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Acordo com meu celular gritando.

- Só mais dez minutinhos - murmuro sonolenta.

Mas quando me lembro o porquê de acordar tão cedo, pulo da cama. Não vou dar motivo para o Senhor Pasquarelli, reclamar comigo que cheguei atrasada a nossa reunião.

Vou para o banheiro parecendo um zumbi de tanto sono, quando me olho no espelho chego me assustar. Meu rosto está todo marcado do travesseiro. Pessoa mais bonita que eu quando acorda, e impossível achar. ILUDIDA!

- Só espero que isso saia - Reclamo.

Prendo meu cabelo embaraçado em um coque, tiro meu pijama rosa de bolinhas, infantil eu sei, mas eu amo. Ligo meu chuveiro, e que delícia, a água quente caindo no meu corpo, me faz relaxar.

De banho tomado, vou caçar alguma roupa que não esteja tão desgastada para vestir, bem que por mim iria com minhas roupas velhas e confortáveis.

- Quando receber o seu salário dona karol, compre roupas novas. Você está precisando desesperadamente - Falo para mim mesma

- Deu para falar sozinha agora é? Olho para trás, e é Lina que invadiu meu quarto.

- Se você visse a situação das minhas roupas também ficaria louca. Um dia ainda serei rica, anote isso aí dona carolina.

- Está anotado. - Pisca para mim.

- Ei! Pare de olhar para minha bunda sua tarada. Finjo irritação.

- Se você não tivesse o traseiro tão grande, eu não olharia. Que inveja. -Pisco para ela, ela sorri para mim.

- Que tal esse vestido? Levanto para ela ver o vestido rodado, vermelho florido, e de alcinhas.

- Esse está ótimo. Sorrio para ela pela sua aprovação.

- Só não posso cair na frente dele, como da primeira vez, com a minha calcinha dos anos 80. - Digo preocupada. Lina gargalhada alto e diz:

-Eu adoraria ter visto essa cena.

- Agradeça que não tenha visto, iria sangrar seus olhos.

- Então, sorte a minha. Vou deixar você terminar de se arrumar. Tenho que terminar de me ajeitar também.

Sai e fecha a porta atrás de si. Escolho uma sandália baixinha preta, passo apenas um rímel e um batom marrom chocolate, não gosto de maquiagem muito forte. Termino de me arrumar, me olho no espelho, e até que estou apresentável.

Decidi deixar os cabelos soltos, caindo sobre os ombros. Saio do quarto, e vou para a cozinha, e antes que eu chegue ao meu destino sinto um cheiro de café delicioso.

- Aqui - Lina me dá uma xícara com meu café fumegante. Experimento um pouquinho, está do jeito que eu gosto, bem forte e com pouca açúca

- Está delicioso.

- Eu sei - Sorri com arrogância.

- Metida. - Lhe mostro a língua. A empurro com ombro, devagar e digo:

- Vamos que já está na hora, se você não quiser chegar atrasada.

- Sim. Já estou pronta. - Ela pega minha xícara e coloca na pia.

Pego minha bolsa de alça, da cor preta, e saímos do apartamento. Tranco a porta, e vamos de encontro a rua. 40 minutos depois chegamos a empresa, e vamos direto para o andar presidencial. Meu coração começou a agitar, e minhas mãos começaram a suar, se eu estou nervosa? MUITÍSSIMO!

- Você vai se sair bem Karol Confie em si mesma.- Lina coloca a mão no meu ombro.

- Obrigada Lina. -Dou-lhe um sorriso alegre, por ela estar acreditando em mim, mesmo que eu mesma tenha minhas dúvidas.

- Vamos - Diz toda animada.

A porta do elevador se abre, ela pega minha mão e me puxa para fora. Se antes eu estava nervosa, agora então, parece que meu coração vai sair bela minha boca a qualquer instante. Só não sei se é pelo desafio, ou por estar frente a frente com o Senhor Pasquarelli novamente.

Linan deixa sua bolsa em cima de sua mesa e diz:

- Sente-se. Vou ver se ele já chegou. -Aceno com a cabeça, enquanto escolho uma poltrona e me sento. Ela vai até a porta da sala do senhor Pasquarelli e bate duas vezes, e logo em seguida entra e fecha a porta.

- Karol não vá desmaiar logo agora - Murmuro para mim mesma. Minhas mãos tremem sobre meu colo, e uns minutos depois Lina sai da sala.

- Pode entrar, ele já vai lhe atender. - Fala.

- E boa sorte minha amiga.

- Obrigada. -A agradeço.- Eu vou precisar. Dou-lhe um sorriso tenso e entro na sala.

Me esbarro em uma muralha, quando olho para cima, é Augustín que está me encarando com um sorriso malicioso nos lábios.

- Oh! Me desculpe.

- Pode esbarrar em mim quando quiser kah. Augustín me dá um beijo em meu rosto, e sou pega completamente de surpresa. Sinto minhas bochechas esquentarem no mesmo instante, logo após me dá as costas, e desaparece porta afora.

Eu não sou tímida, mas alguma coisa nesses homens me deixa desconfortável. Quando olho para o Senhor Pasquarelli eu gostaria de estar em qualquer outro lugar, que não fosse aquela sala.

Se um olhar matasse, eu estaria morta e enterrada. Tento ignorar ao máximo seu olhar assassino, vou andando até ele, ele está de pé em frente sua mesa, com as mãos nos bolsos da calça, com a mesma elegância irritante de sempre. Estendo minha ão para cumprimenta-lo, mas ignora completamente, então abaixo minha mão sem jeito.

- Então tá né, homem esquisitão, depois dizem que mulheres s que e são bipolares. - Digo tão baixo, que parece que estou sussurrando.

- O que disse senhorita karol? - Pergunta rispidamente.

- Hã? Eu... Só... Estava comentando como o dia hoje está lindo, o Senhor não acha? - Pergunto com ar de inocência fingida - Está ótimo para um passe...

Ele levanta a mão bruscamente me interrompendo, antes que eu continue falando abobrinha.

-Sente-se. -Ordena com a voz grave.

Eu que não sou boba nem nada, obedeço rapidamente, me sento tão bruscamente na cadeira estofada, que a cadeira começa a tombar para trás.

Como o Senhor Pasquarelli ainda estava próximo a mim, para eu não cair de pernas para cima, grudo em seu terno de grife tentando me segurar, mas para a minha infelicidade e desespero, ele não esperava meu gesto e acaba se desiquilibrando e caindo em cima de mim. E nesse momento percebo que estou mais encrencada.

Karol como sempre desastrada, o que será que vai acontecer? Vou deixar vocês se corroer de curiosidade.

Comentem bastante e não esqueça de apertar na estrelinha.

Obs: se tiverem ideias de histórias para adaptação, podem me manda.

Beijão docinhos.

"Uma Babá Irresistível"Onde histórias criam vida. Descubra agora