o casamento. Fiquei com vergonha de não chamar. — Diz Rugge.

Reviro os olhos. Não quero aquela cobra peçonhenta perto de Angel e muito menos de Ruggero.

— Se ela chegar perto de Angel, se ela ao menos encostar suas mãos nela, não haverá casamento algum. — Murmuro irritada. — Pois eu serei presa por assassinato.

Ruggero gargalha alto e me puxa para junto de si.

— Gosto de como você defende nossa filha. — Beija meu rosto.

— É o que as mães fazem. — Digo sorrindo. — Defendem seus bebês com unhas e dentes.

Seu sorriso se alarga ainda mais.

— Ela não é louca de encostar em Angel novamente. — Fala sério. — Seremos nós dois presos por assassinato.

Minhas costas começam a coçar, e tento alcançar onde coça mas é impossível.

— Rugge coça minhas costas. — Peço me virando para ele.

Ele obedece mais que depressa.

— Aqui? — Pergunta.

— Um pouquinho para cima. — Tento guia-lo. — Ai. Que delícia.

Fecho os olhos com a sensação gostosa.

– Papai. — Angel invade o quarto.

— Oi pequena.

— Por que a nojenta da Valentina está aqui? — Pergunta irritada. Scott chega cansado logo em seguida.

— Ela vai embora hoje amor. — Ruggero fala. — Ela só passou aqui pois soube do casamento.

Tenho a leve impressão que a cobra está observando o terreno, para saber o melhor momento de dar o bote. Ruggero não percebeu sua falta de caráter ainda. Mas eu não confio em seu pedido de desculpas, tenho certeza que ela está aprontando algo ruim.

— Rugge não confie demais naquela mulher. — Peço apreensiva. — Eu tenho a sensação que alguma coisa ruim vai acontecer.

Ruggero me encara, mas não consigo decifrar seu olhar.

— Ela não irá atrapalhar nossas vidas. — Me oferece um sorriso carinhoso. — Ou não permitirei mais sua entrada em nossa casa.

Decido ficar quieta, pois pelo jeito ele confia nela.

— Sua casa, Rugge. — Corrijo.

— Será nossa. — Diz beijando meus lábios. — Tudo que é meu será seu.

— Você sabe que não irei me casar com você, por causa de seu dinheiro não sabe? — Pergunto tensa.

Ele sorri e me abraça.

— Eu sei. — Me abraça. — Você já provou de várias maneiras diferentes, que não se importa com meu dinheiro.

Sorrio para ele, sua confiança é muito importante para mim.

Beijo seus lábios com carinho.

— Eca! — Grita Angel. — Feche logo estes olhos Scott, pois você ainda é um bebê.

"Uma Babá Irresistível"Onde histórias criam vida. Descubra agora