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Se eu tenho um quarto com Closet? EU TENHO! Sempre sonhei em ter um quarto assim, mas a realidade infelizmente é outra. Descobri i que a terceira porta do meu quarto é um closet enorme, não tenho nem 5% de roupas para encher aquele espaço todo.

Guardei minhas roupas. Coloquei tudo em ordem de cores. Eu sei que é bobeira, mas eu gosto assim.

- Pronto. — Digo olhando em volta.

Entro no banheiro para guardar meus pertences de higiene pessoal. E como tudo nessa casa, é enorme. Eu posso ter exagerado um pouquinho em dizer, que o banheiro era maior que meu apartamento, mais é maior que meu quarto. Essa casa exala riqueza por todos os lados.

- Um dia você terá uma casa assim karol — Digo a mim mesma. - Quer dizer... Talvez.- Sorrio.

Alguém bate na porta, corro até ela e a abro. Nany está com uma bandeja cheia de comida. Eu já disse que já amo essa mulher? Pois é.... Já amo!

- Entre por favor. — Digo.

Ela sorri, e adentra o ambiente.

- Sente- se. - Diz Nany. Vai até a cama, e a bandeja em cima. Eu que não sou boba nem nada, obedeço rápido. Minha barriga ronca alto com o cheiro da comida, acabo ficando sem graça e ela sorri para mim.

-Me acompanhe Nany. - Peço.

-Já estou satisfeita minha querida, que quase não consegui subir a escada. - Diz sorrindo. É tudo para você.

— Obrigada. É muita gentiliza sua. — Agradeço.

- Logo logo Angel chega, você vai precisar de energias, porque aquela menina tem de sobra. - Diz sorridente.

Pego um pedaço de torrada com geleia e começo a comer, parece ser de morangos, bebo um pouco de suco de maracujá. Enquanto estou comendo vou conversando com Nany. Ela me faz perguntas sobre minha vida particular, não sou de me abrir facilmente com estranhos, mas com ela não sei porque, conto tudo. Falo sobre a faculdade que tive que parar, para cuidar de minha mãe, sobre sua morte, e todas as dificuldades que encontre desde de então.

-Já chega. — Digo sorrindo. - Comi demais.

- Você não tocou nem na metade. - Ela olha para a bandeja.

- Se você me tratar assim todos dias Nany, vou ir embora no final de semana parecendo um balão. — Sorrio feliz.

- Pois pode se acostumando mocinha. - Aperta o meu nariz. Se fosse para eu ter uma Avó, Nany seria uma excelente escolha.

Depois de um minuto de silêncio Nany pergunta:

-O que você acha do Rugge? -Meu estômago dá um nó, e já começo a ficar nervosa.

— Não precisa ter medo de me dizer. Eu não vou contar para ele. -Sorri de canto.

- Bem... Não conheço ele a muito tempo, mas o pouco que conheci não me agradou muito. Todas as vezes que nos encontramos, ele sempre foi grosso comigo. Acho que ele não gosta muito de mim. - Digo fazendo careta.

— E para falar a verdade, nem eu gosto dele. Só aceitei o emprego porque estou precisando muito, e Angel é linda. - Dou de ombros.

- Acho que nós duas nós daremos bem.

- Não conte muito com isso minha querida, não foi à toa que as outras babás se demitiram. Ela pode ser um anjo, mas quando não faz os gostos dela, o anjinho que você conhece desaparece. - Nany faz careta.

- Eu percebi mesmo que ela parece ser um pouco mimada. -Passo a mão por meu rosto.

- Ruggero faz todos os gostos dela, provavelmente para compensar a falta de não ter uma mãe por perto. Ele não gosta que toque nesse assunto, e eu como dou valor a amizade que nós construímos, não fico perguntando. E você deveria fazer o mesmo, se quer continuar com o emprego. - Diz séria. Aceno com a cabeça em concordância.

- Por que não vi fotos de sua falecida esposa pelos lugares que passei na casa? Apenas dele e Angel — Pergunto desconfiada.

— Esse é um segredo que não tenho o direito de revelar, quem sabe um dia ele te conte. - Suspira alto.

- Acho bem improvável. — Digo sorrindo tensa. O que o rugge precisa no momento é de uma mulher que dê valor a ele, que o ensine a amar novamente. Quem sabe ele já não a encontrou. — Nany sorri com malícia.

Só falta Nany querer dar uma de casamenteira comigo e o Senhor Pasquarelli. Espero que isso não aconteça.

- Precisa mesmo. Uma que suporte seus chiliques, e grosseiras. — Digo tirando o meu da reta. Nany continua sorrindo para mim, e tenho a leve impressão que ela vai aprontar alguma, e eu vou acabar sendo a prejudicada na história.

- Não dizem que o amor é cego minha pequena? - Pergunta se levantando. Ela pega a bandeja na cama e vai rumo a porta. -O amor transforma pessoas karol não se esqueça disso. -Sorri e fecha a porta.

Me jogo para trás na cama. Fico olhando para o teto todo branco, com um lustre de cristais no centro. Me pergunto o que aconteceu com o Senhor Pasquarelli para se tornar um homem tão frio, mas não tenho certeza se quero saber a resposta.

Turubei turubai docinhos!

"Uma Babá Irresistível"Onde histórias criam vida. Descubra agora