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Uma semana atrás...

Entro no quarto furiosa, bato a porta com força. Vou para o Closet e começo a colocar minhas coisas dentro da bolsa, depois corro para o banheiro e faço o mesmo.

Nesse momento eu só queria arrancar a cabeça daquele merda, um murro foi muito pouco, aquele idiota merecia bem mais.

- kah o que você está fazendo? -Me viro para trás, angel está na porta me olhando assustada.

Tento me acalmar o máximo possível, não sou um mostro para descontar toda a minha raiva nela. Vou até ela e pego sua mão, a levando em direção a cama, me sento e a coloco em meu colo.

- Eu vou te contar uma coisa, mas não quero que você fique triste. Tudo bem? -Ela acena com a cabeça em concordância.

- A kah vai embora. Mas eu vou vir aqui para te ver sempre que puder, você pode me ligar também quando quiser.

- Por que você vai embora? - Pergunta com lágrimas nos olhos.

- É coisa de adulto, você ainda é muito pequena para entender. - Passo a mão por seu rosto. Meu coração se quebra ao ver minha pequena chorando. Não consigo me segurar, e choramos juntas.

— Não vai kah, não me abandone por favor. — Pede triste.

- Eu não vou te abandonar meu anjo, só não serei sua babá de agora em diante, mas seremos sempre amigas. -Tento consola-lá Angel começa a soluçar de tanto chorar, e me abraça forte. Retribuo o abraço com carinho.

- Se você ficar, eu até devolvo minhas baratas para a professora.

Sorrio em meio as lágrimas, e me lembro que ela chegou da escola com um monte de baratas que sua professora havia lhe dado. Eu tenho pavor de baratas, quanto mais longe, melhor.

- Não é por causa de suas baratas, é que a kah decidiu fazer alguma coisa diferente. -Deixo de falar a verdade, porque não quero dizer a ela que briguei com seu pai.

-Por favorzinho não vai.

- Desculpe meu amor, mas é preciso. - Falo de coração partido.

Dou um beijo demorado em sua bochecha, a abraço forte, e me despeço da minha pequena. Desço as escadas rapidamente, e percebo que Nany está me esperando na porta. Dou-lhe um abraço demorado, e beijo seu rosto.

- Tem certeza minha querida? - Me pergunta.

- Eu tenho Nany. - Digo triste. - Não é a primeira vez que ele me ofende, e olha que nunca dei motivos para isso.

-Depois do que aconteceu com sua falecida esposa, ele não confia mais em mulheres. -Diz triste.

Fico me perguntando o que aconteceu com sua falecida esposa, para ele ser tão amargo, mas Nany não diz mais nada.

— Isso não justifica ele sair por aí ofendendo as pessoas. -Bufo frustrada.

- Você tem razão. Foi muito cruel da parte dele, o que ele disse a você. -De repente Pietro aparece na porta, impecável como sempre.

- Pronta senhorita? -Me pergunta.

- Sim. - Digo sorrindo fraco. Abraço Nany mais uma vez antes de ir embora.

- Não deixa de me dar notícias querida. - Nany diz para mim.

- Não deixarei. - Beijo seu rosto, me despeço.

Atualidade...

Odeio me sentir assim, com as mãos atadas. Me sinto frustrada e imprestável. Nunca dei motivos para ninguém me ofender e pensar mal de mim, e não será aquele estúpido troglodita que vai ser o primeiro a fazer isso. Sempre fui uma moça comportada, honesta, e de família, e me orgulho disso.

"Uma Babá Irresistível"Onde histórias criam vida. Descubra agora