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Ficamos nos encarando um bom tempo. Estou furiosa e com uma vontade enorme de tacar esse prato na cara dele.

Eu vou matar a Carolina por permitir que ele entrasse em nossa casa. Fico me perguntando o porquê dele estar aqui. Provavelmente já não me ofendeu o bastante, e esqueceu alguma ofensa sem me dizer ainda. Ele que não pense que vai chegar na minha casa, para querer dar um de homem das cavernas. Aqui quem dita as regras sou eu.

- Posso entrar? Me pergunta.

-Já está dentro não? Deveria me perguntar antes de invadir minha casa. A reposta seria outra. - Digo o encarando.

Ele passa os olhos pelo meu minúsculo apartamento, examinando cada detalhe. Ele que não venha querer fazer pouco caso de meu apartamento, minha cota de paciência com ele já acabou. Lina vem até mim, e pega os pratos de minhas mãos.

- Me desculpe. — Lina me dá um sorriso sem graça.

Só aceno com a cabeça, pois com ela me viro depois. Cruzo meus braços na altura dos seios, coloco uma expressão assassina no rosto, e espero ele começar a falar.

-Eu vim me desculpar. — Diz.

- Está desculpado, agora pode ir embora. — Retruco ríspida.

Caminho devagar para abrir a porta, ele percebe o que vou fazer, e segura meu braço. Sinto algo estranho, mas finjo não ser afetada pelo seu toque.

- Solta meu braço. — Peço ameaçadoramente baixo.

Ele me encara por uns segundos, e não desvio o meu olhar do seu. Finalmente ele solta meu braço, eu vou para o outro lado da sala, para ele não perceber a minha fraqueza.

- Você poderia pelo menos não me olhar assim? — Me pergunta.

- Assim como? - Demonstro agora um ar de inocência.

- Esse olhar cruel... Parece que a qualquer momento irá pular em mim, e arrancar minha cabeça.

- Então é só você quem pode ser cruel aqui? Pergunto sorrindo com malícia fingida. Ele pensa por um tempo, e passa as mãos pelo rosto. Seu cabelo que vive impecável, deu lugar a fios bagunçados caindo sobre a testa. Aquilo o deixa ainda mais atraente.

Foco Alice, você o odeia.

- Diga logo e o que veio fazer aqui, e vai embora por favor. Minha lasanha já deve estar fria. — Digo irritada.

- Eu te quero de volta. - Diz com a maior cara de pau. — Não... É. Eu quero que seja a babá de Sophia de volta. — Diz desconcertado.

O poderoso Senhor Pasquarelli gaguejando? Para uma mera mortal como Karol? Isso é novidade.

- Não.

- Você tem que voltar. Angel não fala mas comigo, Nany nem olha na minha cara, até Pietro está me ignorando.

- Então você quer que que eu volte, só porque o Senhor Pasquarelli não suporta ser ignorado? Pergunto. - Estou com muita pena de você. - Coloco um sorrindo fingindo no rosto.

Eu acho é pouco que todos fiquem sem falar com ele, quem sabe assim aprende a ter um coração.

Se você voltar, eu aumento seu salário. — Diz.

- Você é burro, ou ainda não percebeu que não me importo com droga do seu dinheiro?! - Grito com ele.

- Eu não... O interrompo antes que ele fale mais merda.

- E mais uma vez você me ofende, achando que eu sou uma interesseira. — Digo frustrada. — Quer saber? Vai embora, esqueça que me conheceu um dia. Não vou deixar de falar com angel, mas você eu não quero ver mais.

"Uma Babá Irresistível"Onde histórias criam vida. Descubra agora